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2020/09/03

Celestino Alves: um pintor de excelência (1913-1974)

Recebi por e-mail da minha amiga e Dra. Celeste Alves o convite abaixo.
Como não tinha ainda nenhuma referência ao pintor, que foi seu pai, Celestino Alves, aqui deixo algum material alusivo a esta personagem de tantos pergaminhos na área das Belas Artes.
Espero poder estar presente na inauguração desta exposição em Leiria.




CELESTINO ALVES

Celestino de Sousa Alves nasceu em Setúbal em 1913 e faleceu em Lisboa em

1974. Estudou em Setúbal e Lisboa, cidade onde, em 1936, concluiu o Curso

de Pintura na Escola Superior de Belas Artes.

Foi professor do Ensino Técnico em Setúbal, Faro, Caldas da Rainha e Lisboa,

tendo, durante quatro anos, leccionado a disciplina de Desenho na Sociedade

Nacional de Belas Artes. De 1960 a 1962 fez parte do 1.º Conselho Técnico da

mesma Sociedade. Em 1957 foi designado vogal extraordinário da Junta

Nacional de Educação e no mesmo ano foi agraciado com o grau de Oficial da

Ordem de Instrução Pública.

Pintor neofigurativo, distanciou-se, na década de 1960, das formas de

representação das paisagens iniciais, optando pela abstração. Realizou

exposições individuais em Lisboa, Faro, Estoril, Setúbal e Leiria e participou em

várias exposições colectivas. 

Foi galardoado com a 1.ª medalha em pintura na Sociedade Nacional de Belas-

Artes; com os Prémios Silva Porto (1944) e Sousa Cardoso (1947); obteve a

bolsa José Malhoa (S. N. B. A.), e esteve representado na 1.ª Bienal de S.

Paulo (1951) e na Exposição Hispano-Portuguesa de Sevilha (1952).

As suas obras estão representadas em vários Museus nacionais e

internacionais, Câmaras Municipais e Embaixadas, na Colecção das

Fundações Calouste Gulbenkian e da Galp e em muitas outras colecções

particulares, nacionais e estrangeiras.

O seu nome faz parte da toponímia de Almada, Lisboa e Setúbal.

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Fontes:

Manuel Lopes, “Setubalenses de Mérito” (de João Francisco Envia, edição de autor, 2003, Pág. 137, 138 e 139) Fon

“Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 37).

Pamplona, Fernando, “Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses, Livraria Civilização.

Arte Moderna portuguesa do Património da Petrogal.

Wikipédia

2017/01/14

Pintura em Leiria: Mó Hingá expõe pinturas duma vida com temas alusivos a Leiria


Joaquim Santos que apresentou o ato inaugural, a sua neta que organizou a exposição, o sr. Adrião Hingá (pintor) e a D.São, proprietária das lojas São ópticas.

Adrião Hingá (Mó)




Adrião Rodrigues Franco Hingá (MÓ Hingá, como é conhecido entre os amigos), um leiriense que gosta de pintar Leiria.







Artur Franco (outro pintor de Leiria, aguarelista de renome) com Mó Hingá













Fotos retiradas do Facebook de Fernando Rodrigues


2016/10/27

Pintura de Sílvia Patrício no Banco de Portugal - Leiria






Uma pequena reportagem da minha visita à exposição de Sílvia Patrícia, no Banco de Portugal, em Leiria.
Decorre de 22 de Outubro a 13 de Novembro de 2016.

2012/10/30

Maria Lucília Moita: em Alcanena, uma justa homenagem a uma pintora de mérito





Aspetos de pormenor da sala da biblioteca municipal de Alcanena onde está exposto diverso material (outubro-novembro de 2012) que nos pretende ajudar a entrar no ambiente criado à volta da vida e obra da pintora e escritora Maria Lucília Moita

Aqui deixo, em jeito de registo para a memória deste blogue, e como singelo contributo para a divulgação do seu trabalho artístico e literário, este apontamento fotográfico captado no passado sábado, antes de mais uma sessão de tertúlia de poesia, no decorrer da qual de reviu o trabalho e a obra de Natália Correia.
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A pintora Maria Lucília Moita, considerada uma das últimas herdeiras dos grandes pintores naturalistas portugueses como Silva Porto e Henrique Pousão, morreu em 22 de Agosto de 2011, aos 82 anos em Abrantes, onde residia. 

