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2014/06/13

A história rocambolesca - qual crónica de "As Farpas" - duma rua de Leiria: a Rua Ramalho Ortigão





http://dispersamente.blogspot.pt/2008/05/rua-ramalho-ortigo-leiria.html

Com este "Post" iniciei a minha descoberta e aventuras relacionadas com uma rua de Leiria, a que lhe foi posto o nome de "Rua Ramalho Ortigão". Ali para a zona da Guimarota, quem vai pela EN 365-2, Leiria-Fátima, antes de chegar à Quinta de S. Venâncio (mais recentemente, a rotunda que dá acesso ao IC36, que, por sua vez, liga as autoestradas, A1, A8/A17 e A19).
Não terá sido uma grande inconveniência a atribuição deste topónimo a uma rua que não dignifica minimamente um dos grandes vultos da História da Literatura Portuguesa?
Claro que foi. E continua a ser...
Querendo acompanhar toda a história desta rua e outras histórias paralelas, siga este link.
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“As Farpas” constituem pois um marco na literatura e na evolução cultural do país uma vez que se impuseram como um novo e inovador conceito de fazer jornalismo – o jornalismo de ideias, de crítica social e cultural – que hoje é corrente."

2013/08/11

Ao povo

(mesmo aqui em frente, um vizinho, profissional de construção civil, teve de emigrar para a América Central. Já lá vai mais de um ano... 
Férias?
Quais férias?!...)

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Ao Povo

Tem-se a impressão que os portugueses
precisam de emigrar para desenvolverem
todos os recursos da sua nativa e la-
tente capacidade. Porquê? Porque na sua 
terra a casta de políticos, «a mais vil
de todas as castas», como diz Paul 
Adam, predomina; absorve as energias
nacionais, na mísera ambição e na re-
les intriga de partidos; revoluciona; re-
volve até os seus mais profundos alicer-
ces, o equilíbrio social; perturba e enxo-
valha a serenidade da aplicação e do 
trabalho...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 

RAMALHO ORTIGÃO

2012/02/11

Mimosas à vista!


O tempo está esquisito. Parece que as estatísticas garantem que há mais de 80 anos que não havia um mês de Janeiro tão seco como o que decorre no presente ano de 2012. 
Já se aventa a necessidade de recorrer a Bruxelas para pedir ajuda para socorrer os agricultores portugueses dependentes da parca produção que ainda se processa em Portugal. Aliás, em Espanha o problema também é o mesmo. Como se já não bastasse estarmos no mesmo barco da pré-falência financeira, eis que mais um problema sério atinge a Península Ibérica.

Apesar de tudo as acácias mimosas aí estão, no tempo certo, como que a querer demonstrar que os ciclos vitais da Natureza se renovam, independentemente da vontade do Homem.

Esta perspectiva fotográfica, de hoje, foi captada da Rua Ramalho Ortigão(*)
(novo traçado, ainda em terra batida, ao lado da rotunda de Vale de Lobos/N 356-2 Leiria-Cortes-Fátima e do acesso ao IC36, sentido Pousos-Alto Vieiro).
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(*)
Nem de propósito: chegou-me às mãos o livro (1724-AZ-Biblioteca) "Portugal - a terra e o homem", antologia de textos de escritores dos séculos xix - xx , por Vitorino Nemésio, ed. da Fundação Calouste Gulbenkian, 1978, impresso na tip. Guerra - Viseu, em que a propósito de Ramalho Ortigão se escreve, a dado trecho:

"Ramalho prega a necessidade de o Português aceitar os seus limites, aprendendo «lá fora» o indispensável para uma técnica do «cá dentro». Não o preocupa, como a Oliveira Martins, definir o génio nacional incarnado na história, mas recensear as coisas pátrias e diagnosticar os pequenos e grandes males do homem que vive delas." (p. 63) foto da Net

Talvez nos possamos especializar a lavar e secar a roupa dos Alemães
(v. comentários)
@as-nunes 

2011/09/29

Leiria: a história rocambolesca da Rua Ramalho Ortigão

Por aqui passava a histórica "Estrada das Cortes", a EM 256, agora interrompida com uma rotunda, logo a seguir a Quinta de S. Venâncio, do lado esquerdo e a Quinta de Vale de Lobos, do lado direito. O IC36, como que a voar por cima do Vale do Lis. Vamos lá a ver como é que os Engenheiros implantaram todos aqueles monstruosos pilares em pleno leito de cheias do Lis, uma zona agrícola por excelência, votada ao abandono em troca do "Desenvolvimento"?!


