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2010/09/01

LEIRIA DO RIO LIS... Sempre!...

(clic para ampliar)
O Rio Lis tem uma extensão de 39,5 Km, nasce a 5 km da cidade de Leiria, nas Fontes, freguesia das Cortes e desagua na Praia da Vieira. É um rio com um trajecto curto mas tem sido desde tempos imemoriais, fonte de inspiração de poetas e outros escritores e uma referência histórica de assinalável relevo.
Na última década e meia têm corrido outros rios de tinta a reportar cheias, secas, poluição, mortandades de peixes, obras Polis de requalificação das suas margens na zona urbana, entre as quais poderemos destacar o chamado "espelho de água", uma represa automática, que transforma a zona do Marachão, entre a Fonte Quente e a Ponte Hintze Ribeiro, num belíssimo lago, perfeitamente navegável mas completamente abandonado, do ponto de vista de aproveitamento da água para utilização de barcos a remos, incluindo canoagem.

Parece que as pessoas deixaram de ver no rio Lis uma forma de aproveitamento lúdico e até desportivo. Inclusivé, os famosos concursos internacionais de pesca desportiva deixaram de se realizar em Leiria. Um espectáculo digno de referência, como o foi nos anos de 60 a 80, pelo que me lembro dos tempos em que vivo neste recanto encantado de Portugal.

Como se pode ver na foto do meio, o rio Lis é povoado, como sempre terá sido, por uma fauna variada. De realçar a presença de barbos (visível na foto), bogas, ruivacos e enguias (em tempos idos, peixe que se comercializava, perfeitamente comestível e de sabor muito agradável). Com o tempo foram introduzidos, o pimpão e a carpa, mas, pelo que me é dado observar, subsistem basicamente, muito a custo nos verões secos, a boga, o ruivaco e o barbo.

A verdade é que este curso de água está sujeito, cada vez mais, a forte pressão da população em geral e os seus péssimos hábitos em termos de protecção do ambiente, da Câmara Municipal de Leiria, pela sua dificuldade em conseguir coordenar uma gestão sustentada deste recurso natural, nomeadamente no que respeita às possíveis formas de actuação prática com vista ao combate à crescente poluição do rio que terá sido o principal estímulo à fixação dos primeiros habitantes de toda esta região de Leiria.
Politicamente, quem tem gerido o concelho de Leiria, tem sido, desde 0 25 de Abril de 1974, o PSD e o PS (no presente mandato). Sem esquecer que o mesmo Presidente da Câmara, Engº Lemos Proença, também esteve à frente da Câmara, ora pelo PSD ora pelo CDS.
De modo que temos que, nos últimos tempos, quem se tem mostrado mais aguerrido na denúncia da situação calamitosa a que o rio Lis e seus afluentes têm sido votados pelos vários agentes poluidores, tem sido, sem dúvida, o BE.
É assim que, um tanto contraditoriamente, talvez, alguém, em nome desta formação política partidária, usou e abusou do direito à livre expressão dos seus pensamentos e acção política, a arma do spray de tinta vermelha em cima do branco imaculado de zonas públicas. Chama-se a atenção para um determinado problema, não há que duvidar, mas exagera-se nas armas utilizadas.
Combate-se a poluição do rio com uma outra forma de contribuir para o mesmo tipo de poluição, ainda que, aparentemente, só visual.

Já agora, o que é que o BE preconiza para se "limpar" o Rio Lis, duma forma permanente e drástica?

Já li(*) e ouvi umas quantas dicas, algumas perfeitamente pertinentes, mas parece que não há grande vontade política para as pôr em prática!..

Vamos continuar a adiar sine die a resolução deste grave problema ambiental e de saúde pública, apesar de tudo uma gota de água no Oceano?
Só que não nos podemos esquecer que o Oceano também só é o Oceano, porque uma infinidade de gotas se juntaram para o formar. E conseguiram este efeito espantoso que é termos a Terra coberta por Oceanos em praticamente 75% da sua superfície!...
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(*) Leia-se o Jornal de Leiria, o "Público" e o site do BE (aqui)

2010/01/05

Um dia invulgar...para mim


O 5º dia da minha reforma (parcial) por velhice. Levantei-me cedo. O dia estava a preparar-se para prosseguir a sua caminhada invernosa destes dois últimos meses. No entanto, algures, o horizonte sobre a Serra da Sra. do Monte, Cortes - Leiria, apresentava-se com uma aberta luminosa, qual lenço diáfano sobre as nossas cabeças...Bom Dia, saudei eu!...


