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2014/06/30

O snr. Manuel da Gertrudes e o Concelho de Alcanena irmanados no mesmo Centenário




In contracapa do 1º livro do snr. Manuel, VERSOS MEUS , ed. Gama, 2007:

«Manuel António Ferreira da Gertrudes nasceu em Julho de 1914 na freguesia de Bugalhos. Filho de António Rodrigues da Gertrudes e Maria da Conceição Ferreira.
Terminada a quarta classe, ingressou no seminário de Santarém, não tendo concluído o seu curso por motivo de doença grave. Leccionou no ensino primário, onde trabalhou com crianças e adultos e como prova do seu desempenho foi-lhe atribuído um prémio pelo Ministério da Educação.
Casou aos vinte e quatro anos, e teve três filhas, neste momento só uma se encontra viva. Era esta filha muito jovem quando foi atacado por uma tuberculose. Decorreram cinco anos até se curar totalmente. Por esse motivo deixou de leccionar.
Trabalhou na Comissão Reguladora do Comércio Local de Alcanena, onde se manteve até à sua extinção. Seguidamente trabalhou na Caixa de Crédito Agrícola da mesma vila, onde parmaneceu dezassete anos. Trabalhou ainda numa empresa metalo-mecânica durante dezoito anos. Como não tem paciência para estar parado, dedicou-se à horticultura, actividade que ainda hoje exerce.

Herculano Gonçalves

2014/06/02

Um Centenário no Centenário do Concelho de Alcanena





Como já em diversas oportunidades aqui deixei referido, faço parte integrante do Grupo de Poesia e Cultura da Biblioteca Municipal de Alcanena. Já lá vão uns quantos anos, cinco, mais precisamente. Fui, mesmo agora confirmar, revendo o Álbum-livro que a Zaida, com a minha ajuda, editámos, em 2013, por alturas do 10º aniversário do início de atividade desse grupo. 
"Não somos desta bonita vila de Alcanena. Mas em 2009 fomos aceites (o nosso grupo de Leiria - Luísa e Joaquim Soares Duarte, Zaida e António Nunes) como participantes nos "Encontros de Poesia e Cultura"."

A verdade é que sentimos que muito temos aprendido com todos os laços de amizade que entretanto se firmaram e que são maravilhosos.

A razão porque estou, agora, a dar relevo a um desses companheiros de Tertúlia e amizade, prende-se muito singelamente com a coincidência de em 2014 o Snr. Manuel (nas fotos, de seu nome completo, Manuel António Ferreira Gertrudes, comemorar, como esperamos, 100 anos de vida, precisamente no ano do Centenário do Concelho de Alcanena.  Estamos a preparar-nos para comemorar os seus 100 anos de vida, no dia 11 de Julho próximo, data em que está previsto que o próprio homenageado, nos proporcione o lançamento dum seu livro. Fantástica a sua lucidez e fantástica a sua capacidade como poeta, sempre ao seu estilo saudosista, naturalista e romântico.

Para além destas fotografias, vou tentar editar um vídeo sobre este meu/nosso companheiro de tão proveta idade.

Até ao Centenário, amigo e sr. Manuel!...
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Tinha o snr. Manuel 97 anos...
http://dispersamente.blogspot.pt/2011/09/idade-da-poesia.html

2014/03/31

Poetrix - poema com um máximo de trinta sílabas métricas, distribuídas em apenas uma estrofe, com três versos (terceto) e título

No Edifício Equuslopis - Golegã
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No passado dia 29 de Março de 2014 teve lugar no auditório deste empreendimento (da responsabilidade da Câmara Municipal da Golegã?) uma sessão aberta ao público, intitulada:

501 Poetrix
PARA LER ANTES DO AMANHECER 

O Grupo de Poesia e Cultura da Biblioteca de Alcanena fez-se presente, em força. Ou não tivéssemos no nosso seio  uma (pelo menos) amante acérrima deste estilo poético, Lúcia Perdigão.
Neste setor podem ver-se alguns dos elementos do Grupo de Alcanena. Aqui se pode ver a D. Lúcia Perdigão (de casaco laranja), uma incondicional seguidora do movimento Poetrix. A sua influência no Grupo de Alcanena talvez venha a dar os seus frutos... 
 A mesa da sessão, vendo-se à esquerda o "Duo Outrora" (Rafael Umbelino, Adolfo Mendes) acompanhados no canto por Ana Paula. Ou seja, estivemos na presença do "Grupo de Cantares d´Outrora). Fiz alguns vídeos...
 Dr. Anthero Monteiro (poeta e poetrix), convidado e dinamizador da sessão. A falar das diferenças entre Haiku e Poetrix. (cabe aqui um ligeiro parêntesis para referir que Zaida Nunes (Grupo de Poetas da Biblioteca Municipal de Alcanena) talvez tenha sido quem, pela primeira vez, abordou e já escreveu alguns ensaios poéticos em Haiku.
Pode ver-se Zaida Nunes, Salvador Garcia Lax, snr. Gouveia (de boina) e Carlos, na fila do lado esquerdo.
Um aspeto da sala. Alunos do GAP (alunos do Agrupamento de Escolas da Golegã), orientados pelos seus professores, preparam-se para ler poemas em Poetrix com acompanhamento musical pelo Duo Outrora.
 Carlos e Óscar Martins 
 Prof. Martinho Branco do GAP, grande ativista do MIP (Movimento Independente do Poetrix). Nos agradecimentos aos participantes referiu-se duma forma particular e elogiosa, ao Grupo de Alcanena e ao seu mentor, Dr. Óscar Martins.
 Um poema Poetrix a ser dito pelo autor. Anthero Monteiro tem um livro publicado.
Parte do Grupo de Alcanena, já no regresso. A Câmara Municipal de Alcanena disponibilizou duas carrinhas para a deslocação e participação neste evento. Eu próprio li um poema Poetrix...
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2014/03/04

Crónicas dispersas (noutro blogue) sobre Alcanena e o Grupo de Poesia e Cultura da sua Biblioteca Municipal

Em vésperas do Centenário da Fundação do Concelho de Alcanena: 8 de Maio de 2014.


http://caminhosentrelacados.blogspot.pt/search/label/encontros%20de%20poetas

Seguindo este link podem consultar-se as várias reportagens que eu escrevi em anos passados... noutro dos meus blogues.




Para que conste destas minhas memórias sobre Alcanena e os meus companheiros do Grupo de poesia e Cultura da sua Biblioteca Municipal.

Encontro de Poesia e Cultura na Biblioteca Municipal de Alcanena em 23 de Fevereiro de 2014

 Um aspeto da sala da Biblioteca Municipal de Alcanena com o Grupo de Poesia e Cultura reunido... ia-se falar de Pompeu Miguel Martins.
 O Diretor da Biblioteca Municipal de Alcanena, Óscar Martins, ladeado por Lúcia Perdigão e Vicente Batalha.
 Em 1º plano, Perpétua Frazão, que vai expor pintura sua, inauguração no dia 9 de Março de 2014, 16 horas, na Galeria Maria Lucília Moita (Casa da Cultura - Alcanena).

 Vicente Batalha, coordenador das comemorações do Centenário do Concelho de Alcanena (fundado em 8 de Maio de 1904).






 Salvador Garcia Lax, Zaida Nunes ...

2014/01/26

Salvador Garcia Lax, "embaixador" de Múrcia (universidade - Filosofia, editor freelancer, etc etc), professor




Em mais uma sessão de poesia na Biblioteca Municipal de Alcanena no próximo passado dia 25 de Janeiro de 2014.
Abordou-se Agostinho da Silva na sua faceta poética.

Por feliz acaso, o Salvador é professor associado (é este o termo?) em Portugal, com funções subsidiadas pela União Europeia e está em Portugal - Fátima a dar lições em Espanhol, em associação com o Colégio de S. Miguel.
Trocámos livros com dedicatórias, por intermédio da Inês (minha filha) e lá fomos até Soutocico (ante-ontem) e a Alcanena. As pessoas participantes nestas duas tertúlias ficaram encantadas com a sua maneira peculiar de abordar a poesia, filosofia, etc.  Uma ótima oportunidade de intercâmbio de ideias pluridisciplinares e experiência de vida literária e artística.