O IC36, em rápido progresso de construção, na zona da estrada das Cortes (melhor, a Estrada de Vale de Lobos), os plátanos vistosos da Quinta de S. Venâncio a emergirem deste monstro de betão e alcatrão, qual serpente ondeante em direcção à localidade de Pousos 
(uma comissão de moradores e proprietários a sentirem-se fortemente lesados em virtude de uma extensa área junto ao cemitério ter sido, pura e simplesmente, esventrada a céu aberto, em vez de se ter utilizado a técnica do túnel, o que levou ao desaproveitamento de muitas terras e à desertificação de mais uma significativa área florestal).  


Este carvalho terá, pelo menos, 300 anos, segundo me informaram moradores desta zona de Leiria. O chão está atapetado com as suas bolotas, que o Outono está a usar como meio para ilustrar a sua pintura na paisagem.
Aqui, neste chão em bruto, qual caminho rural, para os antigos carros de bois, começa/acaba uma rua a que a comissão de toponímia acabou por chamar pomposamente "Rua Ramalho Ortigão". Soube da história que estará na origem desta decisão. Este local, mesmo ao lado da rotunda da 1ª foto, agora  aberta ao tráfego, mas ainda em fase de implementação
(vai permitir que se suba para o tabuleiro do viaduto do IC36 que vem do Telheiro e segue ao lado da Quinta de S. Venâncio, atravessa o rio Lis, continuando pelo Vidigal  e Pousos, para finalmente chegar à extremidade nascente: a A1)
era uma zona habitacional constituída por três casas no interior duma zona florestal 
(à base de Carvalhos, que, entretanto estão a ser derrubados inclementemente
e que, por necessidade de acessos para automóveis, passou a ser servida por um caminho em terra batida. Levantou-se a questão do nome a dar a esse caminho. Pôs-se a hipótese de se lhe dar o nome dum antigo proprietário duma dessas casas, que se chamava Ramalho. Vai daí, não sei se para satisfazer parcialmente essa pretensão, acabaram por atribuir a este caminho o nome de Rua Ramalho Ortigão. Uma atitude bastante imprópria, diga-se, pelo manifesto menosprezo dado à figura do grande escritor, companheiro de tertúlia literária de Eça de Queirós.
Neste momento, dadas as obras em que toda aquela área está envolvida, nem sei bem como é que se está a pensar resolver o traçado dessa rua. 
O que espero é que, pelo menos, alguns carvalhos centenários que terão ainda resistido à força bruta das máquinas de movimentação de terras que tudo arrasam em horas, possam ser preservados. Em conversa com uma senhora já duma certa idade e que mora naquela zona, o "Casal de Vale de Lobos", ela própria se manifestou veementemente a favor do não abate desses carvalhos (Quercus robur, na maioria dos sobreviventes).
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Já aqui abordei o tema desta rua, em tempos em que nem sequer se falava no IC36.
(Pode seguir-se este link)
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Moral desta indigente história: o nome "Ramalho Ortigão" foi atribuído a esta rua (que já nem é nem deixa de ser rua) em "homenagem" a um dos pioneiros daquele "Casal" ou em sinal de deferência para com um grande vulto das nossas Letras?!... 
@as-nunes
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2010/03/27

TEATRO DRAMÁTICO DO HOMEM E DAS ÁRVORES COMO SERES DA NATUREZA



A Rua Ramalho Ortigão, na zona de Vale de Lobos (LEIRIA), há dois anos atrás. Toda esta zona era uma área arborizada, com choupos, carvalhos, sobreiros, etc. ... Uma Reserva Ecológica, que se deveria preservar. As Árvores eram centenárias e gozavam de boa saúde ,segundo consegui observar. 
Porque não investir algum dinheiro para a preservar?


Eis o aspecto da mesma rua, hoje. Toda aquela zona verde de Vale de Lobos está a ser devastada para ser transformada em prédios e arruamentos. 
Ainda não tive acesso ao plano de urbanização em curso. 
A verdade nua e crua, porém, é que não foi poupada uma das centenas de árvores que existiam naquele local. Perturbante... Nem sequer meia dúzia de Quercus Robur, porte altivo e frondoso no Verão, ficaram de pé.

Dá-se o caso de eu, na altura em que tirei a fotografia acima, ter recolhido um espécime, ainda a desabrochar da bolota e o ter plantado no meu jardim/quintal. Tenho 63 anos de idade. Já não serei um dos usufrutuários das suas belas folhas e da sombra acolhedora das tardes escaldantes de Verão! Mas pode ser que outras gerações venham a tirar partido dessa árvore. Se resistir às alterações climatéricas cada vez mais visíveis à medida que o Homem se vai auto-destruindo conjuntamente com a barbárie que vem cometendo contra a Natureza!...