Lucília Moita nasceu em Alcanena em 1928 mas, embora longe dos grandes centros artísticos e culturais, não deixou de fortalecer uma carreira, tornando-se numa personalidade cultural contemporânea e uma das pintoras mais conhecidas e premiadas da região.

Abrantes foi a sua terra de acolhimento, ali residindo desde 1954.

Há alguns anos que na sua própria casa abria as portas do seu atelier a visitas de grupos escolares, num gesto de serviço à comunidade local. «A pintura para mim não é um passatempo, é uma exigência», costumava dizer.

A sua arte está representada em colecções particulares nacionais e estrangeiras e ainda em museus como o do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu José Malhoa, Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Museu de Setúbal e outros.

Em comunicado, por alturas do seu falecimento, a Câmara Municipal de Abrantes «lamenta com pesar o desaparecimento de uma figura ímpar da cultura local e nacional, recordando a vasta obra artística e o seu carácter humanista».

Maria Lucília Moita cedeu uma grande parte do seu espólio ao município de Abrantes, do qual fazem parte quadros a óleo, um vasto conjunto de desenhos e diversa documentação que enquadra a sua vida e obra, peças e material que integrarão o núcleo de pintura com o seu nome, a instalar no futuro Museu Ibérico de Arqueologia e Arte.

(texto retirado da internet; mais e melhor informação se pode obter consultando a biblioteca municipal de Alcanena)

2011/11/06

Leiria horizontal


Leiria, fim de tarde
olhar para ocidente
alto da quinta do rei
tentação de pintar
efeitos digitais
pena não ser em tela
só sei fotografar
ao meu modo
este modo desactualizado
não sou de modas
é este o meu olhar.


ave perdida no ar
à procura de pousar
dispersamente...

@as-nunes

2010/08/11

S. Pedro do Sul, Verão infernal de 2010


(clic para ampliar e melhor apreciar a pintura)
Aldeia e serras, em S. Pedro do Sul
Nestas horas dramáticas que se vivem em Portugal, particularmente nas serras e aldeias da zona de S. Pedro do Sul, com o fogo a consumir toda a vegetação e haveres pessoais das populações serranas da Arada, Gralheira e limítrofes, socorro-me da pintura acima, da autoria de Ney Tecídio (*), "Aldeia e serras, em S. Pedro do Sul", para, de alguma forma, poder ajudar a confortar a alma dos que tanto amavam toda aquela bela e transcendente solidão dos penhascos e penedias emoldurando todo um cenário paradisíaco de deslumbrantes manchas florestais e dum verde de gala a acompanhar o serpentear dos Rios Paiva e Sul.

Do Proémio do livro "para além do rio" de Arménio Vasconcelos, edição da Casa-Museu (agora Museu) Maria da Fontinha, 2004:
"...
Só quem conheça o Monte de São Macário, as Serras da Gralheira, da Arada, da Freita, do Montemuro, os Vales da Paiva e do Sul, poderá melhor compreender o poeta e os temas preponderantes da sua poesia."...

Daqui quero endereçar toda a minha solidariedade e sentimento de pesar pela perda infinita que este pavoroso incêndio provocou às pessoas daqueles lugares e ao Dr. Arménio Vasconcelos em particular, dado o seu inequívoco amor que devota àquela região.
A foto do quadro acima representa uma cópia do quadro original incluído no acervo de obras do Museu Maria da Fontinha(aqui) de que o Dr. Arménio é o seu Fundador e Director, localizado precisamente naquela área. Das istalações do Museu e arredores podem avistar-se todas as serras já referidas, ao fundo o vale da Paiva, cujo rio lá segue, misterioso mas prazenteiro, tenho fé que não perca essa sua alma...

nb: a foto (excerto do original) que ilustra o ambiente do fogo florestal acima referido foi retirado da Net.
(*) Artista plástico de talento multifacetado. Nasceu em Brasília e vive no Meier, Rio de Janeiro (em 2000). Casado com a também pintora, Haidê Morani e irmão do falecido Óscar Tecídio. Conquistou Prémios e Honras, incluindo viagens pelo Brasil e à Europa, tendo passado por Portugal. Discípulo de Rodolfo Chambelland, Mário Machado Portella e Gerson Azeredo Coutinho. É membro da Academia Brasileira de Belas Artes, titular da Cadeira nº 26. Está classificado em enciclopédias, dicionários e anuários. Em 1996 foi.lhe atribuído um Voto de Louvor pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, pela dedicação com que exerceu as suas actividades culturais. Representado no Museu Maria da Fontinha com cerca de sessenta Obras (vide págs. 17, 27, 59, 65, 73, 131, 233, 269, 281, 283 do livro supra-citado).

