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2009/01/15

Chove em Leiria

Depois de semanas de frio intenso em todo o País, eis que, hoje, (são 14h30), chove a cântaros em plena cidade de Leiria. A água que se acumula no Adro da Sé, jorra em bica para o meio da Rua D. Sancho I, provocando alguma perturbação no trânsito naquela zona, já por si, muito desarrumada e desorganizadíssima.

- continuar-se-á a abordar em próximas entradas a questão candente do Centro Histórico de Leiria.

2007/07/13

Largo da Sé em Leiria

Um modelo exemplar de apresentação do Largo da Sé Catedral de Leiria!?...
Atestados de menoridade espalhados pela cidade! Diz que se chamam totems. Talvez porque estamos numa cidade de índios?!
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2007/07/11

Ainda as 7 maravilhas

Não, não vou falar das 7 velhas maravilhas do Mundo. Nem tão-pouco das novas 7 maravilhas do Mundo. Nem das 7 maravilhas de Portugal. Talvez até nem vá falar de maravilha nenhuma…
Vou apenas contar uma estória em dois actos.
Primeiro Acto:
A estória começa em Julho do ano passado: mês 7. Aconteceu haver necessidade de substituir canos de escoamento das caleiras do prédio do Largo da Sé, nº 7. Depois de várias diligências junto dos serviços camarários (terão sido 7???) foi autorizada tão importante obra, a cujo processo, veja-se, foi atribuído o nº 707. E, coincidência, o número de referência do ofício em que se comunicava o deferimento da obra, começava por 7 e acabava em 7: 7297 (engraçado: 7+2 são 9… cá está sempre o 7 – à vista ou disfarçado…).
No tal ofício eram mencionadas as condições a cumprir rigorosamente. Dizia o ponto 7: “Colocar tapumes e resguardos (até 2 m) à volta da zona ocupada, os quais deverão ser enquadrados esteticamente com a zona envolvente.”
Segundo Acto:
Em Julho – mês 7 – de 2007, notei que procediam a uma “perfuração” no Largo da Sé. Até pensei que talvez houvesse petróleo por aqueles lados, o que seria uma maravilha! Talvez a elevada à potência!...
Mas não! O buraco foi cheio de cimento e nele colocado, veja-se, um painel publicitário! Moderno, apelativo, um autêntico candidato a maravilha!
Enquadrado esteticamente com a zona envolvente?
Que as 9 (7+2) Musas valham a quem teve tal ideia!

Zaida Paiva Nunes
Leiria - Portugal

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2007/07/01

Por terras d´Algodres


Na sequência do casamento duma minha sobrinha, na Igreja de S. Tiago de Belmonte, mesmo ao lado do panteão dos Cabrais, no qual estão depositados restos mortuários de Pedro Álvares Cabral(*), acabámos por, hoje (dia seguinte), na companhia do amigo-guia e bloguista Al Cardoso, participar do III Encontro de Gastronomia de Muxagata, ali perto, para os lados de Fornos de Algodres.
O local do encontro, lugar ermo, serrano, como não podia deixar de o ser, tem uma ermida dedicada a Nª Senhora dos Milagres. Estava organizado em moldes muito típicos, comeu-se e bebeu-se segundo os sabores e cozinhados tradicionais, ao ar livre, em contacto directo com a Natureza e as crenças religiosas da região.
Aproveitei para visitar a capela, de cujo interior, através dos vidros da janela da zona do coro, tirei uma das fotos, aqui apresentadas. Por curiosidade, também fotografei uma perspectiva da dita capela, em primeiro plano uma árvore igual às que, há uma década, foram arrancadas do Largo da Sé, em Leiria (ainda hoje não me conformo com essa decisão arbitrária tomada pela Câmara Municipal da altura).
Não me alongo em mais pormenores sobre este festival porque sei que, quer o
alcardoso, quer o arqueologomoura, se lhe vão referir e ao seu contexto histórico, com muito mais propriedade da que eu seria capaz de lhe transmitir.
»» Aproveitaria para pedir a opinião de quem se sentir disponível para o efeito: a árvore do plano da capela será um "Plátano bastardo, padreiro", classificação científica "Acer pseudoplatanus"?
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2007/06/25