Esta perspectiva retrata o que é hoje o Largo Cónego Maia (*), em pleno Centro de Leiria. Repare-se nos choupos. Ao lado estão alguns acers.
Saibam os leitores (alguns hão-de lembrar-se da polémica que se gerou aquando da requalificação deste Largo de Leiria.)  que  estava previsto o abate puro e simples destes dois choupos, que seriam substituídos por acers.
Após muita discussão e pressão sobre a Câmara Municipal de Leiria, com ameaças de habitantes que se oporiam fisicamente ao abate daquelas árvores, lá se conseguiu que aqueles dois populus nigra fossem poupados à barbárie cega dos projectistas urbanistas do moderno, mesmo à custa da preservação da história e do património duma cidade tão antiga como Leiria. 
Valeu a pena lutar pelo ambiente e preservação do património público, não acham?


Ampliando-se esta imagem-texto, pode ficar-se com uma ideia do seu conteúdo, como excerto duma peça de teatro alusiva ao tema dos Parques de lazer e das árvores citadinas. O que vem mesmo a propósito do Dia que estamos a comemorar hoje:  
O Dia Mundial do Teatro.

Trata-se de "Árvores, Verdes Árvores", uma peça de teatro e uma fábula de intenções evidentes. Destinada ao palco a à leitura, escrita para crianças e para adultos, o "recado" que ela contém a todos nós diz respeito, seres da Natureza que somos, quer árvores quer homens, persistentes aliados na defesa urgente de um espaço natural, onde o respirar não seja um direito de difícil conquista.Aqui as árvores falam e quem lhes deu voz, o dramaturgo Jaime Salazar Sampaio (também engenheiro silvicultor), aliou-as a muitas outras vozes, algumas bem identificáveis ao longo da intriga, mas que serão no somatório, as de todos os leitores/espectadores desta peça de flagrante actualidade.
- Personagens: Engenheiro, Construtor Civil, Bombeiro, Mulher-à_procura-de-uma-folha-de-louro, Ele e Ela (casal de certa idade), Génio da Floresta, Dois corredores, 1ª Árvore (Olaia), 2ª Árvore (Loureiro), 3ª Árvore (Faia).
Plátano editora, SARL - 1980 (A sua actualidade é cada vez mais evidente).

Uma actuação firme e urgente de todos nós, impõe-se, no sentido da protecção das Árvores, dos Largos, dos Parques das cidades e de espaços verdes com dimensões adequadas.
Há que pugnar pelo equilíbrio indispensável para retomarmos alguma alegria de viver no interior dos espaços urbanos. Que não sejam só para dormir...ou para grandes superfícies comerciais ou urbanísticas descaracterizadoras da matriz de cada uma das nossas cidades...
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(*) Observe-se como era este Largo em Julho de 2008. 
http://dentrodetioleiria.blogspot.com/2009/07/centro-de-leiria-em-29-2-2008.html
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2008/05/23

Rua Ramalho Ortigão - Leiria (Um desrespeito à memória dum grande escritor)

=nota prévia: foi actualizado "diário do meu jardim".
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Eça de Queirós
De Julho a Setembro de 1870, em colaboração com Ramalho Ortigão, escreve o "Mistério da Estrada de Sintra", que publica em folhetins no "Diário de Noticias".”
1870: É nomeado Administrador do Distrito(*) de Leiria. Com Ramalho Ortigão, escreve O "Mistério da Estrada de Sintra". Presta provas para cônsul de 1ª classe, ficando em primeiro lugar.
Este trabalho em conjunto foi feito em Leiria, no período em que Eça de Queirós aqui ocupou o cargo de Administrador do Concelho.
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Por vezes, ao fazer o percurso diário obrigatório, dos Lourais para Leiria (Largo da Sé), em vez de seguir o habitual itinerário, que me leva a subir até ao Telheiro e lá vou eu, via Cruz da Areia, Largo da República, entrar na Estrada da Marinha Grande (Rua dos Mártires) cortar à direita no caminho para o Castelo de Leiria, em vez de subir, cortar para a direita e descer até ao Largo da Sé; faço a variante de descer, seguir pela Estrada das Cortes até ao centro de Leiria.
Foi o que me aconteceu hoje.
Na zona da Quinta de Vale de Lobos (na Guimarota) de há muito que lá está uma rua, que acaba por ser um beco sem saída, a não ser que se tenha o privilégio de seguir de jipe, que não é o meu caso, nem para tal estou disposto a endividar-me. Durante muito tempo pensava eu que era a entrada da Quinta ou duma parte da quinta e que até seria um caminho privado. Mas não.
Hoje, lembrei-me de lá dar uma olhadela para observar os carvalhos que existem naquela zona e se por lá havia algum Quercus robur. Espanto meu. À entrada tinha sido colocada uma placa toponímica que diz tratar-se da Rua Ramalho Ortigão. Fiquei logo no ar para telefonar para a Junta de freguesia de Leiria para me darem mais elementos da razão daquele topónimo. Em vão. Que andavam em mudanças e tinham toda a papelada encaixotada. Entretanto, a senhora que me atendeu foi adiantando que julgava que foram os moradores (dois ou três, conforme já pude comprovar) que sugeriram esse nome. Telefonei para a Câmara Municipal. Como era dia de meia-ponte, o Snr. Engº não sei quantos não estava, a senhora da secção de toponímia idem, a das actas da Câmara não podia ajudar. Não queria ser ofensivo nem é essa a minha intenção, mas, que diabo, não seria melhor terem fechado a Câmara fazendo a ponte toda?
Cá me hei-de desenrrascar.
A rua é de terra batida. E há lá o Quercus robur, confirmei. Mesmo na berma em declive sobre a rua de terra batida, cheia de regos das fortes correntes de água que por lá passam quando chove forte.
Aqui deixo a reportagem fotográfica, a complementar este escrito, mesmo em cima do joelho.