Passámos - eu, a Zaida, o Soares Duarte e a Luísa, sob a orientação do Padre Elísio e sua equipa técnica - a manhã, em Fátima, nas instalações dos Missionários da Consolata, a colaborar na catalogação no acervo de fotografias daquela instituição, particularmente ligado às vivências dos missionários daquela congregação religiosa. Estou encantado com a oportunidade que me está a ser proporcionada de aprender a lidar com a fotografia, sob um prisma interessantíssimo, que é o da organização duma base de dados multi-facetada e multi-disciplinar, com base nas milhares de fotos tiradas, desde o princípio do século passado, por muitos missionários em acção no terreno e em muitas colecções particulares oferecidas para este efeito.



Da parte da tarde reparti o meu tempo pelo trabalho (sim, que não vou encostar-me à sombra da bananeirazita com que o Estado diz que vai ser o meu Eldorado ao fim de 40 e tal anos de descontos para a Segurança Social) e por uma nova ida a Fátima para ir buscar os meus netos, filhos da Inês, a Mafalda e o Guilherme, que lá estudam no Colégio de S. Miguel. É que a Inês anda com a mãe a tratar dum problema de saúde que pode não se compadecer com delongas...


De permeio, a PSP aplicou-me duas multas por estacionamento indevido (em zonas onde à noite se pode estacionar completamente à vontade para se ir beber uns copos para os Bares que inundam a Zona Histórica de Leiria).
Aliás, a PSP de Leiria parece ter começado o ano muito activa a aplicar multas de trânsito a torto e a direito. Assim fosse tão pronta quando é chamada para responder a apelos para pôr cobro a situações de perturbação na via pública à noite como resultado dos exageros constantes de alguns frequentadores de Bares. Ruídos impeditivos de os cidadãos mais pacatos  (a maioria idosos) poderem dormir sossegados, por exemplo. E que patrulhasse com mais assiduidade e visibilidade as áreas da sua jurisdição para dissuadir os larápios (quantas vezes armados... até de marreta na mão, a partir montras e vidros de automóveis).

Amanhã, logo pela manhã, conto ir pedir uma informação sobre como é que se concebe que se multe duas vezes seguidas, intervaladas por pouco mais de duas horas, um pacato cidadão, que anda a fazer pela vida, que tem que contar com alguma compreensão da Polícia de trânsito na cidade, para poder trabalhar a cumprir horários rígidos, tipo para-arranca (no intervalo, vai multa). Tanto mais que até nem está a causar problemas de trânsito, apesar de ter contra si uma alínea qualquer do Código da Estrada.


Também tive que ir à Loja da PT, calhou-me o nº 371. Ia no 124. Esperei o suficiente para perceber que a média de atendimento era inferior a 10 pessoas por hora. Andei ali pelas redondezas a controlar o andar da carruagem. Horas depois, ia no 344. Vim até à porta, mesmo assim a olhar pelos vidros, a acompanhar a evolução dos números das fichas em que seguia o atendimento. Num ápice, dei com os olhos no nº 376. Inesperadamente, a numeração deu um pulo de gigante que me apanhou desprevenido, nem ouvi as chamadas, que, aliás, quando se aproxima a fora de saída do trabalho é muito mais acelerada. Nem dá para uma pessoa ouvir a tempo. Dirijo-me rapidamente ao guichet e peço ao senhor que lá estava que me atendesse logo que despachasse a sra. que me passou à frente. Que não, que havia a tolerância máxima de 3 números. Que só se as outras pessoas que estavam na bicha não se incomodassem é que podia fazer o "especial" obséquio de me atender. Logo a voz duma sra. se levantou a manifestar-se contra, retorqui-lhe com a maior delicadeza. Que não, que eu tivesse esperado, que ela já ali estava há mais de meia-hora, bla bla bla. Só faltou implorar, por Amor de Deus, que me deixasssem ser atendido, tanto tempo que já tinha passado desde que tirei a ficha. O snr. do balcão: que há mais tempo estava ele a trabalhar. O serviço dele, obviamente, que deverá trabalhar - e cara alegre - como qualquer cidadão, vulgar, 8 horas por dia -voltei a retorquir. Confesso que com esta troca de galhardetes, exaltei-me um bocadinho.
Resumindo, nada feito, por hoje... 
Gente simpática e nada egoísta, sem dúvida!...


Para fechar o dia fora de casa, em beleza: desentendimento com a condutora ao meu lado direito, numa rotunda. Essa condutora, entrou na rotunda ao mesmo tempo que eu. Colocou-se ao meu lado direito, ainda que - reparei -não fizesse qualquer tenção de mudar de direcção logo a seguir, na primeira saída da rotunda, como manda o Código da Estrada e Normas Reguladoras conexas. Começo a fazer pisca para a direita, que eu queria sair da rotunda, na terceira saída. Essa "condutora de trazer por casa" acelerou e encostou-se ainda mais ao meu carro. Saiu da rotunda na mesma saída em que eu pretendia fazê-lo. E apitou ferozmente, olhando na minha direcção com olhar de poucos amigos. Tive que fazer uma manobra de emergência para me afastar daquela "ás" do volante. Mais à frente, paramos a um sinal vermelho. Faço tenções de sair do carro. A Zaida pede-me para não arranjar mais sarilhos. Só queria ir dizer-lhe para estudar o que mandam as regras para se conduzir numa rotunda, ainda por cima com 3 faixas de rodagem e grande, talvez a maior de Leiria. Pressinto-a atrapalhada a trancar as portas do carro. É claro que não lhe ia fazer mal nenhum. Mas era bom que se tivesse apercebido da manobra indevida que fez e da apitadela despropositada que me dirigiu.


