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2013/04/18

Coração de mulher... em Abril: mais uma "Fita da Semana" de Acácio de Paiva...


À atenção da Marinha Grande:

Eis a forma, como num distante mês de Abril, num dia dos idos anos 30 do século passado, «Fitava» Acácio de Paiva, lídimo poeta Leiriense, como bem deveis saber e conhecer da sua poesia:

Coração de mulher 
(titulo eu, que o autor não se dava a esse trabalho… escrevia em verso uma Fita por Semana e pronto. ..
Fama e proveito pelo que escrevia? Tanto se lhe dava... como se lhe deu!..”.

Aqui nasceu Acácio de Paiva
1863-1944

II
Passo adiante, mas não largo o assunto
Sem lhes dizer que na Marinha o hotel
Se não é dirigido por Vatel
É por Vatel há muito ser defunto.
Só lhes digo que havia entre os manjares
Um doce, julgo eu, de claras de ovo,
Alvo como as toalhas dos altares
E capaz de fazer subir aos ares
    Clero, nobreza e povo!
    Era renda, era espuma,
Uma carícia de anjo, uma esperança,
Uma quimera, um beijo de criança,
    Era um amor, em suma!
E, para mais encanto, a criadinha
Que serviu ao jantar (a mais gentil)
    Das «sopas» da Marinha,
Fresca como um botão no mês de Abril,
Que uma abelha cobiça mas não fere)
Quando, sorrindo, a sobremesa trouxe
    Disse o nome do doce:
    «Coração de mulher»!
Estão a ver como o comi então:
Tomei-o, com respeito, na colher,
Rezei-lhe mentalmente uma oração
E meti-o na boca perturbada
Como quem mete a hóstia consagrada
No dia da primeira comunhão!
Coração de mulher! Ficai sabendo,
Senhoras minhas, quando me enganardes,
Que não castigarei o crime horrendo,
Pois que os enamorados são cobardes,
     Mas que peço à servente
A receita do doce, e ao chá das cinco,
     Voluptuosamente
     O coração vos trinco!

In “Fitas da Semana”,  Diário de Notícias de então…  entre 1934-1938.

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Em tempo:
Pode apreciar-se um vídeo no facebook em 
https://www.facebook.com/orelhavoadora/timeline/story?ut=96&wstart=0&wend=1383289199&hash=-5968785361241313102&pagefilter=3&ustart=1

@as-nunes

2011/11/02

Largo da Sé de Leiria: um estaleiro que se eterniza!


Por quanto tempo mais?!...
(mesmo assim, se se ampliar a fotografia, pode-se apreciar flores lilás (nesta altura do ano?!) dum jacarandá.)
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Ao mesmo tempo (hoje). 
Os pormenores do Largo, que se mostram a seguir, talvez contrabalancem aquele desconsolo do inestético estaleiro ali especado há que tempos! 


Fotos tiradas do 2º andar do prédio da antiga "Pharmácia Paiva", o da fachada de azulejos azuis - viúva lamego - com figurações alusivas a Hipócrates, Galeno e, eventualmente, a Sócrates (uma história para contar noutra oportunidade). 
Esta fachada, que remonta aos fins do século XIX, é, talvez, conjuntamente com o Castelo de Leiria, das preciosidades de Leiria mais fotografadas pelos turistas de todo o mundo que demandam estas paragens. Como é possível ficar-se impassível face a tanta insensibilidade demonstrada pela colocação e manutenção durante tanto tempo do estaleiro de obras que lá está a deslustrar uma das principais salas de visita da cidade? 
@as-nunes

2011/09/10

Adeus, Largo da Sé de Leiria

Isto não é uma montagem fotográfica. Caprichos da reflexão da luz... 

Ontem, Sexta-Feira, esteve um dia de Sol e calor. Até parecia Verão! ;))
Fomos, eu e a Zaida, ao Largo da Sé, em Leiria. Andamos em mudanças de escritório, eu já na fase de tirar fotografias do interior das instalações, das paredes, alguns móveis, máquinas antigas,  recantos, enfim, a registar em foto os resquícios de recordações de 40 anos de vida. Foram anos em que utilizámos estas instalações com várias finalidades:
1 - como habitação durante mais de 10 anos, quando começámos a nossa vida, depois do regresso de Moçambique, do serviço militar obrigatório (os mais jovens, sabem o que é isso?!);
2 - como escritório e Sala de Estudos;
3 - só como escritório.

