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2021/05/21

Aquilino Ribeiro: a questão da fotografia da criação da revista SEARA NOVA

Via Hermínio Nunes (em grupo FB "Redescobrindo Aquilino Ribeiro"  21-05-2021"A Batalha Sem Fim" que é prefaciada em Tui na primavera de 1932, junta memórias das várias passagens de Aquilino Ribeiro pelo Coimbrão. Os acontecimentos que narra, respeitantes á loucura que levou as gentes da praia a desmontarem uma duna na Cova da Serpe, é real e ocorreu em 1907, pouco antes do seu primeiro exílio (1908-1914). "A Batalha Sem Fim" é publicado no contexto do 2º exílio, 1927-1930) e trata-se de uma obra de fractura, uma obra de referência obrigatória, inédita, o primeiro grande romance do nosso Neo-realismo, porque foi Aquilino Ribeiro o "inventor" do Neo-realismo em Portugal, é preciso ter a coragem de o afirmar. A permanência de Aquilino Ribeiro em Tui, na Galiza, a dois passos do local de exílio do sogro, no princípio da década de 30, é paradigmático da inércia e das misérias da oposição republicana no exílio que o capitão José Sarmento Pimentel tão bem narra nas suas memórias, desiludido, após vir do outro lado do mundo para a revolução republicana que iria derrubar Salazar e afinal deparou em Espanha com os republicanos divididos em três facções que se odiavam. No tocante ao padre Bio, ou Biu, que a determinado momento foi retirado da foto do grupo do Coimbrão, ainda há pouco foram pedidas explicações ao Museu do Aljube por ter publicado a foto deturpada, sem o clérigo.

2018/10/23

Aquilino Ribeiro - 1958-2018: 60 anos de "Quando os lobos uivam"


 Por alturas da apresentação em Viseu da reedição de «O Homem que Matou o Diabo» e da celebração dos 100 anos de «A Via Sinuosa».
Por Aquilino Ribeiro.


Para quem aprecia a vida e obra de Aquilino Ribeiro e pretende manter-se informado das iniciativas que se vão promovendo por esse país fora em tempos de comemorações diversas e serões Literários ... Aproveite e ouça improvisos de música para piano composta e tocada por Pedro Jordão (Leiria). Um dos diapositivos mostra uma pintura de Rui Pascoal em que nos apresenta a sua visão perspicaz da Dª Estefânia do romance deAquilino, "A Via Sinuosa", de que cuja 1ª edição se está a comemorar o Centenário.
No próximo nº (Novembro 2018) do "Notícias de Colmeias" (Fundador e Director Joaquim Santos ) sairá uma resenha da vida e obra de Aquilino Ribeiro, centrada na parte que respeita ao seu livro "Batalha Sem Fim", no qual se demonstra o quão intimamente ligado à zona de Leiria (Pedrógão, Coimbrão, Monte Real, Pinhal de Leiria, etc) ficou este consagrado autor, aquele que poderia e deveria ter sido o 1º Nobel da Literatura. 
Quão estranho é a edilidade de Leiria deixar que os anos dobem uma teia de esquecimento sobre este facto tão importante para esta região de Leiria!? 
Entretanto, inscreva-se como membro do grupo FB https://www.facebook.com/search/top/…





Pode-se acompanhar o que vai ocorrendo tendo em vista a divulgação da vida e obra de Aquilino Ribeiro consultando o Grupo Facebook:
https://www.facebook.com/groups/aquilinoribeiro/

2018/03/30

Aquilino Ribeiro: Homenagem em 1985 - Colóquio Letras - Maio1985




Seguindo este link tem-se acesso à revista "Colóquio Letras" 85 - Maio de 1985, que inclui excelentes textos, em 120  páginas, de homenagem a Aquilino Ribeiro.
Muito mais se pode ver recorrendo a múltiplas e variadas partilhas deixadas no endereço do Grupo no Facebook:


