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2007/11/16

Acácio de Paiva e o Largo da Sé

Assim se vai desfigurando, dia após dia, o Centro Histórico de Leiria.
Já começa a ser de mais.
Parece que, por razões um tanto obscuras, a pretexto de que um outro prédio do Largo da Sé, que também confronta com o início da Rua Barão de Viamonte (Rua Direita), está a ameaçar ruir, o Departamento de Trânsito da Câmara deliberou fazer umas alterações de trânsito. Vai daí não encontraram melhor sítio para colocar uma placa de sinalização do que a tapar a fachada da casa de Leiria mais fotografada pelos turistas que visitam esta cidade. Já agora será de se relembrar que a esta casa estão ligadas fuguras como Eça de Queirós (trata-se da botica do Carlos do romance "O Crime do Padre Amaro") , os azulejos são "viúva Lamego" e nela nasceu o lídimo poeta Leiriense Acácio de Paiva, que tanto e tão bem cantou Leiria, as suas gentes e os seus lugares.
Repare-se que a placa comemorativa alusiva a Acácio de Paiva, está parcialmente tapada, como se se tratasse muito simplesmente duma pedra que ali está para completar o pilar mestre do edifício.
E mais. Por incrível que pareça, o folheto que foi distribuído pela cidade, refere-se à Rua por trás deste edifício como sendo a Rua António Paiva, quando devia ter sido escrito ACÁCIO de PAIVA.
Uma desgraça completa!...
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(À atenção de quem tem a obrigação de gerir as coisas da cidade mas também de preservar a sua memória: haja mais respeito pela memória dos que nos antecederam e que deram o seu melhor por Leiria!...). Leia-se o soneto de Acácio de Paiva, "Soneto sobre Leiria" (aqui). Admite-se a barbaridade que é taparem-lhe a placa em que se loureia o poeta Leiriense?
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2007/10/19

Reflexões várias, do dia...

(clic para ampliar)

Leiria. Ainda não são oito e meia. Depois de uma noite mal dormida. Aliás, quem pode dormir em sossego no Largo da Sé? Será que esta rebaldaria tem que se suportar e de cara alegre?!

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Entretanto (não tenho fotografia porque deixei esgotar-se a bateria da máquina), no Largo do Papa Paulo VI (integrante do extenso "Largo 5 de Outubro de 1910", ali mesmo junto ao Jardim Luís de Camões) elementos do Exército Português andavam azafamados a montar tendas e diverso outro material, tendo em vista as comemorações do Dia do Exército).
Consegui reter, escrito num painel em letras garrafais, um apelo ao alistamento voluntário de mancebos no Exército.

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Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;

Mas eu, que nunca principio nem acabo,

Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

(José Régio) - Afinal não é só de agora...que de poetas e loucos...(digo eu)


Não sei por onde vou,

Não sei para onde vou

- Sei que não vou por aí!

(José Régio) - Se não sabia por onde ia como podia saber que não ia por aí? (digo eu)

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ARTUR FRANCO - Exposição no Teatro José Lúcio da Silva - até 21 de Outubro (v. aqui)

"LIS - VIDA E COR"

2007/09/18

Recuperar o património particular da zona histórica de Leiria?