Hoje, ao começo da tarde, no Largo da Sé, Leiria. Uma viatura da Câmara, em serviço. A pessoa que está sentada num banco público era suposto estar à sombra duma jacarandá. O lugar dessa árvore é bem visível no chão. Ninguém da responsabilidade das áreas verdes da cidade se incomodou que ela tivesse vingado ou não.
Só mais um reparozito: será que é verdade que vão colocar, no meio do Largo da Sé, um painel fixo de publicidade? Mesmo que seja para efeitos de informação turística não se consegue perceber como é que alguém se terá lembrado de tal diatribe. No meio do Largo da Sé? Mesmo ao pé dos pinos de separação da zona pedonal e da zona de circulação automóvel condicionada(?!).
Ele há coisas que não lembra ao diabo.
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2007/06/19

Pharmácia Paiva - Leiria


(clic para ampliar)
(Continuação da entrada anterior):
TEXTO ACTUALIZADO em 21/6/2007:
Sequência das fotos, de cima para baixo e da esquerda para a direita:
1- Fachada da Pharmácia Leonardo Paiva, virada a Nascente;
2- Hipócrates (a)
3- Galeno
4- Um dos anjos que seguram uma faixa, que segue duma extremidade à outra do painel de azulejos
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Após algumas investigações complementares, penso que se poderá conciliar o texto da placa informativa, instalada ao início da escadaria central para o Adro da Sé e as figurações da fachada do edifício "Pharmácia Paiva", como segue:
A figura que sustenta nas mãos um documento em que se pode ler nitidamente o nome de "Sócrates" será Galeno e não o próprio Sócrates, como talvez erradamente tem vindo a ser popularmente divulgado, sem que as autoridades administrativas e culturais de Leiria tenham feito grande esforço em esclarecer.
É sabido que Galeno foi médico particular, entre outros, do imperador romano Marco Aurélio, que escreveu comentários sobre Hipócrates e que teve uma actuação de excepcional mérito no campo da medicina e da anatomia do corpo humano. (mais). Note-se, também, em abono desta teoria, o realce dado pelo pintor dos azulejos, ao colocar, em segundo plano - mas com a intenção nítida de lhe dar visibilidade e significado - a figura dum soldado/general da Roma antiga.
Outro pormenor importante a ter em conta é que Galeno começou por ser um grande estudioso da Filosofia. Daí, provavelmente, ser representado na fachada a estudar uma obra em que se fala de Sócrates.
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A fachada em azulejos foi colocada por encomenda para identificar especificamente uma "pharmácia". Consequentemente seria natural que os motivos das suas figuras estivessem relacionados com os temas farmácia e medicina e não se descortinam razões ponderosas para se destacar "Sócrates" em pessoa. Além do mais, também não se vê onde esteja a lógica de o próprio Sócrates estar a ler um documento (escrito numa tábua?) com o seu nome, em jeito de auto-identificação, até porque se sabe que o grande filósofo não escreveu, ele próprio, os seus pensamentos, antes preferindo divulgá-los através do discurso directo, profundo e cortante, em vários fóruns públicos, dirigidos não só à elite dominante como directamente ao Povo. Disso se encarregaram os seus seguidores e igualmente reconhecidos filósofos da Antiguidade, como Platão e Xenofonte;