2017/09/03

Aquilino Ribeiro e Lénine


Transcrito do "Facebook" de Aquilino Machado de 2set2017


Uma bela estampa de Aquilino Ribeiro, em 1924. Nascera no Século XIX, na Beira Alta. Mas entre a data desta fotografia e o seu nascimento já tinha saracoteado pela Lisboa revolucionária, quando os Republicanos lutavam contra a ditadura de João Franco. Evadira-se da Esquadra do Caminho Novo, por envolvimento na explosão acidental ocorrida a 17 de Novembro de 1907, na Rua do Carrião. Tinha então vinte e dois anos.
Em 1908, conhece o seu primeiro exílio de seis anos, na cidade de Paris, onde por duas vezes se depara com Anatole France, aprende a arte de brincar com as ideias e tem o sortilégio de cumprimentar diariamente um russo chamado Vladimir Ilhitch Ulianov que os profanos só mais tarde conheceram sob o seu pseudónimo revolucionário de Lénine, quando prepara o seu primeiro livro, "O Jardim das Tormentas, na biblioteca Sainte-Geneviève.
Um admirável mundo novo, para quem nunca teve medo de "passar por utopista, de construir nas nuvens, de arquitectar repúblicas imaginárias".
- Muito mais se pode consultar sobre Aquilino Ribeiro no grupo do Facebook:

2016/09/18

Aquilino Ribeiro: Lançamento da reedição de "Cinco Réis de Gente" na sua terra natal



Jorge Coelho, político e empresário reconhecidamente dotado, psíquica e culturalmente.
Foi quem escreveu a "Introdução" ao livro.
No Pátio dos Sanhudos, Carregal, Sernancelhe, distrito de Viseu, local onde terá nascido Aquilino Ribeiro.
Ao seu lado direito, Aquilino Machado, neto de Aquilino, que fez a apresentação do livro.



Fotografias retiradas do ´Facebook`de Rosa Monteiro

Tive muita pena de não poder ter estado presente. Pelo que depreendo das informações e reportagens que têm chegado ao meu conhecimento, valeu a pena. Valeu a pena ter vivido aqueles momentos ímpares, naquela terra mítica, no próprio pátio da casa onde nasceu o, para sempre, Mestre da Literatura Portuguesa e narrador inquestionável do Povo e da vida em Portugal no séc. XX nos seus mais ínfimos pormenores e emoções.
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Mais em Redescobrindo Aquilino Ribeiro no Facebook.
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No lançamento da nova edição do "Cinco Réis de Gente", Carregal/Sernancelhe.

Carlos Silva, Jorge Coelho, Aquilino Machado, José Eduardo Ferreira, Pedro Albuquerque, Eduardo Boavida, Paulo Neto e José Morgado. Pela primeira vez num evento aquiliniano, juntos os 3 autarcas das Terras do Demo (foto de Paulo Pinto).

(Retirado do FB de Aquilino Machado)

2016/09/15

Aquilino Ribeiro - reedição do seu livro "Cinco Réis de Gente" -


Capa da autoria do pintor Viseense Pedro Albuquerque

MUNICÍPIO E BERTRAND REEDITAM “CINCO RÉIS DE GENTE”, DE AQUILINO RIBEIRO.

O Município de Sernancelhe e a Bertrand estabeleceram uma parceria para reeditar a obra “Cinco Réis de Gente”, de Aquilino Ribeiro. A obra conta com prefácio da escritora Luísa Costa Gomes, introdução de Jorge Coelho, nota de abertura de Aquilino Machado, neto do escritor, e capa do pintor viseense Pedro Albuquerque. A apresentação, coincidindo com o mês de nascimento do escritor, será no dia 17 de setembro, no Pátio Aquilino Ribeiro, Freguesia do Carregal, junto à casa onde nasceu.
“Cinco Réis de Gente” foi publicado por Aquilino Ribeiro em 1948. Ficciona a sua infância, passada no Carregal, de 1885 a 1895, desvendando o lugar, a Igreja, o Pátio, os ciprestes, as gentes, os ritos e rituais de um tempo que explica a história do lugar e do Concelho.
Jorge Coelho, natural de Mangualde, distrito de Viseu, empresário e gestor, e que fez parte do XIV Governo Constitucional ocupando os cargos de Ministro do Equipamento Social, Ministro da Presidência e Ministro de Estado, acedeu a elaborar a nota introdutória do livro “Cinco Réis de Gente” e fará, em
colaboração com Aquilino Machado, neto do escritor, a apresentação do livro no Pátio onde Aquilino brincou enquanto criança.
O prefácio é da autoria da escritora Luísa Costa Gomes, vencedora do Prémio D. Dinis (1988), Prémio Máxima de Literatura (1995), Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco (1997), Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (2010), Prémio Fernando Namora (2010) e Grande Prémio de Literatura (2015), instituído pelo DST Group.
Esgotada há muito, a obra “Cinco Réis de Gente” assume importância capital para o entendimento da vida do escritor Aquilino Ribeiro, pois desvenda as suas memórias de infância, cujo percurso literário encontra continuidade com a publicação das obras “Uma Luz ao Longe”, “A Via Sinuosa”, “Lápides Partidas” e um “Escritor Confessa-se”, esta uma edição póstuma, de 1974.
“Cinco Réis de Gente” é, de resto, a vigésima obra de Aquilino Ribeiro a merecer uma reedição da Bertrand, a editora de sempre do Mestre das Terras do Demo. Com a associação do Município de Sernancelhe a este projeto o logotipo surgirá impresso na contracapa e na ficha técnica do livro.
Com uma tiragem mínima de 1500 exemplares, será distribuída a nível nacional pela Bertrand Editora a partir de 17 de setembro.