Estou a aguardar que o Salvador (30 anos) me disponibilize mais material para aqui deixar à vossa apreciação/consideração.

Para o mês que vem haverá mais. 
A próxima poderá ser no Sarau Literário das Cortes...

2013/12/04

Grupo de poesia e cultura da Biblioteca Municipal de Alcanena: Alfredo Keil

O Dr. Ócar Martins a coordenar mais uma sessão literária do grupo de poetas populares de Alcanena.
O autor a tratar no decorrer desta sessão era o compositor e poeta Alfredo Keil.
O livro de sua autoria, que serviu de base aos trabalhos, intitula-se "Tojos e Rosmaninhos", com uma 1ª edição em 1907. A Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere promoveu a sua reedição em 1990, cuja capa (uma cópia do original) se mostra a seguir. Quem tinha de sua posse este livro, muito raro, era o nosso amigo e companheiro, Vitor.

Conforme já tive ocasião de deixar nota, no "Facebook

Neste livro de 1907 (1ª edição), Alfredo Keil mostra-nos a sua verve poética, pintor romântico e naturalista e compositor musical. De notar que a "A Portuguesa" foi composta em 1891 como manifestação da ira nacional ao Ultimato Inglês. E por aqui nos ficámos. Propúnhamo-nos marchar contra os Bretões ... os canhões vieram nos anos 50! Mas que temos um hino empolgante lá isso é verdade!

Alfredo Keil compôs a música de "A Portuguesa" mas não o poema. 

 O snr. Manuel, com a proveta idade de quase/quase 100 anos, que os fará precisamente no dia do 100º aniversário do concelho de Alcanena. Ao seu lado o snr. Gouveia, grande poeta, com obra publicada, experiência de vida pelas sete partidas do mundo, há cerca de ano e meio incapacitado para falar e escrever inteligivelmente. Também se pode vislumbrar a silhueta de Maria João.
Os snrs. Manuel e Gouveia. O snr. Manuel, muito duro de ouvido, devido à sua avançada idade, a ler um poema de Alfredo Keil.

O livro de poemas de Rúben Marques, 17 anos, recentemente lançado.

 Rúben Marques, o elemento mais novo, presente.
O snr. Alfredo (outro que não Keil, claro...) e o Rúben.

2013/10/25

Sebastião da Gama: VERSOS AO MAR



VERSOS AO MAR

Ai!,
o berço da tua voz,
e esse jeito de mão que tens nas ondas,
Mar!

Quando eu cair exausto
sobre as conchas da praia e fique ali
doente e sem ninguém,
hás-de ser tu quem me trate,
quero que sejas tu a minha Mãe.

Há-de embalar-me a tua voz de berço,
pra que a febre me deixe sossegar,
e hás-de passar, ó Mar!
pelo meu corpo em chaga,
as tuas mãos piedosas comovidas,
pra que sintas por mim as minhas dores
e eu sinta só o bálsamo nas feridas.

Como se fosses tu a minha Mãe…
Como se fosses tu a minha Noiva…

E hás-de contar-me histórias velhas
de Marinheiros…
Histórias de Sereias e de Luas
que se perderam por ti…
E se a Morte vier há-de quedar,
toda encantada, a ouvir-te,
e, sem ânimo já me há-de quedar,
Toda encantada, a ouvir-te,
E, sem ânimo já de me levar,
sorrindo, voltará por seu caminho
(não na sentimos vir, nem ir, tão de mansinho
se passou tudo, Mar!),
voltará de mansinho,
pé ante pé, pra não nos perturbar,

      mas saudosa da tua voz de berço…

Sebastião da Gama
SERRA-MÃE
Ed. Ática, 1991
p. 34
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Ler sobre Sebastião da Gama, aqui

@as-nunes

2013/09/29

Biblioteca Municipal de Alcanena: 11º Aniversário

28 de Setembro de 2013: 11º aniversário da Biblioteca Municipal de Alcanena. Juntaram-se, por feliz coincidência, dois eventos numa sessão de Poesia e Cultura. O Dr. Óscar Martins a abrir a sessão de poesia com Hélia Correia.
 Um aspeto da assistência, também participantes ativos.
 Outro aspeto dos participantes.
 Bolo de Aniversário e uma tarte de maçã feito a primor pela Zaida. As maçãs que foram utilizadas na confeção são do nosso jardim/quintal na Barreira - Leiria.
Óscar Martins a preparar o ambiente para se cantar "Parabéns a Você" em companhia da Luísa Soares Duarte ao telefone, por causa dos problemas de saúde do marido e nosso companheiro, ausente/presente...

