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2011/12/19

Sentido obrigatório


Estamos quase a entrar no Inverno de calendário. Margem esquerda do rio Lis, em Leiria, na zona do Arrabalde, junto à Piscina Municipal.
Não resisti a tirar esta foto, por um lado, para mostrar o aprazível circuito de manutenção dos cidadãos, construído ao abrigo do programa Polis (há 6 anos, mais ou menos), por outro, pela curiosidade de ter apanhado em flagrante delito um ciclista.
É que os sinais indicam que devia virar à esquerda, mas o senhor seguiu em frente, pela mesma via dos peões. Diga-se, em abono da verdade, que nem sei mesmo se algum dos ciclistas que por ali passeiam, reparará sequer naquele sinal de advertência/trânsito.

O que é que acham? Se um polícia, daqueles que andam de caderninho na mão, todos pressurosos, a fiscalizar veículo a veículo, os automóveis com tickets fora de tempo ou mesmo sem eles nos variadíssimos locais de estacionamento, pagos ao cronómetro, na cidade, observassem esta manobra, multavam o ciclista?

Não me parece, o alvo está bem definido. O automobilista é uma das principais fontes de receita para o Orçamento da Câmara e do Estado em geral. 
@asnunes

2011/02/23

Leiria: Requalificação e Dívida Externa

Estes desiquilíbrios - repare-se (clic) também no poste ao lado da "Zara", antigo "Paço Episcopal" substancialmente fora da vertical do lugar - não abonam nada ao nosso próprio equilíbrio emocional.
No Jardim Luís de Camões...
Leiria tem sido, na última década e meia, alvo de muitas e variadas obras de requalificação de espaços públicos.
Nalguns casos, desnecessários e despropositados. 
Opiniões, claro está.
Por exemplo, os bancos de jardim que estão espalhados pela zona do Largo 5 de Outubro de 1910 e do Jardim Luís de Camões, foram importados dos "States". Por acaso, ainda se lembram de como eram bonitos e mais apropriados às características do Centro Histórico de Leiria, os bancos de madeira que lá existiam, muito mais confortáveis e anatómicos? Dava gosto descansar um bocadinho e entabular uma conversa (também se namorava bem...) nesses bancos,
- ainda se podem observar alguns, talvez para ficarem para memória futura, no quadrado central do Jardim, ainda que pintados de cor de laranja (a que propósito?!)
Haveria necessidade?
Tanta empresa de serralharia civil (e até mecânica) (*) que tínhamos e ainda temos em Portugal!...

Depois, contas feitas, a «Balança de Pagamentos» com o exterior é o que se vê! Está a assumir proporções deficitárias tão ou mais graves como a própria «Dívida soberana»?
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(*) Ora aqui está uma questão prosaica mas que é correcto distinguir:
- Serralharia CivilConstrução e reparação de Portões, Grades e Coberturas de metal;
- Serralharia MecânicaConstrução e reparação de Máquinas.



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2011/02/01

LEIRIA: Durante quanto tempo mais?


(clic para ampliar. Pode ser que consiga ler...)
Reconheço que às vezes sou insistente. Talvez persistente, digo eu. Não pretendo molestar, desnecessariamente, ninguém. Nenhuma entidade em particular.
Só gostava que alguém me explicasse, em concreto. Porquê manter, tanto tempo, este painel (pretensamente) informativo, neste local estratégico? Já aqui se encontra, plantado, hirto, nostálgico da propaganda que contém mas que está desactualidíssima, desde 2004 (já nem tenho bem a certeza, mas posso confirmar, é uma questão de ir consultar o meu arquivo fotográfico).
Ora repare-se lá na poluição visual que não constitui a manutenção daquele painel naquele sítio, precisamente?
Eu gostava era de poder apreciar, mesmo em pleno Inverno, o Jardim Luís de Camões, em Leiria. Que é para isso que ele foi concebido e devia ser mantido!...
(Copyright © António S. Nunes) Posted by Picasa

2010/08/27

Em Leiria, um painel impertinente

O cair dum dia de Verão, na cidade de Leiria. Jardim Luís de Camões.
Por quanto tempo mais teremos que suportar este painel?...

