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2010/09/22

Outono com Fernando Pessoa

Trabalho original em

CANÇÃO DE
..... OUTONO

No entardecer da terra,
O sopro do longo outono
Amareleceu o chão.
Um vago vento erra,
Como um sonho mau num sono,
Na lívida solidão.


Soergue as folhas, e pousa
As folhas volve e revolve
Esvai-se ainda outra vez.
Mas a folha não repousa
E o vento lívido volve
E expira na lividez.


Eu já não sou quem era;
O que eu sonhei, morri-o;
E mesmo o que hoje sou
Amanhã direi: quem dera
Volver a sê-lo! mais frio.
O vento vago voltou.

1910
Fernando Pessoa (1888-1935)
Poema publicado em 1922
no Semanário "Ilustração Portuguesa"
nº 833
-
(Neste Outono de 2010,  ano do 75º aniversário da  sua morte...)

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2009/10/03

Outono da Vida - Leiria

Algures na zona da Ramalheira. Perspectiva do Outono, que vai seco até de mais, mas irrestível, nas suas cores e contrastes...
De cima do viaduto IC2-nó para a A1. Vale da Ribeira do Sirol, um enternecedor princípio duma tarde deste Outubro do ano de 2009...
(clic nas fotos para melhor ver)
-

Como já tive oportunidade de aqui relatar, estive em Alcanena recentemente, num Encontro de Poetas...
Às minhas mãos veio parar um livro de poemas, oferta da Câmara Municipal. "Sonetos e Outras Rimas" de Rafael de Castro.

A páginas tantas...

Duas faces da fantasia

O Outono da vida já me alcança
Da Primavera resta-me a vontade
Um sempre grande amor à liberdade
Com a mesma dose de esperança

E se perdi algures a confiança
Achei sempre o caminho da verdade
Perseguem-me os sonhos da mocidade
E as loucuras do bem, pela lembrança

Agora não me vendo como um santo
E não ando ao sabor das fantasias
No íntimo sei criar algum encanto

Amenizo com visões meus tristes dias
Pois assim, de sensações o mal espanto
Extraindo das mágoas alegrias


(Deixo aqui estes versos, pela substância do tema, em primeiro lugar, talvez.
Mas também porque é de enaltecer e divulgar os poetas que, por motivos vários, só muito aleatoriamente, chegarão à luz do conhecimento geral, reconhecido, badalado com ecos a ressoar por todo o lado.
O Outono da vida já me alcança, diz o poeta. Mas também se declara reconhecido pelas visões que, nesta altura da vida, lhe amenizam os dias e lhe relançarão a esperança de próximas Primaveras... e dum sempre possível remoçar da confiança que, algures, se possa ter perdido neste caminho sinuoso da vida e, porventura, coberto por algum nevoeiro, que, naquele momento, lhe toldava o espírito... )
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2008/11/09

Escrever um livro, plantar um liquidâmbar



Em Maio do corrente ano , no dia da freguesia da Barreira - Leiria, este liquidâmbar foi-me oferecido como sinal de reconhecimento pelo livro que eu escrevi e foi editado em 2005, sob o título: "Caminhos entrelaçados na freguesia da Barreira - Leiria". Vários outros autores também foram agraciados com árvores envasadas, pelo mesmo motivo: terem escrito sobre a freguesia da Barreira. Com esse simbólico acto foram distribuídas umas dez árvores, Liquidâmbares e Grevílleas robustas. Que melhor "prenda" me podiam ter oferecido!? Plantei-a no meu jardim, uns metros quadrados à volta de casa.(aqui)
Hoje, o Outono a esvair-se em nostalgias, reparei melhor naquela árvore, recordei-me de como ela estava só com tronco e ramos e era mais pequenina quando me foi entregue a meu cargo. Um palmo, talvez.
Estes meses passados e antes que as folhas caissem todas, fotografei-a. Vejam como as suas folhas são encantadoras, apesar de haver muitos liquidâmbares (a maior parte) que nesta época do ano se preparam para o Inverno sob a cor vermelha característica.
Comecei a escrever o livro em referência nos Lourais-Barreira-Leiria, aos 13 de Junho de 2004, ainda eu mal tinha ouvido falar de blogues. Quase sem dar por isso comecei a escrever, a partir de 23 de Setembro desse mesmo ano, os passos do meu dia-a-dia, os que mais me ligavam à terra que adoptei desde 1993. Quase in extremis lembrei-me de introduzir um capítulo no livro com fragmentos desse meu Diário na Barreira. Lá ficou para sempre. Talvez uma premonição do que viria a acontecer anos depois. Deixar algumas ocorrências da minha vida e do que se ia passando ao meu redor, escritas e publicadas.
Mal eu imaginava que dois anos depois haveria de me entusiasmar pelos blogues, como é o caso presente.
E cá continuo!... Há três anos!...Até quando?...
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2008/09/05

