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2016/07/28

Dia dos Avós - Casal Ribafeita



Os meus avós paternos:
António Santos
Maria das Neves Nunes
que viveram em Casal de Ribafeita - Viseu até meados do séc. XX
(Ver mais em http://utilizadores.leirianet.pt/~anunes/casal.html )

Logo pela manhã, dia solarengo entremeado e quente, a minha filha Inês partilhou um vídeo no "feicebuque". Emocionei-me.
É produzido com base numa carta que Saramago escreveu aos seus avós. Nem me lembrava que ontem foi o "Dia dos Avós" e que este dia até já está institucionalizado com pompa e circunstância por "despacho" da própria Assembleia da República Portuguesa.
E dei comigo a cogitar:
Tenho quase 70 anos (vou a mais de meio caminho) e quatro netos no meu rol dos descendentes: a Mafalda, o Guilherme, a Carolina e a Alice. A mais velha (que caricata esta imagem. Mais velha, queria eu dizer, com mais anos de vida) tem 20 anos e a mais novinha tem 3. Gosto muito dos meus netos, digamos que, pelo menos, tanto como dos meus filhos.
O vídeo apela a que acompanhemos os nossos avós o melhor possível, que a vida é um lapso de tempo no qual ocorrem muitas e variadas sensações e alterações emocionais e físicas, e durante a qual não há tempo senão para viver. Só temos que viver. O que, inevitavelmente, obriga a que cada um de nós faça o que há a fazer para que se cumpra o desígnio cósmico, que é participar do seu processo imperscrutável.
A questão inapelável é que há sempre um momento em que cada um de nós decide que é chegada a hora de fazer um balanço da vida que nos obriga a aceitar sem contestação que o dobar do tempo é imparável.
Pessoalmente, não conheci um dos meus avós. Já morreram há muitos anos... Mas tenho-os a todos sempre presentes na minha memória. Imagens difusas, silhuetas mentais que ficaram a fazer parte da minha personalidade, quem sabe do meu próprio caráter.
...
E tanto mais que me apetecia escrever, agora, neste momento preciso, sobre os meus avós... Há quantos anos não ando eu a pensar que não quero morrer sem os conhecer melhor.
Desejo impossível de realizar, em tempo?!...
...
Tudo isto porque me atirei ao teclado do PC com ganas de dizer que tudo farei para que os meus netos possam vir a sentir que a sua existência faz parte integrante do meu próprio ser...
Vocês sabem que podem contar com este vosso avô. E, sem dúvida nenhuma, como bem sabem, da vossa avó Zaida.

A&Z (27 de Julho de 2016)

2013/03/15

O meu pai e o meu avô paterno...


O meu avô paterno, António Santos, morreu no Casal - Ribafeita, com 45 anos, segundo tenho ouvido dizer...


Em dias do meu pai Daniel dos Santos Nunes comemorar 89 anos de idade. Parabéns, pai, no próximo domingo lá nos encontraremos, naquele restaurante habitual em Oliveira de Baixo (Viseu), não é assim que se chama a terra? 
Já estou em Leiria há... ora deixa cá ver (2013-1966=47 anos)! 
Como o tempo passa!...
O Gui, a Mafalda e a Inês não vão poder ir por causa do jogo que o Gui vai fazer pela União Desportiva de Leiria (*), nos iniciados A (futebol)... Mas lá vão estar em espírito!

Deu-me para fazer uma busca no Google, em "nunes leiria viseu" e, entre outras referências, deixo aqui este link http://utilizadores.leirianet.pt/~anunes/casal.html

A minha maluqueira de andar a registar memórias já vem de longe!...

(*) Até abri um blogue para ir acompanhando a carreira futebolística do Guilherme. Entretanto, temo-lo aconselhado vivamente a não descurar os estudos!...
@as-nunes

2012/08/15

No Casal, um lugar sem igual

Por terras de Viriato...


Comunhão

Tal como o camponês, que canta a semear
A terra,
Ou como tu, pastor, que cantas a bordar
A serra
De brancura,
Assim eu canto, sem me ouvir cantar,
Livre e à minha altura.

Semear trigo e apascentar ovelhas
É oficiar à vida
Numa missa campal.
Mas como sobra desse ritual
Uma leve e gratuita melodia,
Junto o meu canto de homem natural
Ao grande coro dessa poesia.

Miguel Torga
Antologia Poética
Pp 120
Publicações Dom Quixote

2012/08/02

Viseu, aí vou eu!...


 para ouvir tocado com Flauta.


