2014/05/26
2014/05/25
2014/05/14
O Homem-Capital não tem alma
Dizem que o homem tem
alma!
Aquilo que o anima,
que o faz viver e sentir,
que o distingue dos outros
seres vivos.
Olho o mundo.
Vejo amor, solidariedade,
sentimentos
nos outros animais.
Vejo-os também nalguns
homens:
Os subjugados, os pobres,
os proscritos da vida.
E são cada vez mais!
Neles apercebemos a alma.
E nos outros?
Nos poderosos do mundo?
São os homens ocos!
“The Hollow Men” de Eliot!
Os “Mistah Kurtz” de
Conrad!
A alma?
Venderam-na
A um Senhor Todo Poderoso!
O Capitalismo Selvagem!
12 de Maio/2014
Zaida
Paiva Nunes
2014/05/06
Leiria, uma cidade Histórica - Vídeo e entrevista a Orlando Cardoso
Vale a pena ver este vídeo até ao fim.
Com toda atenção.
Fica-se a conhecer e a amar Leiria (para os que não a conhecem como deve ser, pelo menos)
2014/05/04
A propósito dum tal snr. Fulano da atualidade...
Estando D. Fulano a tagarelar
comigo, de tédio senti-me morrer.
Tantas as tolices que lhe ouvi dizer.
Finalmente disse: “Tempo é de deitar.”
Respondi-lhe logo: “Se ir vos apraz,
Ide em boa hora que eu cá fico em paz.”
Morrendo de tédio, farto de o ouvir
Estive eu muito tempo, ali massacrado.
Já pestanejavam meus olhos de enfado.
Finalmente disse: “Tempo é de deitar.”
Respondi-lhe logo: “Se ir vos apraz,
Ide em boa hora que eu cá fico em paz.”
Foi tagarelando pela noite fora
E dentro de mi o tédio crescia.
Mas o maçador nem se apercebia.
Finalmente disse: “Tempo é de deitar.”
Respondi-lhe logo: “Se ir vos apraz,
Ide em boa hora que eu cá fico em paz.”
Trova satírica de Dom Dinis
Versão moderna de Natália Correia
Sécs. XIII/XIV
2014/05/03
Mãe ...
Eu, em 2010 ..................................................... Minha Mãe, em 1945 ?
Mãe
67 anos são passados
o poema da nossa vida
ainda está a ser escrito
e assim continuará
São muitos anos, mãe
Hoje lembrei-me de te
escrever
A distância não me deixa
Dar-te um beijo
Mesmo assim sinto
Que estás presente
Só porque me lembro de ti,
mãe…
Tónio
2014/05/01
Com o tempo... emociona-me o Tempo ... as flores ... a vasta silhueta das montanhas aqui em frente ...
Emocionam-me as árvores
o lume das amoras
adocicando os caminhos
as cigarras sem fadiga
iluminando o pó
Emocionam-me as árvores
a vasta silhueta das montanhas
a mancha seca dos ribeiros
a frescura breve da voz dos melros
entre a ramagem amena dos amieiros
Emocionam-me as árvores
as velhas pedras onde o poema
é música de seda ...
Luís Filipe Maçarico
cantoneiro da CMLisboa
ed. autor, 1993
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