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2012/06/06

Lembranças de Florbela Espanca





                                 Lembrança

Fui Essa que nas ruas esmolou
E fui a que habitou Paços Reais;
No mármore de curvas ogivais
Fui Essa que as mãos pálidas pousou …

E tanto poeta em versos me cantou !
Fiei o linho à porta dos casais …
Fui descobrir a Índia e nunca mais
Voltei ! fui essa nau que não voltou …

Tenho o perfil moreno, lusitano,
E os olhos verdes, cor de verde Oceano,
Sereia que nasceu de navegantes …

Tudo em cinzentas brumas se dilui …
Ah ! quem me dera ser «Essas» que eu fui,
«As» que me lembro de ter sido … dantes ! …

Florbela Espanca

nota:
Estas ruas e travessas estão localizadas num espaço de poucas dezenas de metros. Alguém, naquela zona, apreciava ao extremo a poesia desta grande poetisa portuguesa!...
@as-nunes

2011/10/03

Está tudo em Ordem?!...






Hoje ao anoitecer, no Vale do Sirol,
de facto parecia que tudo estava em ordem:
A Lua lá estava no seu Quarto Crescente da ordem;
o Sol estava a desaparecer no horizonte para Ocidente, como manda a ordem cósmica;
os choupos (ainda que carecas, como é da ordem, nesta altura do ano) estavam alinhados entre si e em ângulo recto da ordem com os fios eléctricos;
o muro de limite duma habitação estava alinhadinho e bem ordenado ao longo da rua da Ordem.


No entanto, a placa toponímica da rua da Ordem, 
obedecendo, talvez,
à ordem dos caracóis,
desfocava o campo, florido, no plano seguinte.


A Rua da Ordem estava, aparentemente, em Ordem...
Mas... e aquele prado em flor!?...
Oposição à Ordem?!...


Será que para haver Ordem
a Natureza terá de recorrer à Desordem?


Motivos para
interrogações e exclamações
não nos faltam.


Desgraçadamente!...


@as-nunes


Posted by Picasa

2011/04/12

O FMI e as nossas Estevas

(vale a pena ampliar)
Na Rua do Barreiro, Pousos, descendo à Rua da Lapa, logo a seguir a Ribeira do Sirol, ao lado a variante Olhalvas, Pousos/A1
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O FMI anda por aí 


As estevas estão aqui, 
à nossa beirinha, 
como sempre, 
todos os anos. 


Prazerosas, 
vistosas; 
são nossas, 
estão viçosas. 


Assim estivessem as nossas Finanças!...


@as-nunes

2011/02/27

Pousos - Alfarrobeira

Uma alfarrobeira, árvore que ilustra o nome do "Largo da Alfarrobeira" no lugar de Pousos, em Leiria.
Pormenor das folhas da alfarrobeira

Rua da Igreja Matriz de Pousos - Leiria

Posted by Picasa

2011/02/24

Rua da Lapa - Pousos - Leiria: As giestas brancas aí de novo



Ao descer esta rua, vindo da zona da Igreja Matriz dos Pousos, em direcção ao Vale do Sirol, a Ribeira revolta com muita água.
Seguindo, rua abaixo, vai-se paralelamente à variante do Hospital de Sto. André para o nó rodoviário, que brevemente receberá o IC36, que vem do Alto Vieiro, para ligar a A8 à A1. Nessa rua, ainda vemos nas bermas, giestas, tojos, os restos de pinhais, sobreiros, choupos, até uma cerca com porcos pretos criados ao ar livre. Do outro lado, a   Auto-Estrada (a variante) que se vê na foto. 
Tanto alcatrão! Tanto kilómetro de automóvel a devorar!... 
Quem irá usar no futuro tanta Auto-Estrada? que, imagino, vai ser paga km a km, litro após litro de combustível, o petróleo a preços incomportáveis!... 
Já me sinto perdido a fazer contas e mais contas à vida!...
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GIESTAS


Recordo o tempo da giesta em flor
A dar uma outra cor à nossa estrada;
Caminhos que seguíamos, de amor
Ele a florir também, na alvorada.


O branco e amarelo, o bicolor
Mostravam cada encosta matizada;
O brilho à luz do sol, no seu esplendor!
De mim saía um poema, uma balada...


Depois, as auto-estradas do progresso.
Às vezes vou nas outras, que não esqueço,
Embora fique aquém das horas lestas;


É nelas que à minha alma sempre assoma
Lembrança de algum beijo... no aroma
Que vinha então selá-lo, das giestas.



  autor não identificado ver link
(Copyright ©as-nunes)Posted by Picasa