2015/09/18

Aquilino Ribeiro, Leal da Câmara e os saloios


Na Feira das Mercês - 1947

No livro da autoria de Aquilino Ribeiro sobre o grande caricaturista Leal da Câmara:

A propósito da forma como LC apresentava os saloios (da região de Lisboa, em 1947):
"(...) Pitorescos, sim, mas o saloio, como homem, é a síntese da terra, vulgar, sem altitude, sem horizontes, dado a um materialismo pobrinho e azarento. À primeira vista traz na alma a derrota do Islam e o deserto. Escravo desde o berço, em geral acaba lázaro, aborrecedor e aborrecido. É minorado de inteligência? A estatística escolar não depõe a favor nem contra. É como os demais camponeses de Portugal. Prova de que se a escola é para burros e espertos, burros e espertos passam por ela como cães por vinha vindimada. (...)."

2015/08/26

Aquilino Ribeiro em Viseu. Aclamação da sua memória





Nesta fase da minha vida tenho vindo a ocupar o meu tempo disponível para participar na rede social designada por "Facebook".
Mesmo assim tenho-me esforçado para não descurar este meu blogue, que há-de continuar a ser o meu local de preferência para deixar em memória os temas que mais me possam interessar.

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10/8 · 

Fui dar uma volta pela minha terra, pela Rua Formosa. E lá me encontrei com Aquilino Ribeiro. — em Viseu.
Fernando Rodrigues Bom passeio amigo Nunes!
  • https://fbcdn-profile-a.akamaihd.net/hprofile-ak-xft1/v/t1.0-1/c5.0.32.32/p32x32/10450770_772766916097877_8344452742090749060_n.jpg?oh=805e5498d3f2cdb6885292ad7ffad7d0&oe=5674B9E8&__gda__=1450422680_c28618b1f95db9383e59bf2fb72e3558
Carlos Frazão Engraçado, estou a reler as Páginas do exílio de 1908 a 1914 do Aquilino com recolha de Jorge Reis. Abraço.

António Nunes E eu ando às voltas com a "A Casa Grande de Romarigães"... Em Viseu também há um Parque jardim e mata, em pleno centro da cidade, que se chama "Parque Aquilino Ribeiro". É um dos ex-libris de Viseu. Abço
Gosto · 1 · 11/8 às 20:59 · Editado

Marta Moita O Aquilino está para si como o Fernando Pessoa está para mim... grin emoticon

Trudi Staeheli Thoughts.

António Nunes Yes, Trudi Staeheli, thoughts, good help Aquilino Ribeiro provides us with the reading of his books.
And that even though written during the 1st half of the twentieth century, continue to delight us with their extraordinary descriptions of the people, of the Beira Alta region and Portuguese society at the time of the First Republic, since its implantation to Salazar as dictator.

António Nunes Gostei do que também está no fb de Antonio Cunha : - Abílio Martins Com o escritor ali ao pé não lhe pediu um autógrafo? A mim me deu um quando por lá passei no dia dos meus anos, 1/7, no primeiro livro que li dele -- Via Sinuosa. Quando há tempos estive na casa onde ele nasceu apenas tive ocasião de a ver por fora e o jardim
Não gosto · Responder · 1 · 28 min · Editado

António Nunes Já lhe sussurrei ao ouvido, mas agora já é tarde. Resta-me a honra de o ter como patrício não só de Viseu mas também de Leiria; com a sua "Batalha Sem Fim".


