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2022/11/13

As minhas crónicas no mensário "Notícias de Colmeias", Jesus Cristo e Carlos Lopes Pires...

Nota: 

Sou frequentador de Blogs desde os primórdios do seu aparecimento. Comecei a aparecer na própria www nos anos 80. Fiz variadíssimas experiências a construir as minhas próprias páginas web com o uso directo da linguagem html. Numa fase incipiente, só porque recebi algumas dicas do meu filho, que é Engº de Informática.

Há dias, encontrei nos arquivos digitais a minha crónica para o "Notícias de Colmeias" de Março de 2021. 

...

(por exemplo)

«JESUS CRISTO

(Parte II)

 Prezados leitores

 Antes de começar a escrever a II parte da crónica que comecei no mês passado quero aproveitar este ensejo para transcrever o seguinte poema de Carlos Lopes Pires: 

hoje encontrei Deus
pousado na nossa nespereira
 
ele não faz milagres
ou coisas difíceis de acontecer
 
ele não ordena chuva
e chove
 
nem que as árvores tenham sombra
ou que a luz brilhe na água
 
por vezes
encho o meu coração
de mais e mais ignorância
 
e vou então junto dele
e digo-lhe baixinho ao ouvido
 
sei que és tu

(*)

A poesia de Carlos Lopes Pires é qualquer coisa de transcendental para o comum dos mortais. Consegue transportar-nos para o mundo em que estamos inseridos e levar-nos a pensar no quão maravilhoso é o facto de estarmos vivos, ao mesmo tempo que, indelevelmente, nos confronta com o facto de nós sermos uma parte do universo mutável no tempo que nós não controlamos. Fazemos parte dum mundo em movimento constante e regido por regras ditadas pelo próprio universo. Por Deus…

(mas que nós, enquanto seres vivos e dependentes da nossa capacidade de pensar  e interagir com todos os elementos que nos acompanham nesta aventura universal, temos que ser capazes de aprender a usar os dons que nos são inerentes e que, numa primeira fase, só instintivamente, os conseguimos valorizar.)

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 Voltemos ao tema que vos propus. Falar de Jesus Cristo e do significado e consequências da sua missão na Terra no sentido duma ligação com Deus.

Se tentarmos ser racionais seremos confrontados inapelavelmente com muitas perplexidades. Mas a História é aquilo que os homens deixaram registado com todos os vestígios que vamos encontrando e que vamos interpretando segundo a lógica do nosso pensamento em cada momento.

... »

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Era isto.

...

2020/12/25

Jesus Cristo

Hoje é dia de Natal 2020. Um ano cheio de incertezas e algumas amarguras, pela vida atípica que estamos a ser induzidos a levar. Por medo?! Por espírito comunitário, porque estamos a perceber que do mal o menos, temos que fazer sacrifícios em nome da nossa sobrevivência como seres humanos face a um vírus que nos está a afectar o sistema imunitário?!

Pelas duas razões, certamente. 

Há dias comprei o livro "A História de Jesus para pessoas com pressa", de Anthony le Donne, ed. Presença, 2020, ainda que já seja de 2018, a sua edição original: "Jesus: A Biginner´s Guide".

O autor, professor Le Donne (como é referenciado na contracapa deste livro) "situa Jesus no contexto da vida judaica do século I, explorando a sua condição de «Filho de Deus» entre os primeiros cristãos. O autor faz uma digressão pela arte medieval europeia, pelas histórias revisionistas, pelos memes contemporâneos da Internet, comparando as várias conceções culturais de Jesus no pensamento do Iluminismo e do pós-Iluminismo. Este livro dinâmico e acessível explora o impacto de uma das figuras mais amplamente retratadas na história humana.» 

Nem sei bem porque é que me decidi a fazer esta compra. A verdade é que a informação sobre Jesus está tão presente que até acabamos por julgar que não há nada mais a aprender/recordar para além daquilo que os nossos pais e avós nos transmitiram, que a igreja nos catequisou enquanto éramos crianças e mesmo já na adolescência e pelo que está escrito nos vários Testamentos da Bíblia.

Ora, acontece que nestes meus últimos anos de duração provável da minha vida, tenho-me debruçado, embora tardiamente, com mais insistência, no reforço de conceitos filosóficos e particularmente na área da Metafísica. A verdade é que, quando nos preocupamos em tentar perceber com mais profundidade a origem e natureza das coisas...

