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2015/04/09

Rosas de Abril


Fotografada duma janela de minha casa com um distância focal 450 mm.

-

Chove, não chove
tempo sombrio ventoso
olho pela janela do escritório
pingos de chuva na vidraça
rosas brancas eternas
pequeninas agora
frágeis expressivas
horizonte cinza metalizado
fotografo o momento
foco-me nas rosas...

recolho o olhar
papéis e contas 
alguma ansiedade

Pensamentos entrelaçados
... ou entrecruzados?!

as-nunes

2015/03/02

Soares Duarte - Para sempre


Publicação de António Nunes. (vídeo no Facebook)

Foto de Maria João (membro do GPC da Biblioteca Mun. de Alcanena)

Paulatinamente...
Tal como estaria já gravado
Na pedra grande da Vida
Soares Duarte transmutou-se
Era o seu tempo de ser outras paragens
Arco-irisadas com sons de gaivota

A  sua voz continua presente
Nas ondas multimétricas do éter
Declamando como só ele era capaz
Os versos de outros poetas
Secundarizando modestamente
Os seus próprios

Não, Soares Duarte, não
A tua poesia
Não é uma mera poesia de curtas frases
Também não é longa de mais
Como se fosse uma lengalenga

A tua Poesia, Soares Duarte
És tu
Poeta, Jornalista, escritor, amante, pai, avô, amigo
A tua voz lançada aos quatro ventos
O seu eco a perdurar eternamente
Desde cada um de nós...
Até ao mais infinito do Cosmos!...

Para Sempre! ...

Leiria, 28 de Fevereiro de 2015
as-nunes

vídeo:
-
No decorrer duma sessão do Grupo de Poesia e Cultura da Biblioteca Municipal de Alcanena no dia 28 de Fevereiro de 2015.

Fotos em https://www.facebook.com/media/set/?set=oa.1562311564053812&type=1


2014/09/19

Cortes e vistas panorâmicas em entardecer de lua cheia



2014/09/12

A lua quase em quarto minguante





Vou à janela para melhor te ver
ó lua do meu encantamento
não me canso de te captar 
qual deles o melhor momento

Às tantas, por isso é que me puseram a pagar IMI no dobro do que pagava! ...

2014/08/28

Tempo a destempo!?



2014/08/05

À minha mãe Encarnação no dia do seu 90º aniversário


((Em 1971/2 (na quinta da Fernandinha (Bº Abílio Jerónimo - Viseu) com a Inês, ao colo, e a Isabelita (Hoje Prof. Dra. da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra))

A ti,  minha mãe
(no dia dos teus 90 anos)

No dia 4 de Agosto de 1924
No Casal pela primeira vez
Tu, minha mãe, viste  a luz
Tempos de extrema escassez 

A minha avó Queiriga (Caria)
Esperou até eu regressar
Da guerra de Moçambique 
A Zaida, a Inês,  comigo a voltar

O meu avô, teu pai
Não o cheguei a conhecer
Só me lembro 
De no Porto falecer

Dizes que sou parecido com ele
Dizem que sou parecido contigo
Olho-me na fotografia
A ver se o avô ver consigo 

Só vejo que cada dia que passa
Contigo me sinto mais parecido

Salve, Mãe
antónio

2014/06/25

Largo da Sé de Leiria - uma história para contar


Nestes dias, no Largo da Sé de Leiria. 
Foram muitos anos (1971 a 2012);  aqui casei com a Zaida e passámos a viver e a trabalhar durante este tempo todo, a ocupar o 1º andar do nº 7 da casa "Pharmácia Paiva".
O Centro Histórico de Leiria, no seu fulgor, vários empedrados naquele chão sagrado, por onde caminharam, lutaram e morreram, muçulmanos, cristãos, judeus, onde ainda se sentem os espíritos de mercadores, artesãos, poetas e trovadores ...
D. Afonso Henriques, D. Dinis, Rainha Santa Isabel, Francisco Rodrigues Lobo, Eça de Queiroz, Acácio de Paiva, Afonso Lopes Vieira, Miguel Torga,  são figuras que me ocorrem e que por ali pairam nas memórias que nos legaram ...


Há muitos anos atrás
memória mais recente
anos 70 e oitenta
aqui estavam padreiros*
lar e palco duma das melhores orquestras do mundo
dezenas e dezenas de pequenos pássaros
cantavam inebriadamente
do nascer da aurora ao sol-pôr
ininterruptamente
aqui havia vida para além da noite

a câmara decidiu que estavam velhos
caquéticos
carcomidos pelo tempo

chorámos
em coro com os pássaros
escrevemos nos jornais
reclamámos

Hoje
esta imagem é bela
mas não se fez justiça
mesmo assim

-
* o mesmo que ´acer pseudo-plátanus´
as-nunes14

2014/06/15

À Zaida, com amor



2014/05/03

Mãe ...

      Eu, em 2010 .....................................................         Minha Mãe, em 1945 ?