2015/08/23

Aquilino Ribeiro - Entrevista de Igrejas Caeiro em 1957


A 13 de Setembro, na rua Formosa, em Viseu, durante a cerimónia de inauguração da escultura de Mestre Aquilino Ribeiro...

Posted by Jerónimo Costa on Quarta-feira, 25 de Setembro de 2013

2015/07/22

Pintura de Leal da Câmara no livro de Aquilino Ribeiro "Leal da Câmara - Vida e Obra"

Cabaret de chansonniers (Quartier Latin)                                 Bertrand Irmãos, Lda - Lisboa

A obra acima referida foi executada nas oficinas gráficas de Bertrand (Irmãos), Lda. Acabou de se imprimir em Outubro de 1951.

Foi feita uma tiragem única de 1.000 ex. numerados de 1 a 1.000, e mais 150 ex. de I a CL fora do mercado. Todos rubricados pelo autor.
A direção artística foi de Abel Manta.

Comprei este livro num alfarrabista (via internet), por volta do ano de 2014.
Inclui 12 gravuras a cores, reproduções de obras de Leal da Câmara:

Índice das gravuras a cores:
A Rainha D. Maria Cristina de Espanha   - Pág. 24
No Café Cirano (Paris) - 32
P. Pantonnier (marchand de tableaux)  - 48
A carta ditada - 56
Cabaret des chansonnier (Quartier Latin) - 64
Dernier salon où l´on cause (Paris) - 72
Lady Misery - 80
Na Feira das Mercês - 88
A Ribeira (Porto) - 96
Rua Formosa (Lisboa) - 100
Panorama do Porto - 112
O melhor beijo - 118

Tenciono publicar todas estas gravuras...



2015/03/13

Aquilino Ribeiro e Samuel Maia: um ponto em comum, Viseu...

Oe meus dois livros do momento:
Samuel Maia - mudança d´ares - 1916
"Mestre Aquilino. A Caça e uma Gaita que Assobia"... O primeiro, já referido no "post" anteior, depois de dvidamente encadernado.


O livro de Samuel Maia, encadernado a preceito, é para oferecer ao meu pai, que hoje faz 91 anos.
Samuel é nosso conterrâneo (1874-1951).

2014/12/22

ACLAL - Academia de Letras e Artes Lusófonas ; Boletim Informativo nº 6, Dez 2014






 Arménio Vasconcelos ...........................................Aquilino Ribeiro   (ensaio p. 2)  (*)

                                                                         (também em https://www.facebook.com/groups/aquilinoribeiro/ )
                                           
Seguindo o link abaixo pode ler-se o Boletim Informativo nº 6, Dez 2014, da ACLAL.
Equipa editorial e Redatorial:
Arménio Santos Vasconcelos
António Santos Nunes

https://drive.google.com/file/d/0B0v6K4Xe-OCYLW9tRncweGdsMHJrS0xic2NDWXFWTFlidy1J/view?usp=sharing

(*)  (Permiti-me o desplante de publicar neste Boletim um pré ensaio sobre Aquilino Ribeiro)

(@ Reservados todos os direitos de autor a favor da ACLAL e dos Autores)

2014/08/23

Aldrabas em Leiria (Sé e ruas próximas). Ler também o que escreveu Aquilino Ribeiro.

Numa das ruas da zona histórica de Leiria
 
Na rua D. Dinis. O batente já lá vai.

 Uma pega na caixa de correio? 

É melhor limar os parafusos. Digo eu... 


Há dias foi publicado, num dos meus registos, um comentário dum amigo de Viseu, a esclarecer que há diferenças que devem ser consideradas, entre o que se deve entender por aldraba e por batente.
Fiquei com a nota (aliás essa dúvida já se me tinha levantado). 
Para mim, é assim: tudo o que não tiver o feitio duma mãozinha a agarrar numa bola e uma base metálica presa/incrustada na porta, deixa de ser batente para ser aldraba.
Discutível, claro, se tivermos em conta o que dizem os dicionários.