(.... em edição ... )

Talvez porque já esteja em idade de pensar que não me posso dar ao luxo de gastar muito tempo com o disperso. Houve tempo em que - como se pode constatar num relance por este blogue, desde a data da sua fundação - me esforçava por ir até aos pormenores dos fragmentos que ia descobrindo e estudava e falava com as pessoas entendidas nas matérias. O entusiasmo da partilha da informação e do conhecimento era muito. Hoje esse entusiasmo está a esmorecer um pouco. Talvez muito, talvez demasiado, poderei dizer. 

Voltando ao livro.

Fiquei encantado com esta passagem: 

"O Evangelho de João arranca de forma poética com a ideia de Logos (palavra grega que é por vezes traduzida como Palavra ou Sabedoria). Jesus, enquanto Logos, é retratado como uma vontade divina que existiu no próprio início dos tempos. Eis o início de João:

No princípio era a Palavra [Logos] e a Palavra estava com Deus e a Palavra era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas vieram a ser por seu intermédio e, sem ele, nenhuma coisa veio a ser. Aquilo que começou a ser nele foi a vida, e a vida era a luz de todas as pessoas. A luz brilha nas trevas e as trevas não triunfaram sobre ela. (João 1:1-5)".

Há que ter em conta que há vários Evangelhos, que são os Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e o Evangelho de João.  Sinótico significa «visto em conjunto» ou «que oferece uma perspectiva geral».
´Os quatro evangelhos citam, aludem e dão ecos da escritura hebraica. Nos quatro evangelhos, Jesus granjeia um séquito de discípulos, é traído por um deles, é condenado à morte por Pôncio Pilatos, é crucificado e ressuscita.`
No século II Taciano de Adiabene conseguiu ter acesso a cópias dos quatro evangelhos, comparou-os e criou uma história de Jesus harmonizando as narrativas de Mateus, Marcos, Lucas e João que ficou conhecida para a posteridade como o Diatessarão. (em grego significa «composto por quatro»). Julga-se que tudo isto terá acontecido na Síria, por volta de 170 d.C. A tradição deste evangelho quaternário acabou por ser incluída no cânone cristão.

Com o decorrer dos tempos, e fazendo valer o seu poder, a «Igreja Católica» acabou por desconsiderar o Diatessarão 

A partir do século II a história contada de Jesus dá origem ao cristianismo. Apesar das macabras perseguições de Roma aos cristãos, até ao século IV, eis que Constantino adota o cristianismo que se torna a religião oficial do Império de Roma.
Depois de muito debate os líderes cristão chegam a um acordo formal para definir a infraestrutura e um poder religioso e reivindicam a sucessão e ortodoxia apostólica.

... em edição 01-01-2021 18:18 ... (ref p 125)
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14-02-2021
Afinal acabei por avançar para a publicação duma crónica em duas partes no Notícias de Colmeias.


2007/12/23

Preparativos para o Natal


A Lua já vai alta. Mas os dias também são pequeninos. Talvez para se associarem ao Nascimento do Menino, a que Maria e José deram o nome de Jesus. Jesus Cristo nasceu na Palestina, que naquela época era uma província romana. Augusto era o imperador romano que então reinava, o que aconteceu de 31 a.C. até 14 d.C.

Depois de acabados os trabalhos de construção do presépio com as imagens de barro que já vinham do tempo de criança da avó Zaida, o Guilherme e a Mafalda aproveitaram para recolher o máximo de Luz e deixar aqui, para TODOS, com os avós, Zaida e António, a fazerem coro, os Melhores VOTOS DE BOM NATAL e de FELICIDADE para o FUTURO.