Também se voltou a falar de Acácio de Paiva e do livro "Falando de Acácio de Paiva"... 
(Afinal em Estremoz também há uma rua com o seu nome)

Um abraço, Soares Duarte!... 
@as-nunes

2013/09/27

Desfeita em pó a estátua



A terceira miséria é esta, a de hoje.
A de quem já não ouve nem pergunta.
A de quem não recorda. E, ao contrário
Do orgulhoso Péricles, se torna
Num entre os mais, num entre os que se entregam,
Nos que vão misturar-se como um líquido
Num líquido maior, perdida a forma,
Desfeita em pó a estátua.

Hélia Correia
A Terceira Miséria
Relógio d´Água, 2012
poema 23. (p. 29)
-
Próximo Sábado, na Biblioteca Municipal de Alcanena (15 horas)

@as-nunes

2013/09/23

Hélia Correia: Sábado na biblioteca de Alcanena




  • Hélia Correia

  • Hélia Correia, é uma escritora portuguesa. É licenciada em Filologia Românica, tendo feito também um curso de Pós-graduação em Teatro Clássico. Além de se ter dedicado à escrita, também fez diversas traduções. Wikipédia
    Nascimento1949, Lisboa

  • 7.

    Nós, os ateus, nós, os monoteístas,
    Nós, os que reduzimos a beleza
    A pequenas tarefas, nós, os pobres
    Adornados, os pobres confortáveis,
    Os que a si mesmos se vigarizavam
    Olhando para cima, para as torres,
    Supondo que as podiam habitar,
    Glória das águias que nem águias tem,
    Sofremos, sim, de idêntica indigência,
    Da ruína da Grécia.


    Hélia Correia
    A Terceira Miséria
    Relógio d´Água, 2012
    p. 13

    @as-nunes

    2013/05/27

    retrato à pena de uma mulher sentada


    desenho de jorge pinheiro

    na minha mesa está pousado este
    retrato à pena de uma mulher sentada.
    a sua face rural e melancólica
    debruça-se equânime como a fitar por dentro

    as figuras de sombra no côncavo das vagas,
    ou, citereia de trazer por casa,
    sabe de mim, medita intimamente
    as coisas certas sobre o meu trabalho.

    não pergunto do olhar, nem do sorriso, nem da
    serenidade. sei que é tudo inferior e devaneia
    por artes da memória e de sibila, fixando uma ou outra
    passagem dos sonhos e do indizível,

    junto à janela quando escuta
    as ressonâncias que chegam justamente ao
    tampo da mesa e entram ou não entram
    inquietas no papel.

    Vasco Graça Moura
    50 anos de atividade literária
    (Não ao NAO, diz
    Sim, mas, digo eu...)

    @as-nunes

    2013/02/22

    Árvores em poesia

    Indo pela EN 356-2 ... neste mês de Fevereiro ...

    POEMA DAS ÁRVORES

    As árvores crescem a sós. E a sós florescem.

    Começam por ser nada. Pouco a pouco
    se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.

    Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
    e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.

    Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
    e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
    e os frutos dão sementes,
    e as sementes preparam novas árvores.

    E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
    Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
    Sós.
    De dia e de  noite.
    Sempre sós.

    Os animais são outra coisa.
    Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
    fazem amor e ódio, e vão à vida
    como se nada fosse.

    As árvores, não.
    Solitárias, as árvores,
    exauram terra e sol silenciosamente.
    Não pensam, não suspiram, não se queixam.

    Estendem os braços como se implorassem;
    com o vento soltam ais como se suspirassem;
    e gemem, mas a queixa não é sua.