Interessante este trecho do romance de Aquilino Ribeiro, "Terras do Demo", p 266, Ed. Círculo de Leitores, 1983:
"Uma boa manhãzinha, a Teresa Zabana apresentou-se à porta do Joaquim Javardo, em Aris, a bater à aldraba.
- Olhe que não está; saiu para as fazendas - esclareceu uma voz ali perto."
Ou então n´O Malhadinhas", p 17, ed. Bertrand, 2008:
(...)
Nunca adiantei o pé em casa alheia, sem tocar a aldraba; (...)

2010/09/28

LEIRIA e os seus poetas e escritores: Acácio de Paiva

Recebi hoje o Boletim Informativo da Junta de Freguesia de Leiria, nº 24, Setembro a Dezembro de 2010.
Também tive acesso a este boletim por via digital. Segundo me informaram está a ser construído um sítio na internet para que as actividades desta Junta e da Freguesia possam ficar disponíveis on-line e, na medida do possível, em real-time.
Trata-se duma decisão inevitável para os tempos correntes. O cidadão comum começa a ter acesso à informação via internet cada vez com mais facilidade, de forma mais barata (será que está a tender para que seja gratuita?... Será isso viável, economicamente?...). Que está a transformar-se numa ferramenta extremamente cómoda, já não nos resta qualquer dúvida. Demasiado cómoda, talvez! 
Estaremos nós condenados a ficarmos sentados defronte dum computador? É certo que os próprios meios de emissão/recepção de informação digital armazenada na rede global também estão a sofrer uma intensa e permanente mutação tecnológica no sentido da miniaturização e consequente mobilidade. 
Ou seja, a Humanidade terá que se habituar a conviver com a rapidez estonteante da evolução da tecnologia?

Entretanto, estamos a ser confrontados com uma outra questão transversal e fulcral: a documentação, mesmo a que se encontrava mais escondida nos recônditos de "arquivos mortos" ou mesmo "arquivos secretos" está, progressivamente, a ser disponibilizada, deliberada ou subrepticiamente, para consulta pública, na Internet, indiscriminadamente. Será que vamos por bom caminho? Não, certamente, se não forem fixadas regras básicas e susceptíveis de controlo por quem de direito. Mas como? Que formas se podem perspectivar para se filtrar a informação já disponível na internet e a que vier a ser no futuro? E que tipo de filtros é que devem ser usados? Quem vai definir critérios de actuação?
Sem dúvida que estamos numa encruzilhada complexa e de imprevisíveis consequências para o futuro do tratamento da informação. Da própria Humanidade, teremos que o admitir, desde já.

A Junta de freguesia de Leiria propõe-se trabalhar num projecto que visa orientar a atenção dos turistas e dos próprios habitantes para a ligação que a cidade manteve e mantém com variadíssimos "Poetas e Escritores Leirienses". Que, inclusivamente, têm referências toponímicas nesta urbe. Tais como:
Abraão Zacuto (1450-1510) (1)
Acácio de Paiva (1863-1944) (1a)
Acácio Leitão (1866-1945) (2)
Afonso Acácio Serra (1914-2001)
Afonso Lopes Vieira (1878-1946) (3)
Agostinho Tinoco (1896-1969)
Alexandre Herculano (1810-1877) (4)
Américo Cortez Pinto (1896-1979) (5)
Artur Lobo Campos (1884-1949)
Eça de Queiroz (1845-1900) (6)
Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622) (7)
Gago Coutinho (1869-1959)
João Cabral (1905-2001) (8)
João de Deus (1830-1896)
Miguel Torga (1907-1997) (9)

Miguel Torga e Alexandre Herculano foram alvo, recentemente, em Leiria, de merecidas homenagens, respectivamente por alturas dos Centenário (Torga) e Bicentenário (Alexandre Herculano) dos seus Nascimentos.

Julgo ser intenção da Junta de Freguesia de Leiria patrocinar, de seguida, uma homenagem a um poeta de reconhecido mérito, local e nacional, nascido justamente na casa onde, neste preciso momento, estou a alinhavar estas linhas que aqui quero deixar à disposição dos meus leitores: Acácio de Paiva. (Poema sobre Leiria - ler aqui)
-
(Cá está. Qualquer um de nós pode, tendo presente a facilidade do recurso às novas tecnologias da informação, publicar o que entender. 
Espera-se é que não se abuse destas facilidades para se publicarem falsidades, inexactidões, obscenidades.
Da minha parte, o meu principal fito em por aqui andar a deixar alguns marcos dispersos é, simplesmente, escrever sobre "o que me vai  ocorrendo" na minha qualidade de "Um Viseense tão Leiriense como os que o são".)

