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2012/07/23

SÍRIA REFÉM DO OBSCURANTISMO

Localização  República Árabe da Síria                                              Bandeira da Síria


Penso ser da maior atualidade e interesse divulgar textos como o que referencio abaixo.
A minha amiga, radioamadora e blogger, Alda Maia, autora do blogue:

Pensamentos Vagabundos


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escreve regularmente, textos de reflexão política e social, com grande profundidade e capacidade de análise.  Nota-se que escreve com bastante perspicácia e atualidade, mas como se estivesse a exercitar, muito simplesmente, a sua arte de exprimir os seus pensamentos.
É pena. A quantidade de artigos que, provavelmente, não chegam à luz da ribalta, do conhecimento dum maior número de leitores é impressionante. Pelo menos, a mim, choca-me que imensos artigos medíocres circulem nos jornais e nas redes sociais e tenham muita divulgação enquanto outros, como o presente,  passam demasiado despercebidos.

Fiquei na tentação de o transcrever na íntegra, neste meu blogue, na modesta intenção de dar o meu contributo para tornar um pouco mais conhecido o seu post com o título 
PRIMAVERAS ÁRABES TRAÍDAS?
PERMANECE O OBSCURANTISMO?
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Na esperança de que de alguma forma consiga promover a divulgação deste texto de Alda Maia, 

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SEGUNDA-FEIRA, JULHO 23, 2012 (link do original)


PRIMAVERAS ÁRABES TRAÍDAS?
PERMANECE O OBSCURANTISMO?

Desviemos as atenções desta Europa doente de “spreads”, de tendências por cortinas de ferro (agora Norte contra Sul), concentremo-las na Síria e demos relevo a um grande poeta, pensador, filósofo muçulmano nascido no norte da Síria, nacionalidade libanesa e candidato, com muito mérito, a um Nobel da Literatura. Actualmente, vive em Paris.
É conhecido como Adonis (indicam que se deve pronunciar Adunis), pseudónimo de Ali Ahamed Saïd Esber. Foi buscar o pseudónimo ao Adónis fenício, também símbolo da ressurreição.

Para os fundamentalistas é um nome que “renega a tradição islâmica”. A questão é que este poeta e intelectual árabe sempre se bateu pelas liberdades democráticas e pela emancipação das mulheres. Sempre foi um inimigo do regime de Assad, mas não tem poupado críticas ao fundamentalismo islâmico que pretende substituir aquele regime.

2011/02/17

Muçulmanos: Xiitas ou Sunitas? Revolução geral?

http://dispersamente.blogspot.com/2006/08/iv-maom-e-o-islo.html

Seguindo este link pode ler-se o que em 2006 me decidi a publicar neste blogue a título duma possível síntese do que se deve saber sobre Maomé e o Islão. Ou seja, tentar perceber os fundamentos da orientação religiosa dos Muçulmanos. E da influência significativa que o Islão teve sobre a Civilização Global da actualidade, se é que assim nos podemos expressar. 


Hoje, está novamente na ordem do dia, debruçarmo-nos sobre esta questão para tentar perceber o que se passa nos países Muçulmanos na actualidade. Principalmente na zona nevrálgica do Islamismo: O Norte de África e o Médio Oriente.
Teremos forçosamente que olhar para as decididas manifestações populares que se têm verificado em países como a TunísiaEgipto, Iémen, Iraque, Bahrein, Líbia, Síria e assim por diante. Estamos na presença de movimentos de revolta contra Ditaduras de décadas e décadas, seculares bem se pode afirmar, protectoras de elites instaladas no poder sem que para isso o povo as tivesse mandatado expressamente através de eleições livres.
Já se fala na Revolução da Primavera Árabe.


Dentro do Islamismo retoma-se a velha discussão das duas principais tendências religiosas: os Sunitas e os Xiitas. Que, cíclica e localmente, se degladiam  tendo em vista a supremacia duma sobre a outra.


Afinal qual é a diferença notável entre  SunitasXiitas?