Uma amostra importante do estado deplorável em que se encontra o património particular da zona histórica de Leiria.
Como é que se vai resolver este problema?
Os proprietários actuais estão descapitalizados, na maioria dos casos e ainda por cima estão obrigados a pagar indeminizações aos inquilinos (quantos, simplesmente à espera do dia em que as venham a receber; pudera, com a miséria de rendas que pagam aos senhorios!), em caso de pretenderem fazer obras ou vender a quem as queira fazer. E mais, o chamado IPPAR, que tem que se pronunciar sobre as obras a levar a cabo é muito cioso de, mais centímetro menos centímetro, nas alterações que se propõem, particularmente em casas que não têm qualquier valor arquitectónico nem sequer ligações a nenhuma personalidade ou facto histórico.
Claro que se tem que preservar as linhas mestras que caracterizam os Centros Históricos. Mas também não há necessidade de sermos mais papistas que o Papa.
Foto tirada do Jardim do antigo Paço Episcopal, no preciso local onde funciona actualmente o comando da PSP de Leiria. Naquele dia em que lá andei por via do Abacateiro, lembram-se? Em primeiro plano, pode-se observar parte da zona do Largo da Sé. A árvore visível à esquerda é uma magestosa tília. Logo a seguir há um belíssimo e imponente Jacarandá. Então não é que, entretanto, vim a saber do Snr. Quico Huingá (saibam que este meu vizinho e amigo habita, precisamente, no local onde Eça de Queirós tinha o seu gabinete quando trabalhou em Leiria como Administrador do Concelho) 70 e tal anos, da história deste Jacarandá? Que terá sido plantado entre 1905 e 1910 por um primo, que morava ali pela Rua Direita! Uma novidade na época! Terá, portanto, 100 anos. Contou-me que assistiu a várias excursões que se realizavam a Leiria para o observar, quando em flor. De facto, é um espectáculo, aquele seu azul lilás, antes que as folhas apareçam (aí por Março/Abril).
Curioso: quando tirei esta foto (há dias), esse Jacarandá estava vicejante com as suas farfalhudas folhas verdes, entrefolhadas por algumas bonitas flores em plena forma! Nesta altura do ano?!

(convém clicar para ampliar)
- aprecie-se, também, a beleza das folhas e da ramagem dos falsos plátanus (padreiros), ao lado do jacarandá. Eram árvores deste tipo que faziam parte da ornamentação do Largo da Sé, até que em 2000 alguém se lembrou de cortar as várias árvores centenárias que lá havia para as substituir por jacarandás. Ainda gostava de saber quem é que lhes encomendou o sermão!
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2007/09/12

Discursos aos peixinhos do rio Lis

O Largo da Sé de Leiria no seu melhor. E tanta coisa mais para rebocar!...
O carro que se vê a ser rebocado pela Polícia, só o foi porque: 1) estava estacionado junto aos pinos; 2) não estava travado nem com a mudança engrenada (a 1ª, neste caso); 3) estava abandonado pelo condutor e de portas trancadas; 4) começou a mover-se sozinho e foi embater na porta da tipografia Carlos Silva, a antiga Imprensa Comercial, dez metros abaixo, na esquina com a Rua da Vitória; 5) ficou a atravancar o trânsito; 6) o condutor não apareceu, mesmo com todo o estardalhaço provocado; 7) ironia das ironias: no interior do carro havia um livro em que se lia na capa, mesmo por fora dos vidros, "siga pelo caminho mais curto".
Enfim, assim vai o Largo da Sé de Leiria...

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2007/08/19

Só visto!



Bem prega Frei Tomás!...

1) O poste de iluminação pública está sujo porque desde a sua instalação, já lá vão uns bons anos, nunca lhe foi retirado o papel colado que o envolvia para efeitos de transporte;

2) As cadeiras devem ser pertença dum bar aqui mesmo ao lado (do qual se ouve o ruído suficiente para ser praticamente impossível trabalhar ao serão ou dormir, a não ser a partir das tantas da madrugada, nos andares por cima) . São da cor que se vê, perfeita sintonia com o Largo da Sé Catedral de Leiria, e parece que é para ali estacionarem "ad eternum"!;

3) Não seria de se pintar (ao menos isso) as paredes da casa onde, por sinal, trabalhou como Administrador do Concelho, o grande Eça de Queirós, ele próprio (no 1º andar - na extrema direita da foto vê-se a varanda do que foi o seu gabinete - da esquina com a Rua da Vitória)?;

4) Porque não retirar, pura e simplesmente, o sinal de estacionamento proibido, o que está no meio do Largo?

5) Não se vê nesta foto, mas junto à escadaria para o Adro da Sé, existe o local, no chão do passeio, onde era suposto estar um Jacarandá, igual aos que estão à vista. Volvidos uma data de anos ainda ninguém se lembrou de lá plantar outra árvore! Temos que ser nós, os "moradores" daquela zona, a tomar a iniciativa de o fazer? Mesmo assim, não acabaríamos por ser multados?

Haja mais respeito pelo Centro Histórico de Leiria!