(1A) http://dispersamente.blogspot.com/2007/11/accio-de-paiva-e-o-largo-da-s.html
(1) http://dispersamente.blogspot.com/2010/06/leiria-e-comunidade-judaica.html
(2) http://dispersamente.blogspot.com/2010/04/acacio-leitao-biografia.html
(3) http://dispersamente.blogspot.com/2006/12/viver-leiria-afonso-lopes-vieira.html
(4) http://dispersamente.blogspot.com/2010/09/leiria-no-ii-centenario-de-alexandre.html
(5) http://dispersamente.blogspot.com/2006/04/ea-de-queiroz-em-leiria-post-4n.html
(6) http://dispersamente.blogspot.com/2006/04/ea-de-queiroz-em-leiria-post-5n.html
(7) http://dispersamente.blogspot.com/2007/03/volta-do-maviosssimo-poeta-francisco.html
(8) http://dispersamente.blogspot.com/2009/01/cortes-leiria-ponto-do-cavaleiro.html
(9) http://dispersamente.blogspot.com/2007/01/miguel-torga-centenrio-do-nascimento.html

*************************** SEM ESQUECER ************************

      AQUILINO RIBEIRO


http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/aquilino%20ribeiro


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2010/08/06

NESTA NOSSA DOCE LÍNGUA DE CAMÕES E DE AQUILINO




Prof. Dr. José Augusto Cardoso Bernardes
Prof. Dr. Fernando Paulo do Carmo Baptista (Autor)

Teve lugar, ontem, dia 5 de Agosto, no Casino da Figueira da Foz, uma sessão de apresentação do extraordinário livro "Nesta nossa doce língua de Camões e de Aquilino". Na mesa perfilaram-se o autor e diversas outras personalidades ligadas ao mundo das Artes e das Letras e, particularmente, ao mundo Académico na área da Língua Portuguesa.
Libânia Madureira coordenou a sessão.


Do texto de apresentação (da autoria de Libânia Madureira) da obra e do seu autor, Dr. Fernando Paulo Baptista, permito-me retirar o seguinte excerto:


A apresentação mais «académica» e mais «protocolar» do livro — «Nesta Nossa Doce Língua de Camões e de Aquilino» —, será feita pelo Senhor Professor Doutor José Augusto Cardoso Bernardes, Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que fez os seus estudos básicos e secundários nas escolas da Figueira da Foz e é natural da vizinha e simpática freguesia da Brenha. Trata-se de um Académico dos mais brilhantes da Universidade Portuguesa, detentor de um vasto e invulgar curriculum como investigador e como docente da área dos Estudos Literários.

Para nos falar ainda do Autor, teremos os testemunhos da Professora e Escritora, Dra. Maria Isabel Loureiro, com inúmeras publicações didácticas e histórias infanto-juvenis, do Senhor Presidente da CM de Sernancelhe, Dr. José Mário de Almeida Cardoso, e do Dr. Arménio Vasconcelos, Advogado, Presidente da ACLAL (Academia de Letras e Artes Lusófonas), Museólogo e incansável Promotor do Espírito Lusíada e Universalista e da Causa da «Lusofonia», com uma vasta obra poético-literária e cultural já publicada.
  
“Um livro é um mudo que fala,
um surdo que responde,
um cego que guia,
um morto que vive”

Padre António Vieira

Breve apontamento sobre o Livro «Nesta Nossa Doce Língua de Camões e de Aquilino»

“Para falar ao vento bastam palavras.
Para falar ao coração, é preciso obras”

Padre António Vieira

«Trata-se de uma obra dedicada à causa maior da nossa Língua Materna, da Língua que é partilhada pela Comunidade de Países e de Povos que se exprimem em Português — a CPLP — e por todas as comunidades migrantes da «diáspora» lusíada, multicultural e multiétnica, espalhadas pelas sete partidas do mundo.
E é a esta língua (que aprendemos desde o berço, ao colo de nossa Mãe) que, segundo o autor (ver o seu prefácio, pág. 18), «devemos a mediação das aprendizagens de efectivo potencial (in)formativo, cognitivo, significante e expressional que estruturam e modelam, a nível cultural, sapiencial, hermenêutico e comunicacional, o nosso modo de ser e estar, de pensar e agir, de sonhar e realizar, de par com a construção da nossa «visão do mundo», dos nossos «mapas mentais» (mind maps), das nossas «matrizes» gnosiológicas e metodológicas, dos nossos «arquivos memoriais», da nossa «enciclopédia» interior e do nosso «capital simbólico» e, de um modo muito especial, dos «campos» gerativos e alimentadores das nossas práticas de oralidade e de escrita, em todas as suas configurações modais».