Há dias assim...

Há dias assim
Olhamos à nossa volta
Sentimos o Outono
O efémero da vida
A descolorir-se
A desfolhar-se
A esvair-se
...
Opressiva nostalgia
Deste dia
.
Efémera melancolia?!
.
Assim seja!
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2007/12/08

Árvores e estados de espírito...



As duas primeiras fotos, já com uns dias na câmara, captaram sensações díspares, mesmo assim, algo entusiásticas, pela cor e contraste da visão que se me apresentava ali, naquele momento, pouco depois do meio dia. E ali estão o amarelo e o vermelho vivos do liquidambar.
A terceira foto é de hoje, olhei e pensei: curioso, sinto-me assim, neste preciso momento - talvez umas 3 horas da tarde, o Sol já a fugir para Ocidente, nesta encosta a caminhar para o rio Lis, a regressar a casa, depois duma saída rápida e curta: verde de esperança como o sobreiro, cinzento como o tronco e ramos da figueira desnuda, a tentar o branco da Paz interior, apesar dos salpicos de preto, algo confuso ao olhar o horizonte com a Sra. do Monte no seu perfil altaneiro como que a quere separar o terreno e o etéreo e eterno...

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2007/11/30

Outono no campo...

O começo do dia visto da janela do meu quarto. Na direcção poente mas com o Sol a nascer. São 7 horas da manhã. Se se ampliar a foto ainda se vêm corvos, no terreno, na sua faina matinal. Logo a seguir pisgam-se para o refúgio dum pinhal/eucaliptal, ali perto.

Se, por acaso, não conseguiram identificar, nas pontas dos ramos em primeiro plano, estão figos. Verdes, fora de época, já não prestam. As folhas da figueira também já se foram...

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2007/11/13

Hoje, em Leiria

De manhãzinha. As folhas dos choupos, que o Outono desorientado espalha pelo chão dum caminho pedonal (? e aquele carro lá em cima?), que nos leva ao longo do rio Lis, os patos a multiplicarem-se nas suas águas. Esperemos que saibam o que estão a fazer. Entre patos, cisnes e grous já se começa a notar uma população algo anormal para as características deste rio. Não vá acontecer o mesmo que se passa com os pombos que, aos bandos compactos, invadem muitos dos recantos mais típicos da cidade. Chegam a incomodar e não sei se não poderão vir a tornar-se um perigo para a saúde pública e do património da cidade.
Hoje, em Leiria...

Benavente-15112007 (Lusa) - Análises a patos importados do Reino Unido deram resultado negativo ao vírus H5N1 (Lusa)
As análises feitas aos patos importados do Reino Unido por uma exploração de Benavente deram resultado negativo ao vírus H5N1, informou hoje o Ministério da Agricultura, adiantando que a vigilância sanitária deverá ser levantada nas próximas horas.

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2007/10/23

Balada do encantamento...Leiria

..Junto à ponte do Arrabalde, o Outono 2007 a espreitar-se ao espelho, através do rio Lis.

