Mostrar mensagens com a etiqueta elos clube alcanena. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta elos clube alcanena. Mostrar todas as mensagens

2011/06/23

Alcanena: Visita da Presidenta do Elos Internacional da Comunidade Lusíada




Dia 22 de Junho de 2011 - 18 horas.
No Auditório Municipal de Alcanena teve lugar uma sessão de recepção e de trabalho do Elos - movimento internacional de defesa da Língua Lusófona, em que foi anfitrião o Elos Clube de Alcanena.
Presidiu a esta sessão Maria Inês Botelho, Presidenta do Elos Internacional (em grande plano na foto do meio).
Na primeira foto vêem-se as bandeiras do Elos Clube de Alcanena e do Elos Clube - Internacional. Na mesa estão: Daniel Café (Presidente do Elos de Alcanena), Maria Inês (Presidenta do Elos Internacional, do Brasil, Paraná) e o Presidente da Assembleia Geral do Elos de Alcanena.
A foto de baixo retrata um momento de descontracção e convívio dos autores literários, membros do Elos Clube de Alcanena, com Maria Inês Botelho, após a sua oferta à Biblioteca do Elos Internacional, dos livros que têm vindo a publicar.


Esta sessão foi extraordinariamente bem conseguida. Os presentes não regatearam aplausos à serena mas convicta dissertação de Maria Inês Botelho sobre o significado do Elismo e o trabalho já desenvolvido em prol deste movimento Cultural e de Fraternidade por todos os cantos do Mundo, particularmente pelos países da CPLP.


Em determinada altura da sua comunicação, Maria Inês Botelho disse, muito a propósito, o seguinte poema de Machado de Assis:


BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Machado de Assis

Seguiu-se um jantar no Hotel da vila, muito participado e vivo, no decorrer do qual se disse muita poesia, se trocaram cumprimentos e experiências, se cantou até o fado.

Cansados mas felizes foi como ficámos todos, após esta maratona de são convívio e fortalecimento dos laços de companheirismo que norteiam os elistas de todos os pontos do Globo.

Pela defesa da Língua Portuguesa e do espírito de solidariedade universal!
É este o lema do movimento Elista Internacional.

Mais se pode apreender sobre o ELOS CLUB seguindo vários links, entre os quais:

2009/10/25

Alcanena - José Gomes Ferreira e os poetas locais



A Biblioteca Municipal de Alcanena e o Elos Clube de Alcanena levaram a efeito, no passado Sábado, mais um Encontro de Poetas. Desta feita dedicado a José Gomes Ferreira.
Mais uma vez fomos convidados, Soares Duarte e Luísa, eu e a Zaida.
Temos que convir que José Gomes Ferreira não é propriamente um autor literário fácil. No entanto, estas sessões em Alcanena têm-se vindo a revelar extremamente interessantes e de muita utilidade para rever a vida e obra dos mais variados autores representativos de épocas e correntes artísticas de todos os estilos e de todas as épocas.
-
José Gomes Ferreira foi um representante do artista social e politicamente empenhado, nas suas reacções e revoltas face aos problemas e injustiças do mundo. Mas a sua poética acusa influências tão variadas quanto a do empenhamento neo-realista(1), o visionarismo surrealista(2) ou o saudosismo(3), numa dialéctica constante entre a irrealidade e a realidade, entre as suas tendências individualistas e a necessidade de partilhar o sofrimento dos outros. a)
-
Já na parte final da sessão, a tarde ia já longa, a Zaida e a Luísa disseram os poemas XLI, XLII, XLIII, e XLIV (Café, in Poesia, III), que constam da Antologia de Natália Correia, "O Surrealismo na Poesia Portuguesa", Ed. frenesi, 2002.


Trancreve-se parcialmente:


XLI
(Olho para o espelho em frente)


A invenção dos espelhos
coincidiu com o nascimento dos corais
e a queda do perfil dum jasmim no rio
que as mulheres se apressaram a gelar
- para o romance dos olhos verdicais.


-1), 2) e 3) - para quem interessar: consultar wikipédia.org/wiki/surrealismo (ou neorrealismo ou saudosismo) para melhor se perceber as marcas distintivas de cada um destes movimentos artísticos;
a) Conforme brochura de 16 páginas, organizada e oferecida pela Biblioteca Municipal e o Elos Clube de Alcanena.
Posted by Picasa