A outra figura, que se aceita aludir a Hipócrates também pode representar o próprio Esculápio(a), apresentado pela civilização Grega, como filho do deus Apolo e o primeiro investigador e com capacidades para curar as doenças do Homem. Dado que Hipócrates lhe seguiu as pisadas e iniciou, com grande reconhecimento, uma escola no âmbito do estudo das doenças e das curas, é natural que o seu nome e obra tenha ficado para a posteridade como uma referência incontornável, o que de facto aconteceu.
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Texto correspondente à versão popular/vernacular
Esta farmácia, actualmente desactivada, foi a primeira a ser instalada em Leiria. A sua fundação remonta aos finais do séc. XIX e a sua história confunde-se com a história da família Paiva. Constitui, sem dúvida, um dos emblemas mais carismáticos da cidade de Leiria.
A sua fachada é de grande beleza artística e revestida a azulejos "viúva lamego" como já é consensual entre os estudiosos da matéria. Este tema já foi tratado neste blogue noutras oportunidades pelo que tenho que me abster de voltar ao assunto na generalidade(*). No entanto não se deve deixar de referir um aspecto que poderá ser de interesse para quem, como eu, gostaria de precisar a razão de se aludir a "Galeno" na placa informativa colocada no início da escadaria de acesso ao Adro da Sé, tal como se mostra na entrada anterior (ampliando-se, lê-se o texto com nitidez). A própria família, do ramo de Adolfo de Sampaio Telles e Paiva - filho de Jozé de Paiva Cardoso (sepultado no jazigo-capela «nº 58T4» do cemitério de Santo António do Carrascal), de quem herdou a pharmácia Paiva - último boticário da família, devidamente diplomado (pode-se ver o Diploma no livro (*)), não reconhece na fachada a razão da referência à figura de Galeno. Tem sido ponto assente que a figura com um manuscrito em que se reconhece de forma destacada a palavra "Sócrates", é o próprio filósofo Grego. Assim sendo, quando muito poder-se-ia tolerar que se optasse ou por Hipócrates ou por Galeno para identificar a outra figura. De qualquer modo, pelo conjunto da figura, penso que não haverá qualquer dúvida em o identificar como Hipócrates, unânimemente aceite como o pai da Medicina.
Entretanto, estou a envidar esforços no sentido de indagar das razões oficialmente invocadas para se inscrever essa alusão na placa explicativa que está no Largo da Sé.
As figurações da fachada em análise são, de há muito e em muitos escritos sobre a matéria, alusivas a Sócrates e a Hipócrates.
Assim sendo seria de toda a urgência que se tornasse mais explícito o texto da placa que tem estado na origem desta contestação. Seria importante que as entidades mais responsáveis (Câmara Municipal, Junta de Freguesia e até a própria Região de Turismo) se debruçassem sobre este assunto, para que os turistas que visitam Leiria e a população em geral, pudessem ser informados duma forma o mais fidedigna possível.
... (agradecem-se contributos para o cabal esclarecimento deste tema...)
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(*) Ver "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, uma Época, uma Cidade" - Ed. Folheto - 2004
António Nunes e Zaida Paiva Nunes
(**) Também se pode ler o livro – “ALERTA, LEIRIA” , Edição do Agrupamento Nº 127 do CNE - Sé de Leiria. Pode ser consultado na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira.
(a) Segundo as informações que nos chegam dos tempos da Antiguidade, Esculápio era representado como um homem sério e apoiado num bastão no qual se enrolava uma serpente. Estes símbolos passaram a representar toda a escola hipocrática e, ainda hoje, são de uso corrente.