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2010/08/06

NESTA NOSSA DOCE LÍNGUA DE CAMÕES E DE AQUILINO




Prof. Dr. José Augusto Cardoso Bernardes
Prof. Dr. Fernando Paulo do Carmo Baptista (Autor)

Teve lugar, ontem, dia 5 de Agosto, no Casino da Figueira da Foz, uma sessão de apresentação do extraordinário livro "Nesta nossa doce língua de Camões e de Aquilino". Na mesa perfilaram-se o autor e diversas outras personalidades ligadas ao mundo das Artes e das Letras e, particularmente, ao mundo Académico na área da Língua Portuguesa.
Libânia Madureira coordenou a sessão.


Do texto de apresentação (da autoria de Libânia Madureira) da obra e do seu autor, Dr. Fernando Paulo Baptista, permito-me retirar o seguinte excerto:


A apresentação mais «académica» e mais «protocolar» do livro — «Nesta Nossa Doce Língua de Camões e de Aquilino» —, será feita pelo Senhor Professor Doutor José Augusto Cardoso Bernardes, Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que fez os seus estudos básicos e secundários nas escolas da Figueira da Foz e é natural da vizinha e simpática freguesia da Brenha. Trata-se de um Académico dos mais brilhantes da Universidade Portuguesa, detentor de um vasto e invulgar curriculum como investigador e como docente da área dos Estudos Literários.

Para nos falar ainda do Autor, teremos os testemunhos da Professora e Escritora, Dra. Maria Isabel Loureiro, com inúmeras publicações didácticas e histórias infanto-juvenis, do Senhor Presidente da CM de Sernancelhe, Dr. José Mário de Almeida Cardoso, e do Dr. Arménio Vasconcelos, Advogado, Presidente da ACLAL (Academia de Letras e Artes Lusófonas), Museólogo e incansável Promotor do Espírito Lusíada e Universalista e da Causa da «Lusofonia», com uma vasta obra poético-literária e cultural já publicada.
  
“Um livro é um mudo que fala,
um surdo que responde,
um cego que guia,
um morto que vive”

Padre António Vieira

Breve apontamento sobre o Livro «Nesta Nossa Doce Língua de Camões e de Aquilino»

“Para falar ao vento bastam palavras.
Para falar ao coração, é preciso obras”

Padre António Vieira

«Trata-se de uma obra dedicada à causa maior da nossa Língua Materna, da Língua que é partilhada pela Comunidade de Países e de Povos que se exprimem em Português — a CPLP — e por todas as comunidades migrantes da «diáspora» lusíada, multicultural e multiétnica, espalhadas pelas sete partidas do mundo.
E é a esta língua (que aprendemos desde o berço, ao colo de nossa Mãe) que, segundo o autor (ver o seu prefácio, pág. 18), «devemos a mediação das aprendizagens de efectivo potencial (in)formativo, cognitivo, significante e expressional que estruturam e modelam, a nível cultural, sapiencial, hermenêutico e comunicacional, o nosso modo de ser e estar, de pensar e agir, de sonhar e realizar, de par com a construção da nossa «visão do mundo», dos nossos «mapas mentais» (mind maps), das nossas «matrizes» gnosiológicas e metodológicas, dos nossos «arquivos memoriais», da nossa «enciclopédia» interior e do nosso «capital simbólico» e, de um modo muito especial, dos «campos» gerativos e alimentadores das nossas práticas de oralidade e de escrita, em todas as suas configurações modais».

Pela minha parte não posso perder esta ocasião para declarar a minha mais profunda admiração pelo extraordinário brilhantismo com que o Prof. Dr. Fernando Paulo tem presenteado as audiências em que me integrei já por duas vezes, ao expor com o entusiasmo que se pode observar na foto cimeira, ao centro, os mais variados e complexos aspectos relacionados com o culto científico da Língua Lusíada. 