Nos anos 60 fui professor na então "Escola Industrial e Comercial de Leiria", actual Escola Secundária Domigos Sequeira...
(...)
Os meus 20 anos à descoberta da vida...
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Foi ao leccionar "Técnica de Vendas e sua Publicidade" que me apercebi, em bom rigor, da diferença substancial entre as palavras propaganda e publicidade. Ou seja, no caso agora apresentado, estaremos a falar de propaganda (digamos mesmo, de propaganda política), de apelo à fixação da ideia de que termos entrado na Comunidade Europeia, foi o melhor que nos podia ter acontecido. Recebíamos Fundos Comunitários a rodos, só havia que os gastar. Digamos que em relação à aplicação que foi feita com o Programa Polis em Leiria, até podemos dizer que se conseguiu requalificar as margens do rio Lis, no trajecto citadino. 
De qualquer modo parece que fica óbvio que, nas circunstâncias de aplicação destes fundos, muito mais poderia ter sido feito por esse país fora, em prol da adaptação das nossas estruturas básicas à necessidade imperiosa do desenvolvimento económico e social da sociedade portuguesa, tendo em vista o premente interesse na aproximação aos ritmos de desenvolvimento dos restantes países da UE. 
Muito já se argumentou acerca da rentabilidade dos montantes elevadíssimos que foram aplicados em Portugal, ao abrigo dos protocolos estabelecidos com a Comissão Europeia. Muito mais haveria a escalpelizar.
No caso presente, aparentemente banal e simples de solucionar, parece-me estar só em causa o interesse político de se fazer alarde de que esses fundos foram aplicados e bem em favor das populações.
Nem que, para isso, se perpetue a "bodega" dum painel de enormes dimensões, azul como a bandeira da União Europeia, com muitas palavras que ninguém lê, mas que tapam a visibilidade dum Jardim tão necessário ao nosso equilíbrio emocional!


Vem isto a propósito (?!) do painel que se pode observar na segunda fotografia, tirada há dias, no Jardim Luís de Camões, em Leiria. Ando, seguramente há 5 anos, talvez mais, a criticar aquele painel de propaganda das Obras do Polis Leiria, colocado naquele local, a conspurcar a paisagem urbana da zona mais central e ajardinada desta cidade.
Não entendo as razões que poderão justificar a manutenção daquele painel, naquele sítio, durante tantos anos!...

Será que sou eu que sou demasiado crítico? Será que é imperioso ali estar aquele painel? Será que está ali a servir de pára-vento?!...



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2007/11/02

Ao Finar do Dia de todos os Santos

Leiria, ao findar o dia, depois de duas horas de passeio de bicicleta ao longo de alguns dos percursos Polis na cidade do Lis.
Resumindo a crónica deste passeio, um tanto a contra-relógio, que os dias ficaram mais pequenos, desde que nos obrigaram a atrasar os ponteiros do relógio...
O grupo está formado e é constituído por 3 gerações. Três elementos, um da 1ª geração e dois da 3ª, vão de bicicleta. O 2º grupo vai dar apoio de carro, depois de ir fazer mais umas compras de última hora. Estamos a meio da tarde. Iniciamos o passeio desde o Largo da Sé. Atravessamos todo o Largo do Papa Paulo VI, subimos para o Marachão, viramos à esquerda e, logo a seguir, cortamos à direita pela ponte em ondas. Seguimos pelo Parque e retomamos o percurso ciclo/pedonal Polis ao longo do Lis, no jardim de Sto Agostinho. Esta zona é muito bonita. Atravessamos a 1ª ponte, junto ao antigo Convento, passamos entre o quartel dos Bombeiros Municipais e as quedas de água por trás do antigo Moinho do Papel ( a sua requalificação está a ficar com bom aspecto) e de milho também. Lá seguimos pela margem direita do Lis, atravessámos na passadeira junto à Ponte dos Caniços, atravessámos novamente o rio para a outra margem e lá seguimos reentrando junto à Quinta da Fábrica (ali perto está a Rua Miguel Torga, de quem vos vou voltar a falar em próximo post). Lá vamos nós, em direcção a Sul, pela margem esquerda do rio, começamos a trocar impressões sobre a necessidade de se lanchar, só mais um bocadinho, vamos lá a dar uma volta pelo skate parque. Lá chegados, constatou-se que a actividade era muita, que a rapaziada que lá andava, de bicicleta e skate, parecia ser pessoal já experimentado naquelas andanças. A minha sugestão, um bocado a contragosto do G. lá prosseguimos e aproveitámos para ir ao lanche. Com estas andanças todas, esqueci-me de levar o telemóvel, de modo que comecei a ficar preocupado que o grupo de apoio não nos encontrasse, o que acabou por acontecer.
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De regresso, fizémos o percurso inverso, só que, desta vez, parámos no "Parque dos Índios" para a M. e o G. brincarem um bocadinho. Que não podia ser muito tempo, o máximo 5 minutos, dizia eu. Lá me convenceram a ficar por lá mais de 10 minutos. É que o passeio começava a ser mais demorado do que o previsto e já estava a ficar preocupado como o grupo de apoio, que, por sua vez, não conseguiam dar connosco.
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Chegados à zona do Moinho de Papel(1) e das quedas de água dos Caniços, a M. e o G. lá me convenceram, mais uma vez, a parar para melhor observarmos aquela zona do rio. É realmente acolhedora, e a lembrar-nos, os vários poetas bucólicos e românticos que nos séculos XIX e XX incansavelmente cantavam as belezas do Lis, o sussurro das suas correntes, o ranger melancólico das suas noras, os fartos salgueirais, amieiros, choupos e outras espécies botânicas e até a rica fauna de bogas, barbos e enguias. E vêm logo à memória: Afonso Lopes Vieira(*), Acácio de Paiva(*) (que muito me toca em particular), José Marques da Cruz, António da Costa Pereira e outros... (*)
Tirámos fotografias (não há que admirar, que eu, como bem sabeis, ando sempre de máquina à mão, para o que der e vier).
Muito a custo lá convenci os meus jovens companheiros a prosseguir viagem. Atravessámos novamente o Lis para o lado do Jardim de Sto. Agostinho. Aqui démos uns giros e a M. e o G. aproveitaram para fazer o cavalinho com as bicicletas. Claro que o G. é que é o campeão nestas actividades desportivas, para que é um, digamos, super-dotado.
Acabámos o passeio no Parque da cidade, ali junto ao Bairro dos Anjos, onde aproveitaram ao máximo, em brincadeiras próprias para a idade, cujos equipamentos lá estão instalados e a funcionar em pleno. A luz do dia estava a ficar cada vez mais crepuscular e tive que me impor para nos irmos embora. Só nessa altura, o Grupo de Apoio conseguir dar connosco.
Bom, como é fácil de antever, lá levei um responso de todo o tamanho.
Então não se leva o telemóvel?!...
Acabámos cansados (falo por mim, claro, que a M. e o G. não mostravam sinais de fadiga). No entanto, parece que dormiram essa noite que nem uns passarinhos, depois de um dia a porfiar...