Pela minha parte não posso perder esta ocasião para declarar a minha mais profunda admiração pelo extraordinário brilhantismo com que o Prof. Dr. Fernando Paulo tem presenteado as audiências em que me integrei já por duas vezes, ao expor com o entusiasmo que se pode observar na foto cimeira, ao centro, os mais variados e complexos aspectos relacionados com o culto científico da Língua Lusíada. 

Mais não vou, aqui e por esta via, acrescentar, o que, de qualquer modo, só o poderia ser a título de nota de reportagem, que a mais não me atreveria.
A não ser referir, por ser de justiça, que o pintor dos quadros expostos em fundo, na Mesa desta sessão, é Viseense e chama-se Alcídio Marques.
Finalmente:
Porque o actual Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Dr. José Mário Cardoso defende o princípio, aparentemente tão basilar, mas que o actual contexto sócio-político essencialmente alicerçado nas doutrinas mercantilistas e neo-liberais tem vindo a secundarizar, de que "a Ignorância fica mais cara que a Cultura", assim a Câmara daquele concelho de Coimbra, acabou por inscrever no seu Orçamento uma verba destinada ao patrocínio da edição duma obra literária do gabarito desta que acabámos de presenciar.


Muitos parabéns, ao Autor, pela sua pertinácia na defesa dos princípios fundamentais e divulgação da Língua Lusíada, e à Câmara Municipal de Sernancelhe por ter editado esta obra de excelência e que tão bem promove Aquilino Ribeiro e a sua superior participação na edificação deste mundo ímpar que é o Mundo Lusófono. 
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2007/04/22

"Alcança quem não cansa" (3)

Sabem os meus amigos que o nosso colega bloguista e sentido poeta, Luís, o bufagato foi convidado pelo Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municpal de Maia para participar e ser homenageado numa sessão pública na Biblioteca Municipal? Fiquei muito satisfeito por ter tomado conhecimento desta informação e só lamento não poder estar presente. Muitos parabéns Luís.
Penso que o ensejo é o apropriado para se chamar a atenção dos responsáveis pela Cultura neste país, no sentido de prestarem mais atenção às excelentes manifestações culturais e artísticas que se têm apresentado na blogosfera.
Não há que ter medo dos bloguistas nem da blogosfera. É que há momentos em que até parece que o fenómeno blogosférico é apresentado aos olhos do público em geral, como um demónio a combater e a ser votado ao ostracismo e indiferença, como forma de forçar a sua não visibilidade pelos que ainda não vêem à Net, ou porque não sabem, ou não porque não querem, por comodismo, ou não podem.
Seria bom que se atentasse com mais cuidado no que está escrito no Plano Nacional de Leitura. Uma das formas a dar particular atenção no sentido de promover o gosto pela Leitura deverá ser o Blog. Concordo plenamente, até pela experiência que já tenho destas andanças pela internet, a escrever e a partilhar dados e informação vária.
---
Não queria deixar passar esta ocasião sem aflorar o facto de a Assembleia da República ter deliberado, muito recentemente, que eram horas de tratar de todas as formalidades conducentes à trasladação dos restos mortais de Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional.