Mais não vou, aqui e por esta via, acrescentar, o que, de qualquer modo, só o poderia ser a título de nota de reportagem, que a mais não me atreveria.
A não ser referir, por ser de justiça, que o pintor dos quadros expostos em fundo, na Mesa desta sessão, é Viseense e chama-se Alcídio Marques.
Finalmente:
Porque o actual Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Dr. José Mário Cardoso defende o princípio, aparentemente tão basilar, mas que o actual contexto sócio-político essencialmente alicerçado nas doutrinas mercantilistas e neo-liberais tem vindo a secundarizar, de que "a Ignorância fica mais cara que a Cultura", assim a Câmara daquele concelho de Coimbra, acabou por inscrever no seu Orçamento uma verba destinada ao patrocínio da edição duma obra literária do gabarito desta que acabámos de presenciar.


Muitos parabéns, ao Autor, pela sua pertinácia na defesa dos princípios fundamentais e divulgação da Língua Lusíada, e à Câmara Municipal de Sernancelhe por ter editado esta obra de excelência e que tão bem promove Aquilino Ribeiro e a sua superior participação na edificação deste mundo ímpar que é o Mundo Lusófono. 
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2010/03/17

LEIRIA - Rua Christiano Cruz

Esta rua localiza-se na área da antiga Azinhaga da Encosta do Castelo de Leiria, junto ao seu Portão Norte. Nesta zona da cidade quase não circula vivalma. A Rua Christiano Cruz é praticamente invisível aos visitantes e mesmo muito dos locais não sabem sequer da sua existência. E é pena porque se reporta a um personagem aqui nascido e cuja biografia é digna de realce e merecia maior destaque na história de Leiria.
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De facto,

Christiano Cruz
 Senhoras à mesa do café, 1919, pintura a óleo sobre cartão, Centro de Arte Moderna, FCG
 Catálogo /Retrospectiva (1892-1951) - Maria Raquel Florentino
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Christiano CRUZ (1892-1951)

Christiano Alfredo Sheppard Cruz nasce em 1892, em Leiria. Morre em 1951, na cidade de Silva Porto, em Angola. 

Autodidacta, o seu único guia artístico era o desenho da imprensa, e contou com um ambiente pró-republicano no seio familiar, que o preparou para a sátira anti-monárquica e para a crítica social. Posteriormente, distancia-se dela operando uma verdadeira ruptura estética dentro da caricatura.

Ficou conhecido como um “romancista do traço”. Colocava as suas faculdades ao serviço da Ideia e criou aquela que ficou designada como “caricatura impessoal”. Esta pretendia afastar-se da ênfase meramente política, usando o humor como filosofia e atacando os costumes de uma identidade social portuguesa, que conhecia como mesquinha, provinciana e castradora. Sentia uma verdadeira obrigação de educar o povo através da arte, sabendo que a resolução da crise não se situava meramente na esfera política mas numa questão de filosofia existencial, de mentalidades. Dentro da caricatura política, tinha admiração apenas por Rafael Bordalo Pinheiro, fazendo os possíveis para se distanciar e criticar todos os seguidores do mestre. “Não façamos crítica, façamos Arte!”, ficou conhecida como uma das grandes máximas, assim como a sua guerra aos “bota-de-elástico”.

Estes pressupostos correspondem à sua primeira fase, que vai de 1909 até cerca de 1913, considerada como a fase de estilização, em que se liberta dos barroquismos iniciais e desenvolve um traço por vezes quase abstracto. Um novo código de humor só podia ser servido por um novo código plástico e pela criação de uma nova forma de percepção que fosse mais rápida. Era nesta lógica que construía as suas personagens ultra-sintéticas, que se aproximam do moderno cartoon. Neste período, é considerado um verdadeiro “mago da ironia”, e defende que a melhor forma de atingir os seus objectivos é não atacar os indivíduos mas as situações, articulando de uma forma coerente título e legenda.

Em 1910, muda-se para Lisboa, onde irá prosseguir estudos em Medicina Veterinária, juntando-se a Stuart de Carvalhais, Jorge Barradas, Pacheko, António Soares e Almada Negreiros, com quem funda a Sociedade dos Humoristas Portugueses.

