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2020/09/03

Celestino Alves: um pintor de excelência (1913-1974)

Recebi por e-mail da minha amiga e Dra. Celeste Alves o convite abaixo.
Como não tinha ainda nenhuma referência ao pintor, que foi seu pai, Celestino Alves, aqui deixo algum material alusivo a esta personagem de tantos pergaminhos na área das Belas Artes.
Espero poder estar presente na inauguração desta exposição em Leiria.




CELESTINO ALVES

Celestino de Sousa Alves nasceu em Setúbal em 1913 e faleceu em Lisboa em

1974. Estudou em Setúbal e Lisboa, cidade onde, em 1936, concluiu o Curso

de Pintura na Escola Superior de Belas Artes.

Foi professor do Ensino Técnico em Setúbal, Faro, Caldas da Rainha e Lisboa,

tendo, durante quatro anos, leccionado a disciplina de Desenho na Sociedade

Nacional de Belas Artes. De 1960 a 1962 fez parte do 1.º Conselho Técnico da

mesma Sociedade. Em 1957 foi designado vogal extraordinário da Junta

Nacional de Educação e no mesmo ano foi agraciado com o grau de Oficial da

Ordem de Instrução Pública.

Pintor neofigurativo, distanciou-se, na década de 1960, das formas de

representação das paisagens iniciais, optando pela abstração. Realizou

exposições individuais em Lisboa, Faro, Estoril, Setúbal e Leiria e participou em

várias exposições colectivas. 

Foi galardoado com a 1.ª medalha em pintura na Sociedade Nacional de Belas-

Artes; com os Prémios Silva Porto (1944) e Sousa Cardoso (1947); obteve a

bolsa José Malhoa (S. N. B. A.), e esteve representado na 1.ª Bienal de S.

Paulo (1951) e na Exposição Hispano-Portuguesa de Sevilha (1952).

As suas obras estão representadas em vários Museus nacionais e

internacionais, Câmaras Municipais e Embaixadas, na Colecção das

Fundações Calouste Gulbenkian e da Galp e em muitas outras colecções

particulares, nacionais e estrangeiras.

O seu nome faz parte da toponímia de Almada, Lisboa e Setúbal.

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Fontes:

Manuel Lopes, “Setubalenses de Mérito” (de João Francisco Envia, edição de autor, 2003, Pág. 137, 138 e 139) Fon

“Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 37).

Pamplona, Fernando, “Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses, Livraria Civilização.

Arte Moderna portuguesa do Património da Petrogal.

Wikipédia

2017/05/30

Pintura de Virgínia Goes - XEQUE EM BRANCO - no Banco de Portugal emLeiria


"Uma das mais interessantes exposições de pintura que me foi dado admirar no Banco de Portugal em Leiria." 30-05-2017
Deixei esta nota no livro da exposição. 

-
Virgínia Goes nasceu em Gândara dos Olivais, Leiria, em 1945. 
Tem o curso de Artes Decorativas da Escola-Museu Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, o curso de Pintura da Sociedade Nacional de Belas-Artes, o Curso Complementar de Pintura e outros.
Licenciou-se em Arquitetuta pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa.
Tem variadíssimos prémios e uma grande dedicação a Leiria.
Ler mais:
"Xeque em Branco" - 18 maio a 25 junho 2017 - Banco de Portugal - GaleriaMunicipal - Leiria, ed. Câmara Municipal de Leiria - maio2009.


















2016/09/16

Exposição de Pintura no Banco de Portugal - Leiria : Hirondino Pedro e Manuel Vieira.




























Hirondino Pedro

Lembrei-me de ir ao site ´Preguiça` e reproduzo a seguinte fotocópia que lá vi (23-09-2016):




Nasceu em 1964. Dedicado às artes plásticas nas vertentes de pintura, escultura, instalação, ilustração e cenografia, tem participado de forma continuada em exposições individuais e cotetivas desde 1981. Licenciado em Animação Cultural, tem promovido o usufruto e formação do ensino artístico enquanto mentor e formação no Atelier das Artes, espaço de formação pelas artes plásticas sediado em Leiria.