Mãe

67 anos são passados
o poema da nossa vida
ainda está a ser escrito
e assim continuará

São muitos anos, mãe
Hoje lembrei-me de te escrever
A distância não me deixa
Dar-te um beijo

Mesmo assim sinto
Que estás presente

Só porque me lembro de ti, mãe…

Tónio

2014/03/12

Olhar sobre a Sé de Leiria ...



Olhar sobre a Sé 
de Leiria, 
com saudade
do antigamente de ontem
de hoje
e do que há-de vir
este meu olhar retido
instantâneo
vivo e vazio ao mesmo tempo
documento etéreo
símbolo volátil do
próprio pasmar do tempo ...


-

Tenho andado pelo Facebook mas é aqui que me sinto mais resguardado. Quero eu dizer, continuo a preferir este meu blogue para aqui anotar as minhas ocorrências. Esta aconteceu há uns quinze dias atrás...


2014/01/23

A minha Rua - 21 de Janeiro de 2014









a minha rua
sinto-a hoje
nostálgica
pequenos nadas
a que me afeiçoei
com o tempo
com a idade
com os anos
que vão passando...

E eu devagar
hoje com paz
divagando ...


António Nunes
desarrumador de versos

2014/01/09

Rolas antes da tempestade


O tempo ameaça tempestade
um casal de rolas imperturbável
nos braços da figueira amigável
já do calor sentem saudade ...

as-nunes

2013/12/09

Se o Paraíso existe


Se o Paraíso existe

Domingo, Dezembro
Silêncio solarengo
Vento em quietude
Não corre uma brisa sequer
Só o frio vagueia por aí
Vale do Lis a nascente
Majestosa Snra. do Monte

As Cortes maravilhadas
Nas suas terras alcantiladas
e encantadas

Aurora de bonança
Afinal,
o Paraíso existe mesmo!...

António Almeida Nunes

Dez 2013 – blogue “dispersamente”

2013/09/03

Um momento a olhar o mar!



o mar à minha frente
às vezes revolto
a bater nas pedras 
vaga após vaga

eu a olhá-lo
com saudade
com ternura
zangado...também

Pedrógão, 1º de Setembro, 2013

@as-nunes 

2013/07/14

Zaida, hoje e sempre

A Zaida em Março de 2013 - tertúlia no Soutocico

Amor para sempre

Uma ideia tenho minha
Encantos de juventude
Uma amora madurinha
É esta a nossa virtude

Um amor de longa vida
Zaida é o teu nome
Uma vida assim sentida
Primavera que não some

Versos estes no momento
Falam d’amor para sempre
Com o eterno pensamento
Em ti tão bem presente

Poema com rima vertida
Pudera eu te escrever
Do amor da minha vida
Com a força do meu ser

 António,

Leiria, 21 de Março de 2010

Hoje escrevia o mesmo...
(encontrei este poema numa pen. Antigamente dizia-se, encontrei estas linhas escritas nuns papéis atirados para dentro duma gaveta... sem fundo.)

@as-nunes

2013/06/22

Apresento-vos a D. Herzília Magalhães

Hoje à tardinha...no meu jardim...


Esta camélia 
já devia ter sido aqui apresentada, 
aí em meados de Fevereiro 
o mais tardar.

Este ano, porém,
o tempo tem bulhado demais 
com os seus pergaminhos...

Só hoje é que dei por ela
meio disfarçada 
por entre a folhagem
como que a procurar 
entender
o que se passa...

Ouvi um olá 
envergonhado
sussurrante
ondulante.

Eis a D. Herzília de Magalhães.

Não a podia deixar 
assim 
abandonada
desamparada.

Já a morrer
ainda agora acabada de nascer
fora de tempo...

É sempre bem vinda, D. Herzília! ...

@as-nunes

2013/06/12


2013/05/13

Nunca é tarde?!...


(na estrada do Barreiro, Pousos, paralela à variante rotunda do hospital/variante para a A1...)

num intervalo do real
antes que o tempo se esvaia
queria mostrar-vos esta flor
tantas cores em sintonia

olhar, olhar uma esteva
toda colorida de  lhaneza
qual esbelta camponesa
sorrindo sem estranheza

tentar dizer da vida
não pode ser esta
cheia de contas
cheia de números
vazia de nada
cheia de incertezas

quero viver
quero sonhar
não quero contar...

nunca é tarde
dir-me-ão
está-se a fazer tarde
digo eu!...

@as-nunes

2013/02/22

Do lado de lá (enésima primeira vez...)


Há um tipo 
do lado de lá
que não se cansa de me mirar
está sempre a fotografar
chega mesmo a cansar
só de o ver a fotografar
sempre de nariz no ar
a olhar 
Será repórter 
fotógrafo de algum jornal 
talvez de uma revista ?
Ou será só uma mania?
Deve ser isso
Manias ...

Está farto de saber

quem eu sou
que estou aqui 
para sempre
a toda a hora e instante

Cada instante que ele escolhe!

Como é que ele faz a escolha
desse preciso instante?

Cortes, vale do Lis, Sra. do Monte, Alto da Maúnça
22 de Fevereiro de 2012

@as-nunes