Está-se a fechar um ciclo determinante da nossa vida. Deixámos o convívio diário com o Largo da Sé, a Catedral mesmo em frente, do outro lado do Largo, as minhas amadas árvores do Adro da Sé, aquela dupla, uma tília e um jacarandá, já de proveta idade, a recordar-me do dia negro em que cortaram todos os ácer (padreiros) que emolduravam o Largo, lhe davam uma vida quase celestial, o chilrear ao cair da tarde de centenas de pequenas aves. 
E que dizer da Tipografia Leiriense (imprimia os cartazes a anunciar os filmes para o Teatro José Lúcio da Silva), hoje Tip. Carlos Silva (por cima ainda se pressente a figura esguia de Eça de Queirós a dar despacho ao expediente, na sua qualidade de Administrador do Concelho de Leiria), na esquina do Largo e da Rua da Vitória, nesta rua a barbearia onde me habituei a cortar o cabelo desde sempre (agora essa operação é feita em menos dum fósforo), os Hingá e a sua oficina de automóveis?
Tantas recordações...
Bons amigos e companheiros de jornadas e jornadas de trabalho e de alguma cavaqueira!...

Vinha eu em direcção ao prédio, reparo na minha imagem reflectida nos espelhos duma portada do Bar do rés do chão (quantas vezes é que tal não me aconteceu?), hoje decidi-me e tirei uma fotografia, esta que aqui vos mostro.

Nos próximos posts talvez coloque aqui outros "pequenos" apontamentos de pormenores que me captaram a atenção sentida neste dia de "despedidas" e de nostalgia...


Adeus Largo da Sé, até sempre...
Claro, esta não é uma despedida definitiva. Mas que toca ao sentimento lá isso toca!...
@as-nunes
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2011/05/13

Acácio de Paiva: Evocação em Alcanena


A casa (a de azulejos, "pharmácia Paiva") onde nasceu Acácio de Paiva, ainda na posse da família Paiva. Largo da Sé,Leiria, nestes dias...


     ....................................NoNo lado direito, acima, (fragmento duma fotografia que me foi gentilmente cedida pelo seu bisneto Luís Maria de Sampaio e Paiva Camilo Alves)
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No último encontro de Poesia e Cultura do Grupo da Biblioteca Municipal de Alcanena, evocou-se o Insigne Poeta Leiriense, Acácio de Paiva.

A organização, a cargo dos serviços da Biblioteca, elaborou e publicou a brochura, cuja capa e contra-capa se podem observar acima e ao lado. Claro que sendo a Zaida sobrinha-neta de Acácio de Paiva e eu próprio um entusiasta pela vida e obra deste ilustre filho de Leiria, acabámos por fazer as honras da sessão. 
O que muito nos envaideceu, naturalmente. 
E quem melhor que a Zaida Paiva Nunes para dizer os poemas mais representativos do estilo humorista e extremamente humanista de Acácio de Paiva? Foi uma sessão muito interessante e que proporcionou que alguns dos presentes ficassem a conhecer melhor a personalidade poética e literária de Acácio de Paiva e a sua extraordinária emoção com que escreveu dos melhores sonetos e outros estilos poéticos a enaltecer Leiria, cidade e arredores, os seus rios Lis e Lena, o seu Castelo, a Sra. da Encarnação, as Olhalvas, as Cortes, quanta ternura ele devotou a Leiria, em vida, e que perdurará para sempre através dos seus versos lançados ao vento, aos milhares, publicados por dezenas e dezenas de jornais, revistas, participações em livros de vários autores, colectâneas, em peças teatrais, etc.
Um Crésus Perdulário, como diria o Dr. Américo Cortez Pinto no seu livro com este título, editado em 1968.

O único livro que publicou tem o título "Fábulas e Historietas", edição de 1929. Algumas destas fábulas e historietas foram publicadas no livro de Leituras (II Tomo) para o Ensino Técnico, conforme se pode ver na sua edição de 1949 (que me veio parar às mãos através dos meus pais, imagine-se...).
Muito mais me apetecia escrever sobre Acácio de Paiva...(*)
Já se está a trabalhar no sentido de lhe prestar mais uma justa homenagem, este ano, em Leiria. 
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Pode-se ler um poema a Leiria, "Cidade Flor", da sua autoria, no blogue "dentro de ti ó Leiria", seguindo este link.
(*) Ler mais aqui