Manuel Vieira

É um dos artistas portugueses mais prolíficos e importantes da sua geração.
Nasceu em Lisboa, Portugal, a cidade-cenário da ação em diferentes áreas, da pintura à música, passando pela performance-arte, cinema, literatura e política. Em 1983 fundou o Grupo "Homeostécnico" que gerou atenção nas novas tendências artísticas da época.
Com uma criação aguda, Vieira tem uma personalidade muito forte, com uma componente teatral humorística. Isso é visível nos seus espaços habitados cenográficos ou nos ambientes grotescos que cria.
Fundador e vocalista de bandas como os "Ena Pá 2000", "Irmãos Catita", ou "Corações de Atum", onde inclui a representação teatral humorística como "Orgasmo Carlos", "Lello Universal", entre outros, estão também presentes em metragens, vídeos, e séries de televisão. Em 2011 fez a sua permormance artística mais corajosa: anunciou a sua candidatura à Presidência da República Portuguesa onde criou vários atos artísticos dentro do quadro de uma campanha política.

2013/10/31

As Armas nos Lusíadas


Vivo na Barreira - Leiria há mais de 20 anos. Escrevi um ensaio monográfico sobre esta freguesia em 2005 e nela referenciei uma das suas grandes figuras históricas, o General Oliveira Simões. Pois fiquem sabendo que Oliveira Simões se me está a revelar como um grande poeta, humanista, cultor exímio das letras, político brilhante e um militar de envergadura. Nasceu em 1857 e morreu em 1944. Descobri recentemente, num alfarrabista, o livro cuja capa reproduzo abaixo. Uma maravilha. As suas descrições ilustradas com pinturas alusivas, acerca das armas que Camões refere frequentemente no seu cantar poético dos feitos heróicos dos portugueses são dignas de ser apreciadas.  Conto escrever e deixar publicado no meu blogue mais pormenores sobre este tema... (quem me abriu as portas ao conhecimento desta figura excecional foi o meu amigo Pedro Moniz através do seu livro "General Oliveira Simões - Poesia e Prosa (Antologia)" - Ed. Junta Freguesia da Barreira, ed. 1997).
(ver aqui).


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 Este livro saiu a lume em 1986.
p. 5


p. 5



O autor, General Oliveira Simões, ocupa-se, neste livro, sucessivamente, em considerações  técnicas e literárias sobre as armas utilizadas pelos Portugueses e os seus adversários com referência aos passos do poema "Os Lusíadas" onde Camões as menciona.  Essas menções referem-se a:
armas em sentido genérico,
armas brancas,
armas de haste,
armas de arremesso,
armas defensivas,
artilharia neurobalística,
armas de fogo,
munições e engenhos de fogo,
apetrechos de guerra,
instrumentos e insígnias bélicas.

José de Oliveira Simões prossegue, escrevendo sobre "Armas-ferro" anotando diversas passagens dos Lusíadas

1º verso da 1ª instância, I canto:

As armas e os Barões assinalados
Aqui a palavra armas tem o significado genérico de feitos guerreiros, façanhas militares, combates, campanhas, trabalhos na guerra.

Armas mitológicas:
IX 37. Tu, que as armas Tifeias tens em nada,
Metáfora a indicar os raios de Júpiter contra o gigante Tifeu.

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Camões emprega a palavra espada no sentido restrito, a designar a arma geralmente conhecida, ou no sentido metafórico.

No canto VIII, estância 19, o poeta pinta-se, em auto-retrato, numa bela imagem erudita mas fiel, afirmando que era escritor e soldado.
Aqui se refere ao prior de Santa Cruz, D. Teotónio, senhor de Leiria, vila que depois D. Afonso Henriques retomou.

 Canto VIII  est. 19

Um Sacerdote vê, brandindo a espada
Contra Arronches, que toma, por vingança
De Leiria, que de antes foi tomada
Por quem por Mafamede enresta a lança:
É Teotónio Prior. Mas vê cercada
Santarém, e verás a segurança
Da figura nos muros que, primeira
Subindo, ergueu das Quinas a bandeira.

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I   47

Neste passo dos Lusíadas há referência aos terçados, quando descreve os costumes e o armamento do gentio de Moçambique:

De panos de algodão vinham vestidos,
De várias cores, brancos e listrados:
Uns trazem derredor de si cingidos,
Outros em modo airoso sobraçados:
Da cinta para cima vêm despidos;
Por armas têm adagas e terçados;
Com toucas na cabeça; e navegando,
Anafis sonoros vão tocando.

O terçado é uma arma muito parecida com a espada, mas mais curta.

I   54

Esta ilha pequena, que habitamos,
em toda esta terra certa escala
De todos os que as ondas navegamos
De Quíloa, de Mombaça e de Sofala;
E, por ser necessária, procuramos,
Como próprios da terra, de habitá-la;
E por que tudo enfim vos notifique,
Chama-se a pequena ilha Moçambique.



(...) Muito mais há para ler e admirar, incluindo imensas e belas reproduções fotográficas e pinturas a cores ... (ver registo 1974 az-biblioteca)