    Sós, sempre sós.
    Nas planícies, nos montes, nas florestas,
    a crescer e a florir sem consciência.

    Virtude vegetal viver a sós
    e entretanto dar flores.

    António Gedeão
    Obra Completa
    Relógio d´Água Editores, 2004

    (Amanhã é dia de encontro de poetas
    na biblioteca municipal de Alcanena.
    Vai-se dizer o que se entender sobre
    Rómulo Carvalho)

    nota: EN 356-2; estrada que liga Leiria a Fátima, por Reguengo do Fétal
    @as-nunes

    2012/11/26

    Biblioteca Municipal de Alcanena - 10 anos

     

    Zaida Paiva Nunes a oferecer ao Diretor da Biblioteca, Dr. Óscar Martins, um Livro/Álbum com 49 páginas, composto por texto e fotografias por si selecionadas, relativo ao período de 2010 a 2012. 

    " CORTAR O TEMPO"
    Apresentação, seleção e arranjo gráfico: Zaida Nunes
    Fotografia e tratamento de imagem: António Almeida Nunes
     
     
     
     

    Carlos L. Fonseca (recém chegado ao grupo)
    Diz que lhe chamam poeta. Ouvi a sua poesia dita por Soares Duarte. Fomos unânimes em concordar. Temos poeta!
    Ver livro a lançar sexta-feira em Alpiarça. Eu já o tenho.
    Recém chegada ao grupo; com trabalhos literários muito ligados a Cabo Verde e a Alcanena e ao Ribatejo 

    Na senda das comemorações do 10º aniversário da criação da biblioteca municipal de Alcanena, o grupo de poetas que ali se reúne mensalmente, desde o ano de 2003, por iniciativa do seu coordenador, Dr. Óscar Martins, decidiu que este aniversário seria um bom pretexto para se fazer um balanço do que tem sido esta estreita e profícua colaboração entre a biblioteca, a câmara municipal e um grupo de pessoas amantes da poesia, que, desde então, ali se têm reunido sem qualquer interregno estudando um poeta por mês. 
    Os serviços da biblioteca têm sido incansáveis na organização de brochuras alusivas a cada autor, o que tem contribuído decisivamente para uma boa orientação das sessões, e que muito tem fomentado o gosto pela poesia e o estudo dos vários movimentos literários na língua lusófona.

    É com enorme prazer e reconhecimento que o grupo de Leiria se tem conseguido integrar neste ambiente de perfeita tertúlia, vocacionada para a poesia e são convívio, tão úteis ao  equilíbrio emocional de que o homem tão carecido se tem apresentado, particularmente nos tempos que correm.
    -
    O fotógrafo/poeta (lírico, talvez) em pose para a fotografia, junto ao seu estimado amigo Óscar Martins
    -
    Claro está que o rigor e disciplina do uso da língua portuguesa é prioritário em qualquer forma de escrever, mas esta regra de ouro pode e deve ser adaptada pelo poeta.
    Ainda que nós saibamos que a poesia é uma substância imaterial que existe num ser, logo, assume um cunho muito pessoal, o poema, depois de criado, deverá ficar ao alcance de qualquer leitor. Evidentemente que esta simples conceção(*) traz-nos imediatamente a ideia da necessidade de o leitor do poema ter de ser capaz de sentir a poesia que lhe está subjacente.

    Há quem diga que só é poeta quem pode, não quem quer.
    Não concordo.
    Sentindo-se a poesia, pode escrever-se um poema...

    Há ideias e imagens, umas tão belas, outras tão líricas ou dramáticas, que só quem sente a poesia as poderá transmitir na sua integralidade, tangível e/ou intangível.
    ...  
    (ainda eu estava na fase da edição, mas a publicar o que ia ensaiando, recebi um comentário dum bom amigo da blogosfera em que ele diz, muito expressivamente:
    As tertúlias de poesia são um espaço saudável de camaradagem e de difusão da palavra. Renova a alma e dá-lhe coragem... )

    (Obrigado, Rogério Pereira)
    -
    (*) Quanta hesitação para escrever esta palavra segundo o novo AO !
    @as-nunes
    Posted by Picasa