@as-nunes
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2008/12/26

Recantos de família


Um recanto familiar.
1- aguarela da casa da família Paiva. Pintura recente.
2 - os dois diplomas são datados de 5 de Dezembro de 1859 e de 13 de Janeiro de 1903. Foram ambos passados pela Universidade de Coimbra, Faculdade de Farmácia. Os diplomados exerceram o seu mister nesta farmácia - PHARMÁCIA DE LEONARDO DA GUARDA E PAIVA tal como se pode observar em inúmeras fotografias tiradas por milhares de turistas de todo o Mundo. O próprio Eça de Queiroz imortalizou esta farmácia no seu romance "O Crime do Padre Amaro". Era a "botica do Carlos", um centro de reunião e cavaqueira da sociedade leiriense(1);
3 - Moldura que encaixilha uma composição de poemas de Acácio de Paiva, lídimo representante da poesia naturalista e romântica, nasceu nesta casa em 14-4-1863 (2);
4 - A estatueta de Santo António tinha que ter lugar num recanto tão significativo, não só pelas suas ligações a Leiria, basta falar do local onde existiu a Ermida de Sto. António do Carrascal, aqui em Leiria e ao facto de nos nomes portugueses sobressair o António;

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1) Ver "José Teles de Almeida Paiva - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade - 1917.1994" ed. de 2004, autores António Nunes e Zaida Paiva Nunes.
2) Ver "Acácio de Paiva - Insigne Poeta Leiriense" - Poemas. ed. da Câmara Municipal de Leiria, 1988; em preparação:"Acácio de Paiva - Uma vida e uma obra de referência para Leiria" de António Nunes.
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2007/09/20

Olhar a Vida. Ela aí está perante nós.

As bagas dum pilriteiro. Na encosta Nascente do morro do Castelo de Leiria. E eu que andei, há um ano atrás todo baralhado para identificar esta planta. O amigo Augusto Mota deu-me as dicas necessárias e agora não falho. Quando vejo um Pilriteiro, mesmo que não esteja em flor ou com fruto identifico-o com a maior das facilidades.

O Outono aí está ele, mesmo aqui ao nosso lado. Pela temperatura do ar nem parece. Imagem captada quem desce a Rua Cónego Sebastião da Costa Brites (1885-1948). Do lado esquerdo, a lia de que vos tenho falado nos últimos posts (Largo da Sé), com as folhas ali mesmo à mão. Já matizada, a preparar-se para o rodopio outonal que julgamos adivinhar.
Isto de previsões do tempo e das estações do ano já não é como antigamente...

Ainda não consegui tomar conhecimento do nome destas flores. Crescem nas paredes dos muros à antiga, na cidade. Continuamos na rua atrás referida. Vinha eu das Finanças, 2º Serviço, na Rua de S. Francisco e seguia para o Largo da Sé, para o edifício da "Pharmácia Paiva" onde ia almoçar em família. O dia estava lindo...ainda que os meteorogistas nos andassem a ameaçar com borrascas para a tarde.

Quem diria?!...
(A pensar na Inês (mãe, minha filha), na Mafalda e no Guilherme...e na Zaida, mãe e avó. Beijinhos e coragem. A vida é bela mesmo quando alguém põe pauzinhos na engrenagem).

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2007/07/11

Ainda as 7 maravilhas

Não, não vou falar das 7 velhas maravilhas do Mundo. Nem tão-pouco das novas 7 maravilhas do Mundo. Nem das 7 maravilhas de Portugal. Talvez até nem vá falar de maravilha nenhuma…
Vou apenas contar uma estória em dois actos.
Primeiro Acto:
A estória começa em Julho do ano passado: mês 7. Aconteceu haver necessidade de substituir canos de escoamento das caleiras do prédio do Largo da Sé, nº 7. Depois de várias diligências junto dos serviços camarários (terão sido 7???) foi autorizada tão importante obra, a cujo processo, veja-se, foi atribuído o nº 707. E, coincidência, o número de referência do ofício em que se comunicava o deferimento da obra, começava por 7 e acabava em 7: 7297 (engraçado: 7+2 são 9… cá está sempre o 7 – à vista ou disfarçado…).
No tal ofício eram mencionadas as condições a cumprir rigorosamente. Dizia o ponto 7: “Colocar tapumes e resguardos (até 2 m) à volta da zona ocupada, os quais deverão ser enquadrados esteticamente com a zona envolvente.”
Segundo Acto:
Em Julho – mês 7 – de 2007, notei que procediam a uma “perfuração” no Largo da Sé. Até pensei que talvez houvesse petróleo por aqueles lados, o que seria uma maravilha! Talvez a elevada à potência!...
Mas não! O buraco foi cheio de cimento e nele colocado, veja-se, um painel publicitário! Moderno, apelativo, um autêntico candidato a maravilha!
Enquadrado esteticamente com a zona envolvente?
Que as 9 (7+2) Musas valham a quem teve tal ideia!