Sunitas


São os muçulmanos ortodoxos, isto é, a grande maioria dos fiéis do Islão.
O termo sunitas tem, essencialmente, a ver com o facto de serem seguidores fiéis de princípios teológicos e público-jurídicos que se regem pelo cumprimento escrupuloso da sunna (conjuntamente com o Alcorão), as acções do Profeta Maomé, tal como elas se revelaram desde os primórdios do Islão.
O Sunismo opõe-se às crenças e aos princípios dos Xiitas, na medida em que estes acrescentam outras compilações canónicas como a sunna dos doze imam e se assumem seguidores não só de Maomé mas também de Ali, seu genro, que casou com Fátima, filha de Maomé.


Xiitas


São os partidários da família do quarto califa, Ali, primo e genro do Profeta Maomé.
Os xiitas têm uma veneração superior pela família de Ali.
A característica fundamental que os distingue dos Sunitas tem a ver com o facto de que, enquanto estes só aceitam que a mediação com Deus é feita através do Profeta Maomé, para os Xiitas esta intermediação entre Deus e a comunidade é feita  pelo iman, posição  reservada a um seguidor de Ali, enquanto sucessor de Maomé, e chefe dessa mesma comunidade. 
Os Xiitas acreditam que Ali é o verdadeiro sucessor do Mensageiro de Alá. Ou seja, não renegam Maomé, mas partilham da convicção que a ligação a Deus continua através dos sucessores de Ali.


O problema que ficou por resolver entre os Muçulmanos é que não foi pacífica a aceitação de Ali como a referência fundamental na sucessão a Maomé.


Talvez que com esta breve revisão duma fase significativa da História Universal se possa melhor entender as razões que justificam o aproveitamento desta onda de contestação no mundo muçulmano-árabe para alguns ajustes de contas entre sunitas e xiitas.
(Copyright ©as-nunes)

2009/01/07

Deus e o Médio Oriente

(foto do jornal de distribuição gratuita "metro" de 6 do corrente mês de Janeiro)
Uma mulher e uma criança na faixa de Gaza sob ataque feroz e decidido de Israel contra os Palestinianos do Hamas. (?!). O problema é que as os canhões, as metralhadoras e os mísseis ainda não conseguem distinguir os combatentes armados dos civis indefesos.


É frequente ouvirem-se as pessoas questionarem-se acerca de qual das partes beligerantes neste conflito israelo-árabe tem razão. E assistimos a casos caricatos em que se tomam posições sem qualquer conhecimento de causa, parecendo mais que se está a tomar partido por uma equipa de futebol ou por outra. O assunto é muito mais sério e de extrema complexidade justificando uma análise profunda até aos tempos bíblicos de toda aquela zona do Médio Oriente.
Precisamente porque senti necessidade de me informar o mais correctamente possível, meti mãos a essa tarefa de estudar esta matéria com a maior profundidade que me foi possível.
Foi assim que, por alturas do conflito entre Israel e o Hezbolah (Líbano), publiquei esse trabalho - embora como simples amador, no entanto com a preocupação suprema de ser o mais preciso possível - nos artigos abaixo relacionados:
Talvez que possam vir a ser de utilidade para quem pretender recapitular a História do Médio Oriente, fundamentada basicamente e na sua essência, na questão religiosa daquela zona do Globo. Como é que se pode entender tantas divergências e tanto ódio entre povos da mesma região e com origens tribais, religiosas e bíblicas muito semelhantes. Se se tiver a preocupação de estudar aprofundadamente a génese de todas as religiões e povos originadas no Médio Oriente, impõe-se uma constatção geral: sim, pode chegar-se a um entendimento.

Por quê tanto radicalismo fundamentalista religioso e tanto sacrifício humano durante gerações sucessivas?

Será que teremos que viver eternamente sob os efeitos deste terrível "castigo" de Deus?...e dos homens (mais recentemente, no pós-II Guerra Mundial)?... Tanta brutalidade e fanatismo!

- Aconselho vivamente a leitura deste post (aqui) .Escrito pela minha amiga Alda com uma clareza e frontalidade que não me canso de propalar. Sem mesuras minhas...

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