Aqui está um Quercus Robur, antigo e com rebentos novos. Também encontrei, mesmo na valeta da rua/rego de água, alguns Robur a nascerem das próprias bolotas. Claro que aproveitei para trazer um e algumas bolotas. Sou capaz de fazer uma pequena maternidade destes carvalhos no próximo Outono.
Depois de dar meia-volta, ao descer de regresso à Estrada das Cortes. Um dia destes volto para falar com algum dos actuais moradores do cimo da Rua/Beco sem saída. Será que Ramalho Ortigão não merecia melhor tratamento?
(*) Eça foi Administrador do Concelho de Leiria, não do Distrito.
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2007/10/09

Leiria Outonal e ancestral


4fev2012: esta zona está toda transformada com as obras gigantescas de construção do IC36, ligação da A1 à A8), acessos na rotunda de Vale de Lobos, vale do lis.

(2) (3)
Não me encontro com entusiasmo para escrever grandes textos. O meu pensamento anda muito disperso e em ebulição.
O Outono, neste hemisfério, o do Norte do Planeta Terra, aí está.
Resumindo, para abreviar... e desanuviar:
Foto 1 - Uma panorâmica Outonal com o prado cheio de malmequeres amarelos;
Foto 2 - Um carvalho antigo (muito antigo de certeza), num caminho, mesmo nas bordas da cidade de Leiria.

4fev2012: acrescentei, que na altura não sabia, aqui já era a Rua Ramalho Ortigão (Leiria, junto à rotunda na EN 356-2, estrada Leiria-Cortes, acesso ao novo IC 36 - viaduto sobre a Quinta de S. Venâncio)
Quercus faginea Lam (Carvalho-cerquinho, muito frequente nesta zona Centro, em montados abertos em que a componente arbórea se associa às componentes pastoril e agrícola, o que sucede em grande parte da área de Vale de Lobos e parte da Qta de S. Venâncio; claro, com tendência ao abandono da sua exploração original).
Há 42 anos que vivo nesta zona e só agora é que me decidi a percorrê-lo! Descobri um carvalhal antigo e outros recantos naturais interessantíssimos para quem usa os olhos para olhar com atenção a Natureza.
Foto 3 - Um dos vários cedros centenários, imediatamente à entrada da Quinta de São Venâncio, mesmo no limite SudEste da cidade, quem vai na direcção das Cortes, Torrinhas, Reguengo do Fétal, Fátima. clicar para aumentar)

Proponho-me, o mais breve que me for possível, apresentar-vos o interior desta Quinta, uma das mais representativas desta zona e com uma história fantástica a revisitar. Também se notam as folhas de plátanos de enormes dimensões, mais uma das árvores abundantes neste sítio, que se estendem numa alameda com cerca de cem metros, desde a entrada principal até ao edifício central.
- Consultar, entretanto, http://arvoresdeleiria.blogspot.com/
e aqui (localização precisa da Qta de S. Venâncio - Leiria) 39.72514º N, 8.79644º W (mais rigor só no GPS)
- Um poema! Sabia bem ler um poema, até ouvi-lo. Fazia-nos bem, de certeza absoluta! : 1) leia-se e veja-se o belo post e poema colocado no AzorianaBlog dos Açores (Terceira), a este propósito.
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