Zaida Paiva Nunes
Leiria - Portugal

(clic para ampliar)

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2007/06/19

Pharmácia Paiva - Leiria


(clic para ampliar)
(Continuação da entrada anterior):
TEXTO ACTUALIZADO em 21/6/2007:
Sequência das fotos, de cima para baixo e da esquerda para a direita:
1- Fachada da Pharmácia Leonardo Paiva, virada a Nascente;
2- Hipócrates (a)
3- Galeno
4- Um dos anjos que seguram uma faixa, que segue duma extremidade à outra do painel de azulejos
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Após algumas investigações complementares, penso que se poderá conciliar o texto da placa informativa, instalada ao início da escadaria central para o Adro da Sé e as figurações da fachada do edifício "Pharmácia Paiva", como segue:
A figura que sustenta nas mãos um documento em que se pode ler nitidamente o nome de "Sócrates" será Galeno e não o próprio Sócrates, como talvez erradamente tem vindo a ser popularmente divulgado, sem que as autoridades administrativas e culturais de Leiria tenham feito grande esforço em esclarecer.
É sabido que Galeno foi médico particular, entre outros, do imperador romano Marco Aurélio, que escreveu comentários sobre Hipócrates e que teve uma actuação de excepcional mérito no campo da medicina e da anatomia do corpo humano. (mais). Note-se, também, em abono desta teoria, o realce dado pelo pintor dos azulejos, ao colocar, em segundo plano - mas com a intenção nítida de lhe dar visibilidade e significado - a figura dum soldado/general da Roma antiga.
Outro pormenor importante a ter em conta é que Galeno começou por ser um grande estudioso da Filosofia. Daí, provavelmente, ser representado na fachada a estudar uma obra em que se fala de Sócrates.
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A fachada em azulejos foi colocada por encomenda para identificar especificamente uma "pharmácia". Consequentemente seria natural que os motivos das suas figuras estivessem relacionados com os temas farmácia e medicina e não se descortinam razões ponderosas para se destacar "Sócrates" em pessoa. Além do mais, também não se vê onde esteja a lógica de o próprio Sócrates estar a ler um documento (escrito numa tábua?) com o seu nome, em jeito de auto-identificação, até porque se sabe que o grande filósofo não escreveu, ele próprio, os seus pensamentos, antes preferindo divulgá-los através do discurso directo, profundo e cortante, em vários fóruns públicos, dirigidos não só à elite dominante como directamente ao Povo. Disso se encarregaram os seus seguidores e igualmente reconhecidos filósofos da Antiguidade, como Platão e Xenofonte;
A outra figura, que se aceita aludir a Hipócrates também pode representar o próprio Esculápio(a), apresentado pela civilização Grega, como filho do deus Apolo e o primeiro investigador e com capacidades para curar as doenças do Homem. Dado que Hipócrates lhe seguiu as pisadas e iniciou, com grande reconhecimento, uma escola no âmbito do estudo das doenças e das curas, é natural que o seu nome e obra tenha ficado para a posteridade como uma referência incontornável, o que de facto aconteceu.
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Texto correspondente à versão popular/vernacular
Esta farmácia, actualmente desactivada, foi a primeira a ser instalada em Leiria. A sua fundação remonta aos finais do séc. XIX e a sua história confunde-se com a história da família Paiva. Constitui, sem dúvida, um dos emblemas mais carismáticos da cidade de Leiria.
A sua fachada é de grande beleza artística e revestida a azulejos "viúva lamego" como já é consensual entre os estudiosos da matéria. Este tema já foi tratado neste blogue noutras oportunidades pelo que tenho que me abster de voltar ao assunto na generalidade(*). No entanto não se deve deixar de referir um aspecto que poderá ser de interesse para quem, como eu, gostaria de precisar a razão de se aludir a "Galeno" na placa informativa colocada no início da escadaria de acesso ao Adro da Sé, tal como se mostra na entrada anterior (ampliando-se, lê-se o texto com nitidez). A própria família, do ramo de Adolfo de Sampaio Telles e Paiva - filho de Jozé de Paiva Cardoso (sepultado no jazigo-capela «nº 58T4» do cemitério de Santo António do Carrascal), de quem herdou a pharmácia Paiva - último boticário da família, devidamente diplomado (pode-se ver o Diploma no livro (*)), não reconhece na fachada a razão da referência à figura de Galeno. Tem sido ponto assente que a figura com um manuscrito em que se reconhece de forma destacada a palavra "Sócrates", é o próprio filósofo Grego. Assim sendo, quando muito poder-se-ia tolerar que se optasse ou por Hipócrates ou por Galeno para identificar a outra figura. De qualquer modo, pelo conjunto da figura, penso que não haverá qualquer dúvida em o identificar como Hipócrates, unânimemente aceite como o pai da Medicina.
Entretanto, estou a envidar esforços no sentido de indagar das razões oficialmente invocadas para se inscrever essa alusão na placa explicativa que está no Largo da Sé.
As figurações da fachada em análise são, de há muito e em muitos escritos sobre a matéria, alusivas a Sócrates e a Hipócrates.
Assim sendo seria de toda a urgência que se tornasse mais explícito o texto da placa que tem estado na origem desta contestação. Seria importante que as entidades mais responsáveis (Câmara Municipal, Junta de Freguesia e até a própria Região de Turismo) se debruçassem sobre este assunto, para que os turistas que visitam Leiria e a população em geral, pudessem ser informados duma forma o mais fidedigna possível.
... (agradecem-se contributos para o cabal esclarecimento deste tema...)
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(*) Ver "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, uma Época, uma Cidade" - Ed. Folheto - 2004
António Nunes e Zaida Paiva Nunes
(**) Também se pode ler o livro – “ALERTA, LEIRIA” , Edição do Agrupamento Nº 127 do CNE - Sé de Leiria. Pode ser consultado na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira.
(a) Segundo as informações que nos chegam dos tempos da Antiguidade, Esculápio era representado como um homem sério e apoiado num bastão no qual se enrolava uma serpente. Estes símbolos passaram a representar toda a escola hipocrática e, ainda hoje, são de uso corrente.