(*) Poetas já referidos neste blogue

(1) No séc. XV a moagem de cereais era uma das tradições de trabalho e de riqueza na região. Dos Caniços ao Arrabalde podiam contar-se sete moinhos, para além do pisão do papel, pertencendo uns aos Mosteiros de Alcobaça e de Santa Cruz de Coimbra e outros, ainda, a abastados proprietários que os podiam, ou não, alugar a rendeiros. Em 1411, D. João I permitiu, por Carta Régia, a Gonçalo Lourenço de Gomilde, homem da Corte, que"...em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria...junto à ponte dos caniços..."instalasse"...engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água...contando que não sejam moinhos de pão...". (in "Roteiro Cultural de Leiria "Do Moinho do Papel à Tipografia Judaica" - ed. "Região de Turismo Leiria/Fátima").

Até há bem pouco tempo o edifício principal do moinho mantinha a traça arquitectónica original e teimava em laborar, precisamente, na arte de fazer farinha. Ainda é vivo e activo noutra profissão o último moleiro daquele moinho.

2007/09/09

Jardim Luís de Camões (ante-polis)


Aproxima-se o Outono... Estas fotografias já são uma imensa saudade do que era o Jardim Luís de Camões em Leiria, há poucos anos atrás (Novembro 2001/2) Saudosismo? Conservadorismo? Talvez! Manteve-se, e muito bem, o nome!
Porquê mudar os bancos, por exemplo? Já viram o inestético e nada harmonioso design dos que vieram substituir estes?

Que é das tílias esplendorosas, monumentais, cheias de vida, que se vêm nesta fotografia (Maio 2005)? Foi a chuva? Foi o vento? Não, não foi a chuva nem foi o vento. Foi a incompetência e imprevidência à rédea solta! Que me desculpem, mas sempre que vejo estas fotos e comparo o Jardim de então com a aridez actual, sinto uma grande comoção dentro de mim! Que querem? Sou um Viseense tão Leiriense como os que o são (ou mais).

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2007/02/07

Futurismo incompatível com preservação da Memória passada?