Na segunda fase, a partir de 1913, o traço evolui para um certo expressionismo, próximo da corrente austríaca do mesmo período, nomeadamente Schiele e Kokoschka. Afasta-se dos humoristas, embora continue a apresentar-se nas exposições dos modernistas.

Na terceira fase, afasta-se da caricatura e envereda pela pintura. Senhoras à Mesa de Café, de 1919, revela a face de um mundanismo que criticava, num jogo de sedução e crueldade. A violência do tratamento do suporte, a definição brutal dos contornos das figuras e o cinismo que transmitem entram em consonância com as cores frias aplicadas no vestuário, que, por sua vez, contrasta com o vermelho dos lábios, concedendo-nos a ilusão da vida nocturna e de todos os seus cenários de engano. As regras da representação tornam-se instáveis nos ângulos agudos e oblíquos, como se verifica na mesa e nos elegantes copos. Retoma aqui o tema mítico do eterno feminino cruel, nas poses refinadas destas mulheres, com frios objectos de ourivesaria, em atitudes de conspiração e intriga. A mão de uma das personagens assemelha-se a uma pistola, tornando-a cúmplice de crimes premeditados, que se festejam com sorrisos maliciosos. Esta pintura é uma das últimas que realizará.

Em 1916 é incorporado no exército e, no ano seguinte, no Corpo Expedicionário Português, para combater na Primeira Guerra Mundial. Neste período, até à altura do Armistício, em 1918, quando regressa a Portugal, realiza uma série de croquis que relatam cenas de guerra(*), tratados com uma espontaneidade instantânea, como se fossem feitos por um repórter de guerra.

Em 1919, inicia-se uma outra fase: parte para Lourenço Marques, Moçambique, começa aí a sua retirada do meio artístico e exerce a sua profissão de médico veterinário. Este abandono definitivo da carreira artística, que ficou de certa forma mitificado, revela uma atitude que não deixará de se revestir de uma consciência moderna, de um desencantado niilismo.
CARLA MENDES
In
http://www.camjap.gulbenkian.pt/l1/ar%7BD2B27546-03B0-4185-A5F8-0B5ACC3E203C%7D/c%7B342aa3de-ff90-4fdc-9aa3-0f1d507b3275%7D/m1/T1.aspx
(*) Ver: Rodrigues, António, 1956-2008-  Christiano Cruz - Cenas de Guerra
» Consultar também, Gonçalves, Alda - Toponímia de Leiria - 2005, JFL (pág. 141)

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2009/11/22

Ferreira de Castro e Sara Afonso - escritor e pintora


Há dias comprei este livro na Feira das Velharias de Leiria. Por se tratar de uma edição original, de 1964 e ser constituído por três belas novelas de Ferreira de Castro, uma delas escrita no ano em que eu nasci, 1947. Contém uma dedicatória de oferta "Para a Mãe da Terezinha" 8-XII-60.

Esta primeira edição de "A Missão" é constituída pelas Novelas "a Missão", "A Experiência" e "O senhor dos Navegantes". Cada uma delas é composta a abrir com protecção em papel vegetal por uma ilustração da célebre pintora e desenhista, Sara Afonso (1899-1983), que foi casada com Almada Negreiros.(ver foto da época)


Lá está, na última página, o carimbo manual do ex-libris de Ferreira de Castro.
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2009/06/07

VOTE!...



Os jogadores de cartas
CEZANNE, Paul
1839-1906
óleo sobre tela, 47,5x57
Museu do Louvre, Paris
(Digitalizado da capa do livro/catálogo "Um Século de Pintura Francesa 1850-1950")
Ed. Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa/1965
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2009/02/01

George Viviam, pintor inglês do séc.XIX, em Leiria e outras localidades portuguesas

Estas gravuras (1 e 2 integradas no conjunto acima) são de pertença particular.