2006/04/16

Eça de Queiroz em Leiria - Post 7.n

No primeiro andar do prédio da fotografia, datada de hoje, dia 16 de Abril de 2006, foi onde Eça de Queiroz tinha o seu gabinete de trabalho, enquanto Administrador do Concelho de Leiria.
Esta foto foi tirada desde a porta de entrada do prédio "Pharmácia Paiva", em cujo rés-do-chão funcionava a "Botica do Carlos" referida por Eça n´"O Crime do Padre Amaro".
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asn Posted by Picasa

2006/03/26

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 1.n

Nos tempos de estudante do Secundário "obrigavam-nos" a ler alguns livros de Eça de Queiroz, como "Os Maias", "O Primo Basílio", uma chatice, pensávamos nós, naquela idade em que bom bom era ler os livros do Emílio Salgari e outros que tais, de aventuras e de romance. Entretanto, por ser praticamente proibido para a nossa idade, era certo e sabido que uma boa parte da malta, lá ia descobrindo "O Crime do Padre Amaro", que este era muito "pesado" para a nossa idade segundo nos ia chegando aos ouvidos...
Os anos vão passando e, pelos muitos acasos da vida, acabei por ficar indelevelmente ligado ao grande Eça, pretensão a minha, está claro. Nos finais dos anos 6o acabei por casar com a Zaida que vivia numa casa no Largo da Sé, em Leiria, referida, a casa e alguns dos seus habitantes e proprietários, naquele livro.
Muito recentemente, em 2004, eu e minha mulher, metemos ombros à tarefa de escrever um livro em que fazíamos questão de repor algumas verdades acerca de aguns factos relacionados com o nome de seu pai, José Teles de Almeida Paiva, entretanto falecido.
No decorrer dos trabalhos de preparação desse livro "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade", Editora Folheto de Leiria, tive o ensejo de melhor conhecer os pormenores relacionados com a casa da família, "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", hoje ocupada por um bar, "Pharmácia Bar". Toda a casa ainda é propriedade da família Paiva.
Não me parece que possam restar quaisquer dúvidas quanto à ligação desta casa e da antiga "pharmácia" com o boticário Carlos (seria o avô de José Paiva), descrito por Eça de Queiroz no seu célebre romance "O Crime do Padre Amaro".
Nesta perspectiva, proponho-me, hoje, a iniciar a colocação neste blog, de Post´s, sempre que disponha de novos elementos coligidos. Talvez só mais um contributo, talvez até algumas repetições do que já possa haver sido investigado e publicado...talvez irrelevantes, talvez até inovadoras mesmo para os estudiosos da vida e obra de Eça de Queiroz, quem sabe?).
Continuará...talvez...
asn