Bom. esperemos que as chatices do dia fiquem por aqui...


E com isto já me esquecia de me referir à segunda foto. A das duas árvores relativamente grandes. São dois choupos.
Para os que têm acompanhado as peripécias e outros percursos deste "dispersamente": lembram-se daquela história da reconversão do Largo Cónego Maia (o da foto), em Leiria? A ideia original era abater estes dois choupos, referências da zona histórica de Leiria, em bom estado sanitário. Pois. Depois de muita contestação popular (ou terei sido só eu e, mais tarde, o BE que se colou ao movimento, que já andava nos jornais e estávamos em campanha pré-eleitoral para as Autarquias) lá se conseguiu que reformulassem o projecto e deixassem as árvores em pé!
Até quando? Já ouvi uns zunzuns, que aqueles choupos estão doentes e carcomidos pelo tempo. Mentira, digo eu e dizem os (alguns, que a maior parte até nem se ralam muito com as árvores) habitantes de Leiria. Pelo menos os que já convivem com aquelas árvores há décadas.
Lá plantaram os tais aceres que vinham no projecto, mas deixaram os choupos. Já não é mau de todo.
Digamos que o Largo até nem ficou desengraçado de todo. Pudera, tendo em conta a javardice em que o tinham transformado nos últimos anos!


Bem. E fico-me por aqui. Desculpem lá esta crónica zangada!...


Prometo acalmar-me.
Até para ver se ainda consigo gozar algum tempo da minha reforma!?...
Posted by Picasa

2007/01/17

REFERENDO: SIM ou NÃO

.(algumas correcções de texto em 21/1/2007) .

. " É já no próximo dia 11 de Fevereiro!
. " 1,5 milhões de Euros a gastar pelos
. partidos!

...

.

Dois aspectos quero aqui deixar à consideração dos leitores deste "dispersamente":
1- A foto acima evidencia que o Sim defendido pelo BE tem um espaço de privilégio para a sua propaganda. Em Leiria, na Praça do Município. Nem compreendo como é que se permite colocar outdoors numa praça pública com as tipicidades desta. Se todos os partidos e movimentos utilizassem este ou outros locais públicos similares e de passagem dentro da cidade, perdia-se toda a estética urbanística cuja defesa tanto se proclama. A Praça é para fruir calmamente pela população, sem contrastes estético/visuais e placards desproporcionados àquele local.

Demais, aquele "placard" já ali está a destoar há muito tempo. Não é só de agora.

2- Ao mesmo tempo, política partidária e de defesa duma das opções do próximo Referendo à Despenalização da IVG, vulgo "Aborto", não devem nem podem ser confundidas, sob pena de estarmos a partidarizar uma questão de interesse fulcral para toda a sociedade. É indecente, para não dizer, imoral, ética e politicamente falando, utilizar-se esta oportunidade para se levantarem questões de promoção partidária. Aliás os partidos políticos com assento na Assembleia até deviam, enquanto estruturas de grupo representativas duma determinada corrente política, a viverem com dinheiro do erário público, abster-se de campanhas político/partidárias.

O que está em referendo poderia ter sido resolvido no Parlamento. A partir do momento em que aqueles partidos endossaram a solução do problema social que está em questão, directamente para o Povo, deveria ser este, através de movimentos Independentes exclusivamente, a organizar-se e a movimentar-se no sentido de possíveis e desejáveis campanhas de esclarecimento.

Assim sendo há que dar a Voz ao Povo duma forma directa e independente dos partidos parlamentares.

NB.: AVISO à NAVEGAÇÃO: (actualização em 19/1/2007)

Nada me move contra o Bloco de Esquerda, nem contra nenhum dos outros partidos com assento na Assembleia da República. Posso dizer que até simpatizo com algumas das ideias bloquistas e que fui militante político no Partido Socialista durante mais de 20 anos. Actualmente considero-me na situação de ex-militante, tendencialmente independente dos vários partidos organizados. Sinto-me ligado a uma corrente idiológica que se pode definir na área da social-democracia: PS ou PSD? Daí a minha assunção como "independente". É assim que me sinto bem. A dizer de minha justiça sem ter de prestar contas às estruturas partidárias, quantas vezes comandadas por déspotas e autoritários ou a aspirantes a esses estatutos.