A este propósito ocorreu-me que seria boa ideia falar sumariamente, embora, do livro daquele emérito escritor nacional, A Batalha Sem Fim, não só por ser um dos bons livros de Aquilino Ribeiro, mas também, pelas estreitas ligações do autor e do conteúdo desse livro com um lugar que muito me diz: a Praia do Pedrógão, concelho de Leiria. Aliás, a própria vida de Aquilino Ribeiro, está intimamente entrelaçada com aquele lugar e pessoas daquela zona, Coimbrão nomeadamente. Tanto assim é que existe no Pedrógão, uma rua com o seu nome.
Seguindo o que já está escrito sobre este assunto na monografia "Praia de Pedrógão - Locais, Gentes e Memória", Ed. Magno - 2006, de António Inácio Nogueira:
"Por volta de 1922 começa a escrever o romance A Batalha Sem Fim(1), onde nos conta a lenda da Cova da Serpa, retratando o Pedrógão de uma forma excepcional.
Na realidade, Aquilino Ribeiro andou pelas terras do Pedrógão e do Coimbrão, em 1922. Viveu alguns meses no Casal de Baixo, numa casa de Joaquim Ferreira Rocio. Era mais uma peregrinação de exílio, situação que sempre o fazia ausentar de Lisboa."
... Referindo-se a José das Neves Leal, um ilustre homem de letras, natural e com casa de família muito referenciada e bonita, no Coimbrão, o autor da monografia da Praia do Pedrógão, continua a escrever: "Na casa do Coimbrão foi fundada a Seara Nova, e comemorados os seus cinquenta anos. Por lá passaram, em diferentes circunstâncias, figuras ímpares da nossa cultura: João Soares (pai de Mário Soares), Eduardo Vieira, Almada Negreiros, Ary dos Santos, Adriano Correia de Oliveira, José Manuel Tengarrinha, Sotto Mayor Cardia, Alberto Ferreira, Fernando Namora, Alves Redol, Jaime Cortesão, Raul Brandão, Horácio Bio, Teixeira de Vasconcelos, Raul Proença, Câmara Reis, Augusto Abelaira, Carlos Eugénio, Humberto Gurreiro, Manuel Matias Crespo, António Reis, Adelaide Félix, Lopes Cardoso e Aquilino Ribeiro.
O Pedrógão deve a esta gente, pelo menos, a amizade que eles tinham a Aquilino. Se assim não fosse, hoje não haveria Batalha Sem Fim."
Aquilino Ribeiro morreu a 27 de Maio de 1963, precisamente na altura em que se preparava uma justa homenagem ao escritor. Tal era a amizade que unia o escritor a José Leal(4) que este livro lhe é dedicado expressamente.
O jornal, "O Século", a propósito deste livro escreveu, na altura: "As figuras do arrais Pedro Algodres, e a do filho José, embriagado de grandezas, assombram pela nitidez. A do senhor juiz de Leiria, Dr. Afonso da Cunha Leão, esqueceu a Eça de Queirós quando andou a documentar-se na cidade do Liz."
Este brilhante prosador português dá-nos, neste livro, imagens escritas do mais puro falar do povo português. Ora veja-se esta pequena frase dum diálogo entre o Algodres (que queria vender, por necessidade, a sua armação de pesca) e o Eudóxio, pelos vistos um rico proprietário da Ervedeira(2):
"...Rai´s abrasem tanto larápio como há em Portugal! ...
Logo a seguir, vem este excerto da narração do autor, a preparar mais um diálogo: "..."Perante a crónica excelsa, venerável nos coiros semiextintos da lombada, transpirando mais verdade que um missal, não soube o Eudóxio dissimular a sua emoção. Homem de letras gordas, para ler à vontade, sentou-se num madeiro que ali jazia. E estatelando em seguida o livro nos joelhos, depois de mirar e remirar com respeito, não isento de certa desconfiança, aquele tombo mágico, pôs-se a soletrar, enlevado como à missa, a passagem portentosa."...
Para rematar este post nada melhor que ler, de fio a pavio, os dois livros atrás referidos.
Actualização em 24-04-2007: É da mais elementar justiça reparar uma minha desatenção imperdoável, quando compus este post: o meu caro e ilustre amigo e bloguista Jofre Alves tem vindo a escrever sobre Aquilino Ribeiro com uma profundidade e riqueza de informação que seria muita pena que quem ler estas singelas notas não pudesse seguir este link do blogue http://couramagazinefoto.blogs.sapo.pt
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-(1) Bertrand editora, 1984. Edição comemorativa do centenário do nascimento de Aquilino Ribeiro.
(2) Por esta terra, a 15 km da Praia do Pedrógão, viveram várias pessoas de família.
(3) Era o ex-libris de Aquilino Ribeiro, que nasceu a 13 de Setembro de 1885, no concelho de Sernancelhe, freguesia de Carregal da Tabosa.
(4) Ainda o conheci e com ele tive o privilégio de conviver, a espaços.