Posted by Picasa

2006/08/04

II – O Judaísmo e a Palestina

A zona do Médio Oriente que com o decorrer dos séculos passou a chamar-se Palestina, foi, no princípio do segundo milénio antes de Cristo habitada por diversas etnias sedentárias designadas por cananeus. Mais a Norte, na Mesopotâmia (actual Iraque), na Síria e no Líbano, viviam, entretanto, povos semitas de variadas origens (Arameus, Amoritas, Caldeus).
No séc. XV a.C. tribos aramaicas instalam-se na região de Canaã (a Palestina) e dão vida à cidade que hoje se chama Naplusa. Esses povos passam a designar-se por “Ibrim(1).
Segundo narra a Bíblia (capítulo XII do Génesis) este acontecimento está directamente relacionado com o aparecimento de Abraão, vindo da cidade de Ur.
Muitos destes Hebreus prosseguem na caminhada até ao Egipto onde se sedentarizam em terras oferecidas pelos faraós e onde se cruzam com outros povos.
Por volta do ano de 1250 a.C. uma nova dinastia sobe ao poder no Egipto que acaba por reduzir os Hebreus à escravidão até que, no séc. XI a.C., dirigidos por Moisés, os Hebreus conseguem evadir-se, atravessam o Sinai, sobem os montes Moabe, na Transjordânia (actual Jordânia). Segundo a Bíblia, é desta época a revelação divina, através da qual se firma uma aliança entre Deus, o Único, Jeová, e o seu povo eleito, os Hebreus. Moisés, ainda segundo a Bíblia, recebe a tábua dos Dez Mandamentos, directamente de Jeová.
A partir daqui os Hebreus tomam Canaã, depois de destruírem Jericó, sob o comando de Josué. Para o efeito tiveram de franquear o rio Jordão.
Por volta de 1.200 a.C. chegam à Palestina os Filisteus (2), que se cruzaram com a gente de Canaã, por sua vez já uma mistura de povos completamente mestiçada com os Hebreus, e organizam numa confederação de Povos para entrar em disputa com os Hebreus vindos do Egipto.
Depois de muitas lutas, David, considerado o primeiro Rei dos Hebreus (1066-996 a.C.), vence os Filisteus e impôs um império hebreu que se estendia do Eufrates ao Nilo (3). No seu reinado foi tomada a cidade de Jebus (dos Jebuseus), que passou a ser designada por Jerusalém e a ser a capital dos Hebreus.
Salomão, filho de David, que lhe sucedeu como rei dos Hebreus, transformou Jerusalém na metrópole religiosa do Judaísmo (4)
Após a morte de Salomão há uma cisão entre as tribos deste enorme reino dos Hebreus que se cinde em dois: Judá e Benjamim que constituem o reino de Judá, que detém o poder sobre Jerusalém; as tribos de ISRAEL que formam o reino de Samária, entre 926 a 722 a.C. com a capital política em Sicheme (actual Naplusa).
As tribos de Israel lutam ferozmente entre si e acabam por ser deportadas para a Babilónia, depois de os Assírios e os Babilónios os atacarem e submeterem.(5)
O reino de Judá teve uma duração de 925 a 587 a.C. mas teve o mesmo destino que os de Israel, depois de duas revoltas a segunda das quais é esmagada por Nabucodonosor e durante a qual mandou arrasar o templo de Jerusalém.(6)
Depois dos Persas terem conquistado a Babilónia, em 539 a.C. o rei Ciro liberta os judeus e estes reentram na Palestina. O templo é reconstruído a suas expensas.
Depois de todas estas vicissitudes, o povo Hebreu, começa a afrontar-se por três tendências: integração, assimilação e racismo teocrático(7).
No decorrer dos 3 séculos imediatamente antecedentes a Cristo os Judeus conseguiram reconstituir praticamente todo o antigo império de David e houve inúmeros povos da zona que se converteram ao Judaísmo.
Os Romanos invadem a Palestina em 63 a.C. e ocupam Jerusalém. O célebre Herodes o Grande é quem reina no tempo em que surge Jesus.
Jesus é, então, identificado como “um certo palestiniano de fé judaica”.
Segundo algumas opiniões, só em 49 d.C. é que surgiu definitivamente o princípio da segunda religião monoteísta do Mundo: o Cristianismo. A partir duma cisão do Judaísmo.
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(1) Os que vêm da outra margem do rio já que eles transpuseram o Eufrates para se instalarem em Canaã. Do termo “ibrim” acabou por resultar no nome “HEBREUS”.
(2) Povos vindos de Creta e que fundaram as cidades de Gaza, Ascalon, Ecron e Gad ( a Pentápole). Formaram uma confederação com outros povos vindos das Ilhas do Mar Egeu a que se passou a chamar “a liga do mar”.
(3) Esta razão histórica fundamentou a teoria dos sionistas judeus que, a partir do séc. XIX, começaram a reivindicar um Estado que abrangesse toda aquela área.
(4) A primeira religião monoteísta do Mundo.
(5) Os babilónios povoaram então a Samária (reino de Israel), e mestiçaram-se com os hebreus. Estes povos, os Samaritanos, ainda têm descendentes a viver em Naplusa.
(6) O Antigo Testamento foi escrito no decorrer deste exílio.
(7) É nesta altura que se destacam dois sacerdotes que escrevem as chamadas “Crónicas”. São eles Esdras e Nehemias. É nessa data que é formulada a “Lei” que até hoje regula a vida dos judeus e do Estado de Israel: interdição do casamento misto, vida quotidiana pautada pela Lei, que os judeus são obrigados a conhecer, interpretar, explicar. Estes livros integram a “Bíblia2000” – publicações Alfa.
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(continua)