A requalificação da zona do Rio Lis, em Leiria, entre S. Somão e o Arrabalde da Ponte (d´Aquém e d´Além, segundo a toponímia tradicional) passando pelo Jardim da memória da cidade, o de "Luís de Camões", está em fase de acabamento. Parece que se vai proceder, já em Março próximo, à inauguração destas obras, com a presença do nosso Presidente da República. São de grande envergadura, sem dúvida! E assumem maior realce ainda, num tempo de vacas magras como o que vivemos. Diz-se e sente-se, pelo menos alguns de nós.
É justo, entretanto, referir-se que este projecto já está em curso há anos, estando devidamente orçamentado desde então. Trata-se dum projecto no âmbito do Programa Polis "Viver Leiria". Mas como, de permeio, se meteu o Euro2004, as obras só agora (iniciaram-se em princípios de 2005) é que avançaram.
Não sei se a situação que aqui fica retratada terá sido tão notada como isso. Os Leirienses não me parecem ser lá muito bairristas, mas a mim, que sou Viseense de nascimento e tão Leiriense como os que o são, não me passou despercebidamente. E chocou-me, tenho que o dizer.
Esta foto foi tirada em 18/9/2006 do interior do dito jardim de Luís de Camões, na direcção do Castelo de Leiria. A árvore(*), de grande porte, que se vê, em parte, no lado direito da foto, foi abatida há dias. Não me chegou ao conhecimento qualquer informação das razões justificativas de tal iniciativa. Estaria velha? Caquética? Carcomida pelo tempo? Ou deu jeito para se poder seguir a rigor o traçado do projectista?
Aliás, também me chocou bastante o abate de dois choupos emblemáticos, de alguma monumentalidade e, certamente, observadores que foram de muita história da cidade de Leiria. Estavam eles localizados no sítio onde hoje ficou implantada uma bifurcação/confusão no Largo do Papa Paulo VI.
Coisas de certas requalificações em que, por oposição, se desqualificam aspectos que já nos/me estão a desestabilizar emocionalmente!
Contradições?! Esta requalificação, em sede de projecto Polis, tem obras de vulto, sem dúvida, dizem uns que muito irão beneficiar o bem-estar de quem vive e de quem visitar Leiria, outros dizem que nem por isso, outros que se sentem ao mesmo tempo expectantes e ansiosos...
Que têm dado nas vistas, lá isso têm! A ver vamos o resultado final!
Notas complementares:


(*) Esta árvore estava identificada no "Atlas das árvores de Leiria" (ed. 1992) do seguinte modo:

(A foto que ilustra o abate desta árvore é da autoria de janu)

Liriodendron tulipifera
Nome Vulgar:
Tulipeiro, árvore-do-ponto
Família:
MAGNOLIACEAE
Género:
Liriodendron
Nome científico:
Liriodendron tulipifera

Observações:
Em Coimbra, os estudantes chamaram-lhe árvore-do-ponto, porque dá flores pela altura dos exames.



- Tenho que o repetir. Se não foi por motivos de morte natural qual a razão justificativa para se proceder a este abate? Ir-me-ão responder, porventura, que terá sido por necessidades imperiosas do programa polis. Mesmo que assim seja, algo terá sido muito mal ponderado. Não posso conceber que se abata uma árvore destas somente porque o projecto nem sequer teve em consideração a sua existência e o natural interesse ornamental e sentimental para as pessoas que vivem em Leiria, quantas, há décadas, habituadas à sua silhueta e beleza.



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2006/11/12

LEIRIA - História de uma estátua



O Rossio (será esta a toponímia que vai ser adoptada para se designar a zona entre a fonte luminosa e o ex-Paço do Bispo) em Leiria tem andado num grande reboliço já há quase um ano (quer dizer, a presente fase, Jardim Luís de Camões e toda a área envolvente. Há vários anos que o centro de Leiria anda em obras de requalificação, com os comercientes do Centro Histórico à beira de um ataque de nervos, dada a quebra brutal do movimento dos seus estabelecimentos).
A estátua ao Papa Paulo VI foi apeada e vai ser recolocada no pedestal que se vê no lado esquerdo da foto. Naqele preciso momento, na Sexta-Feira passada, procedia-se a retoques de restauro e conservação. Vêm-se em plena produção duas técnicas especialistas do Departamento de Conservação e Restauro da Fauldade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Muito sumariamente passo a narrar a história daquela estátua:

O Papa Paulo VI estava a entrar no centro da cidade de Leiria, vindo da Base Aérea de Monte Real, em 13 de Maio de 1967, a caminho do Santuário de Fátima, para participar nas cerimónias religiosas que solenizaram o cinquentenário das Aparições da Virgem Maria. Era a primeira vez que uma Nação Europeia recebia a visita do Chefe temporal da Igreja Católica.

(Foto de Março de 1969: o próprio asn em frente à estátua...)
A Câmara Municipal de Leiria resolveu erigir um monumento a PAULO VI, para que os vindouros pudessem recordar a sua passagem por Leiria, em peregrinação a Fátima.
O Escultor encarregado desta obra foi o leiriense João Charters de Almeida e Silva, professor da então Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Foi inaugurada em 8 de Dezembro de 1968.
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As fotos a preto e branco foram tiradas com uma Kodak - Retina S1