Largo da Sé de Leiria


(clic para ampliar)
Legenda, de cima para baixo, da esquerda para a direita:
1) Memorial da Sé de Leiria e das suas envolvências;
2) Pormenor da parede lateral Sul;
3) Chão do lado Sul do Adro da Sé; repare-se nos frutos de árvore "melia azedarach" que estão a cair nesta altura (os da floração do ano passado);
4) Mais um aspecto da parede Sul da Sé.
Pormenores da fachada da Pharmácia Leonardo Paiva podem observar-se na entrada imediatamente a seguir.
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2007/05/18

Nostalgia matinal



Legenda, de cima para baixo:
A) Hoje, logo pela manhã, veio-me a nostalgia do passado. Nesta Escola, a Domingos Sequeira, em Leiria, sob o olhar histórico do Castelo, comecei eu a dar aulas, 6º grupo de então (Economia, Direito Civil e Comercial, Contabilidade, Cálculo, Aritmética e Geometria, Noções de Comércio, etc.), estávamos em 1966. Lá trabalhei de 1966 a 1968, ano em que me obrigaram a ir para a tropa. Mais tarde, em 1985/6, voltei para dar umas aulas de informática à rapaziada do 12º ano. Só no final do ano lectivo é que chegaram os primeiros PC´s. Estávamos todos a aprender...
B) A Snra. da portaria (tenho que lhe voltar a perguntar do nome mas fiquei a saber que é pessoa muito dinâmica e compenetrada do seu ofício) veio logo perguntar-me o que é que estava a fofografar, eu quase que me irritava, afinal démo-nos muito bem. Identifiquei-me e, depois de pedir autorização ao Snr. Engº Director da Escola, entrei e tirei umas fotos a algumas das árvores plantadas no interior das instalações. Esta senhora pareceu-me ser muito conhecedora das espécies arbóreas da Escola. Só para aguçar a curiosidade apresento-vos um pormenor dum eucalipto (atenção que não é o da foto A)), de espécie rara (tenho que indagar qual é a sua classificação). Outras árvores que fotografei: Um Piruliteiro (?), amoreiras com amoras prontas a comer e tudo e outras.
C1) Com a conversa e o entusiasmo esqueci-me completamente que tinha o carro mal estacionado. Resultado: acabei na esquadra da polícia, ali a 200m, a caminho do Castelo, a pagar uma multa. Nem piei!...
C2) Do alto do parque da esquadra, instalada nas antigas instalações do RAL4, mesmo ao lado da Igreja de S. Pedro, a dois passos da entrada do Castelo de Leiria tirei esta foto. Representa a zona do Largo da Sé, vendo-se, para além da Sé catedral de Leiria, outros edifícios envolventes do Largo da Sé, alguns em ruínas, a requerer intervenção urgente. A casa com frontaria de azulejos azuis é da minha família (há várias opiniões classificando-os como "viúva lamego", corroboradas pelo actual (2004) administrador da empresa, com sede em Lisboa junto ao Carmo, em conversa então havida comigo próprio na altura dos trabalhos tendo em vista a publicação do livro, "José Teles de Almeida Paiva-Uma Vida, uma Época, Uma Cidade", que me garantiu que eram muitas as probabilidades de assim ser).
D) O arco anexo à Torre Sineira da Sé (afastada da própria Sé, coisa não comum) que dá acesso à porta de entrada no Castelo, um pouco mais acima. Vinha eu já de regresso da esquadra depois de pagar a antedita multa.
(Esta foto não coube neste post. De modo que para a ver pode-se consultar o post anterior).
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2007/04/03

Largo da Sé em Leiria - 1974-2007

Venho do "dentro de ti ó leiria" onde acabei de dar entrada duma nota sobre o que era o Largo da Sé em 1974. A fotografia que lá postei é da minha autoria, tirada com a minha velhina Kodak Retina S1 (de 1966) e pretende ser uma referência para se comparar com o que é hoje o mesmo sítio. A minha maior zanga, já remonta ao ano de 2000 e tem a ver com o abate injustificado e brutal das árvores que ornamentavam aquele local. Ainda hoje não me conformo com a arbitrariedade que foi cometida na altura.
Senão veja-se:

Não me vou repetir. A reportagem, o mais sintética que me foi possível, sobre este massacre, está publicada no supradito blogue. Só poderei acrescentar que, na altura, este assunto foi para a imprensa regional, mas contra a força das "autoridades" parece não existirem argumentos!
Toda esta brutalidade para que o Largo ficasse assim:

Modernices, ensaiar o moderno, embrulhando o património cultural duma cidade e que remonta a datas longínquas, em papel atraente mas que dificilmente é compatível com o seu significado histórico incontornável, não me parece constituir uma boa solução. Talvez que se possa mostrar com um desenho bonito à vista actual. Mas, e o ambiente histórico e cultural da época, numa zona carismática do Centro Histórico de Leiria, não conta para nada?
Seguindo esta lógica porque não ir ao castelo de Leiria, arrancar todo o empedrado do tempo em que se andava a cavalo e a pé, quando muito de carroça e substituí-lo por pedrinhas de calcário a fazer desenhos bonitos no chão?