(clic para ampliar e para melhor se entender as incongruências entre o sermão do painel e a prática)

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2007/07/23

Uma questão de senso


Tal como noutras cidades do país e por esse mundo fora, os pombos como que fazem parte do quotidiano das urbes. É sabido, no entanto, que a procriação destas aves em ambiente urbano, tem de ser controlada. Poderá estar em causa a própria saúde pública. Pelo que se julga saber, o sinistro vírus H5N1 e outras epidemias, poderão ser propagadas através da via dos pombos, que, em Leiria, proliferam sem qualquer controlo. Apesar de estar em vigor uma postura municipal que proíbe a sua alimentação sistemática por particulares, esta é feita, diariamente, a horas certas, chegando-se ao extremo de, no próprio Largo da Sé, haver bebedouros expressamente concebidos para esta finalidade, a partir de embalagens de plástico, colocadas junto à escadaria que segue para o Governo Civil e Castelo. Só quem não frequenta aquela zona (para não falarmos expressamente de outras igualmente elucidativas do actual estado das coisas), é que não se viu já na necessidade de se esquivar dos voos rasantes e a alta velocidade dos pombos, em bandos enormes, sempre que vislumbram os "tratadores" à hora determinada. Chegam a ser assustadores, pelo tamanho e à-vontade com que voam por entre as pessoas.
Tanto que se lutou contra a infestação das cidades pelos ratos, que, está chegada a altura em que se tem que encarar este caso como um problema de infestação perigosa. Que pode, que está a atingir as mesmas dimensões das infestações por ratos.
Além do mais, é também sabido que os dejectos destas aves são altamente corrosivos para os telhados, caleiras, paredes das casas do centro histórico, e até para os próprios monumentos.
Penso que é de toda a urgência, accionar os mecanismos necessários, para pôr cobro a esta situação, que está a ser a todos os títulos, calamitosa.
Pela vida animal, sim, mas haja senso!
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2006/03/26

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 2.n

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 1.n

Nos tempos de estudante do Secundário "obrigavam-nos" a ler alguns livros de Eça de Queiroz, como "Os Maias", "O Primo Basílio", uma chatice, pensávamos nós, naquela idade em que bom bom era ler os livros do Emílio Salgari e outros que tais, de aventuras e de romance. Entretanto, por ser praticamente proibido para a nossa idade, era certo e sabido que uma boa parte da malta, lá ia descobrindo "O Crime do Padre Amaro", que este era muito "pesado" para a nossa idade segundo nos ia chegando aos ouvidos...
Os anos vão passando e, pelos muitos acasos da vida, acabei por ficar indelevelmente ligado ao grande Eça, pretensão a minha, está claro. Nos finais dos anos 6o acabei por casar com a Zaida que vivia numa casa no Largo da Sé, em Leiria, referida, a casa e alguns dos seus habitantes e proprietários, naquele livro.
Muito recentemente, em 2004, eu e minha mulher, metemos ombros à tarefa de escrever um livro em que fazíamos questão de repor algumas verdades acerca de aguns factos relacionados com o nome de seu pai, José Teles de Almeida Paiva, entretanto falecido.
No decorrer dos trabalhos de preparação desse livro "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade", Editora Folheto de Leiria, tive o ensejo de melhor conhecer os pormenores relacionados com a casa da família, "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", hoje ocupada por um bar, "Pharmácia Bar". Toda a casa ainda é propriedade da família Paiva.
Não me parece que possam restar quaisquer dúvidas quanto à ligação desta casa e da antiga "pharmácia" com o boticário Carlos (seria o avô de José Paiva), descrito por Eça de Queiroz no seu célebre romance "O Crime do Padre Amaro".
Nesta perspectiva, proponho-me, hoje, a iniciar a colocação neste blog, de Post´s, sempre que disponha de novos elementos coligidos. Talvez só mais um contributo, talvez até algumas repetições do que já possa haver sido investigado e publicado...talvez irrelevantes, talvez até inovadoras mesmo para os estudiosos da vida e obra de Eça de Queiroz, quem sabe?).
Continuará...talvez...
asn