(Litografia das mais representativas do que era Leiria no princípio do séc. XIX - clic para melhor apreciar)
As outras cidades que Vivian retratou nas gravuras litografadas do conjunto acima são: Porto (ver em baixo), Setúbal, Braga, Sintra e Coimbra
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Deste artista inglês, que publicou, em Londres, no ano de 1839, um livro intitulado Scenery of Portugal & Spain, ficaram também conhecidas, por ex., os trabalhos litográficos sobre Sintra ou Leiria (o que se mostra acima), datados do mesmo ano. Infelizmente, pouco ou nada sabemos sobre a vida e obra de G. Vivian.
O pouco que consegui apurar encontrei-o num site "Old Church Galleries" :

George Vivian (1798-1873), desenhador e pintor em Londres, viajou através de Espanha e Portugal fazendo esboços de muitas construções típicas e cidades. No seu regresso, Vivian completou os mais famosos desenhos e publicou uma colecção de litografias sob o título “Scenery of Portugal & Spain”. O trabalho é constituído por 33 desenhos magníficos gravados em pedra por L. Haghe. Vivian seleccionou os mais interessantes e pitorescos cenários para as litografias, conseguindo uma viva imagem pictórica de países, tal como se apresentavam no princípio do séc. XIX.

(Traduçao do autor do blogue)
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A litografia ao lado representa uma vista panorâmica desde os Jardins Públicos, LISBOA, em 1839.
...Terá estado em Portugal na década de 30 do séc. XIX, depois de ter viajado pelo Mediterrâneo europeu, pela Alemanha e pela Escandinávia. Como todos os românticos do seu tempo do seu tempo que nos visitaram, publicou (1839) um livro de viagens, intitulado Scenery of Portugal and Spain, enriquecendo o texto com delicados desenhos litografados por L., Haghe, obra que atinge elevadíssimos preços quando, raramente, surge em alfarrabistas.
(in Vol. XVIII do Grande Dicionário Enciclopédio Ediclube)
.
(clic para ampliar)
Facilmente se pode concluir que esta imagem foi tomada desde o alto da actual Rua de Santa Catarina, no PORTO.
Sem dúvida que todas estas gravuras constituem excelentes provas documentais do que era o aspecto das cidades de Portugal e o tipo de vida que as nossas
gentes levavam.

De notar que esta é uma das 6 gravuras que constam da colecção acima apresentada.


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2008/08/27

Museu Maria da Fontinha - Castro Daire



Como já havia sido prometido na entrada precedente, apresenta-se, muito sumariamente, o Museu Maria da Fontinha, localizado mais precisamente no lugar de Além do Rio, concelho de Castro Daire.
A primeira fotografia mostra-nos uma imagem do seu Fundador e Director, Dr. Arménio de Vasconcelos(*), licenciado em Direito, por Coimbra. É membro do Conseil International des Musées, da UNESCO e da Associação Portuguesa de Escritores. Mestrando em Museologia na Universidade de Évora. Pelo que me é dado observar, nos contactos pessoais, de companheiro Governador Elista dos Distritos do centro de Portugal e de amigo de longa data, os estudos, investigações e organização do próximo futuro "Museu do Território do Vale da Paiva e Serras" estão a ser encarados com tal entusiasmo e empenhamento, que mais deveriam vir a constituir-se numa Tese de verdadeiro Doutoramento, tal o rigor que Arménio de Vasconcelos tem vindo a demonstrar na sua preparação.
As fotos seguintes pretendem dar uma amostra ainda que mínima em quantidade, das peças que constituem o acervo do Museu Maria da Fontinha, futuro Núcleo Museológico de referência daquele que virá a ser o Museu do Território da terra que ele tanto ama. Com toda a razão, deve-se acrescentar.
Repare-se na peça única e valiosíssima de Soares dos Reis, o molde original em gesso, que, em 1881, permitiu a execução em mármore da estátua da filha dos Condes de Almedina. A criança faleceu poucos dias depois. Também foi feita uma segunda estátua em bronze, que se encontra num Museu no Brasil, mas acerca da qual se está a levantar uma acesa polémica porque a Directora desse Museu não admite que será efectivamente um trabalho de Soares dos Reis. Acrescente-se que o molde original, depois de devidamente analisado, provou-se que tem 50 impressões digitais do grande artista portuense e do Mundo. O conjunto colocado na foto 3 representa vários instrumentos musicais e um xaile que pertenceram a Amália Rodrigues, para sempre recordada pela sua vida longa e preciosa em prol do Fado, cantado com a sua incomparável voz e a que também legou alguns poemas escritos pelo seu próprio punho.

...
(*) A biografia de Arménio de Vasconcelos daria para escrever um livro, tenho a certeza disso. (mais).
... (continua. Seria imperdoável não o fazer.)