Recantos encantados de Leiria. Ou não fosse a cidade do fado/canção:
Balada do encantamento...
Dentro de ti, ó Leiria
Vive uma moira encantada,
Não sabe ser minha amada,
E tem por nome Maria.

Leiria foste um ladrão
Leiria do rio Lis.
Roubaste-me o coração
E, vê lá tu, sou feliz.
(Letra e música de D. José Pais de Almeida e Silva)
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2007/10/09

Leiria Outonal e ancestral


4fev2012: esta zona está toda transformada com as obras gigantescas de construção do IC36, ligação da A1 à A8), acessos na rotunda de Vale de Lobos, vale do lis.

(2) (3)
Não me encontro com entusiasmo para escrever grandes textos. O meu pensamento anda muito disperso e em ebulição.
O Outono, neste hemisfério, o do Norte do Planeta Terra, aí está.
Resumindo, para abreviar... e desanuviar:
Foto 1 - Uma panorâmica Outonal com o prado cheio de malmequeres amarelos;
Foto 2 - Um carvalho antigo (muito antigo de certeza), num caminho, mesmo nas bordas da cidade de Leiria.

4fev2012: acrescentei, que na altura não sabia, aqui já era a Rua Ramalho Ortigão (Leiria, junto à rotunda na EN 356-2, estrada Leiria-Cortes, acesso ao novo IC 36 - viaduto sobre a Quinta de S. Venâncio)
Quercus faginea Lam (Carvalho-cerquinho, muito frequente nesta zona Centro, em montados abertos em que a componente arbórea se associa às componentes pastoril e agrícola, o que sucede em grande parte da área de Vale de Lobos e parte da Qta de S. Venâncio; claro, com tendência ao abandono da sua exploração original).
Há 42 anos que vivo nesta zona e só agora é que me decidi a percorrê-lo! Descobri um carvalhal antigo e outros recantos naturais interessantíssimos para quem usa os olhos para olhar com atenção a Natureza.
Foto 3 - Um dos vários cedros centenários, imediatamente à entrada da Quinta de São Venâncio, mesmo no limite SudEste da cidade, quem vai na direcção das Cortes, Torrinhas, Reguengo do Fétal, Fátima. clicar para aumentar)

Proponho-me, o mais breve que me for possível, apresentar-vos o interior desta Quinta, uma das mais representativas desta zona e com uma história fantástica a revisitar. Também se notam as folhas de plátanos de enormes dimensões, mais uma das árvores abundantes neste sítio, que se estendem numa alameda com cerca de cem metros, desde a entrada principal até ao edifício central.
- Consultar, entretanto, http://arvoresdeleiria.blogspot.com/
e aqui (localização precisa da Qta de S. Venâncio - Leiria) 39.72514º N, 8.79644º W (mais rigor só no GPS)
- Um poema! Sabia bem ler um poema, até ouvi-lo. Fazia-nos bem, de certeza absoluta! : 1) leia-se e veja-se o belo post e poema colocado no AzorianaBlog dos Açores (Terceira), a este propósito.
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2006/12/04

Saudade

( Clic em cima da foto para ampliar)
Em Leiria, hoje, senti imensa saudade
Numa rara ocasião de lazer
Dei comigo a vaguear pela cidade
O que andava eu por ali a fazer!?
.
O tempo estava mortiço, chuvoso

Meti-me a pé até à "Boa Leitura"
No regresso ao longo do rio, formoso
Dei com o Outono nesta candura!
.

-Plátanos a ficar sem folhagem, amarelecida, o rio Lis a correr, lânguido.
Qual a pressa? Parecem observar as árvores que o bordejam!...
-
Fontes de inspiração:
1) Luís - BUFAGATO
2) Uma tarde de Outono nas margens citadinas do Rio Lis;
3) Os plátanos, imponentes, já duma certa idade, tantos que eles são, em Leiria...