Indo eu, indo eu, 
A 
A caminho de Viseu, {Bis} 
E7 
Encontrei o meu amor, 
A 
Ai Jesus, que lá vou eu! {Bis} 
tabrefrão
Ora zus, truz, truz, Ora zás, trás, trás, Ora chega, chega, chega, Ora arreda lá pr'a trás!
refrão
Indo eu, indo eu, A caminho de Viseu, Escorreguei, torci um pé, Ai que tanto me doeu! {Refrão} Vindo eu, vindo eu, Da cidade de Viseu, Deixei lá o meu amor, O que bem me aborreceu! {Refrão}
link
-
Bem, a verdade é que a minha mãezita faz anos, no próximo sábado - 88 ou 89 até me esqueci de lhe perguntar, quando lhe telefonei hoje - e, por acaso encontrei esta foto (montagem?!) no Facebook do António Macedo (ouçam-no de manhã, quando vão para o emprego, na «Antena Um», um camaradão, sempre bem disposto e pronto p´rás curvas). Mas, às páginas tantas, vou-me reservar para o outro fim de semana, que é o dia da festa da aldeia, o dia de S. Salvador, no Casal de Ribafeita, ali a caminho de S. Pedro do Sul, quem vem de Viseu.
@as-nunes

2012/04/08

Cristo Ressuscitou...


A sua voz estridente
Todas as notas
conseguia alcançar
No fundo do povo
a minha mãe contente
Era ouvi-la a cantar...

Já o nosso redentor 
Ressuscitou, ressuscitou
Ressuscitou
Como disse Aleluia
...
Estas imagens reportam-se aos anos 50, a aldeia cheia de movimento, de vida, o chão à soleira das portas atapetado com as plantas e flores da época, as famílias a juntarem-se, algumas dezenas de membros, a minha avó Neves
(olá Nevitas; é a minha prima que está no Brasil e gosta de andar pelo Facebook, beijinhos a toda a tua prole Brasileira) 
as minhas tias Céu, Judite, ... os meus tios por parte do meu pai, o meu padrinho Serafim 
(onde estás, padrinho? não acredito que estejas naquele sítio aquartelado a que chamam cemitério, apesar de lá ter sido depositado o teu corpo, ainda não há muito tempo)
- toma lá 20 escudos, é o teu folar
o Casal da minha meninice, ainda envolto na áurea mítica da minha terra, das minhas raízes, dos carros de bois a chiar, 
- anda lá, Ramalha, raios de partam, Castanha
, o meu tio Ramalho a arengar, dos caminhos cheios de regos e pedras com os sulcos feitos pelo tempo e água das chuvadas e pelas rodas protegidas com anilhas de ferro forjado, entre os campos, delimitados por muros baixos de pedra da serra.

A minha mãe, Encarnação, toda devota dos santos e Santíssimos Deus Pai, Deus Filho e Espírito Santo, um sonho irrealizado, que era eu vir a ser padre, que conseguiu a proeza de criar 5 filhos (amigos como deve ser),  4 afastados uns dos outros, no tempo, 2 anos, hoje a escada será mais ou menos assim, eu com 65, a Lourdes com 63, a Sildina com 61, o Victor com 59 (vai fazer 59 no mês...) e, já fora de controlo, a Isabelita, 18 anos mais nova que eu, prof. dra. na Universidade de Coimbra, uma sumidade, não se deixem convencer com o seu ar e modos de menina tímida, ela própria já com duas filhas médicas, notas a rebentar a escala...
...
Depois conto isto tudo e muito mais quando escrever as minhas memórias, é que assim, num repente, fica muita coisa de fora, muita gente, muitos acontecimentos, muita saudade!...
...
(antes de revisto; escrito com o coração e a emoção do momento)
@as-nunes

2011/10/07

Viseu e Casal de Ribafeita

Estávamos a chegar à cidade de Viseu, na Beira Alta - Portugal. Preciso estas referências porque no Pará - Brasil, também existe uma cidade bem bonita chamada precisamente Viseu. Viva o Pará, não se deixem dividir!...
Quer dizer, entramos pela zona do Campo, entroncamento de vias como a A24, que vem do IC3, que liga também à A25 (ex-IC5), que liga Aveiro a Vilarformoso. Estávamos a descer a Av. da Europa...
Fomos almoçar e passar parte do dia com os meus pais, Daniel e Encarnação, 86 anos, na minha aldeia Natal, Casal, freguesia de Ribafeita, em Viseu. O aspecto que se observa na foto, retrata a rua principal, como ela é hoje. Ainda me lembro de esta rua ser de terra batida, só nela passarem carros de bois e não haver energia eléctrica. Andávamos com candeias a petróleo ou os chamados "petromax". Os serões eram passados na zona da lareira, que também era cozinha e, às vezes, sala de estar.
Gravações feitas na parede da casa ao lado da dos meus pais, junto à fonte (cuja água, no presente, é imprópria para consumo, mas que era a principal via abastecedora de água para cozinhar e beber, transportada em canecos de barro, normalmente pelas mulheres). Segundo me chegou a informar o habitante dessa casa (já me esqueci do nome...), pretendeu perpetuar a memória de dois acontecimentos históricos que se terão passado ali, naquele sítio: um é o local onde fez ricochete uma bala disparada pelas tropas francesas aquando das invasões peninsulares; o outro tinha a ver com um outro disparo relacionado com uma briga que metia um judeu e já não sei que mais (pode ser que alguém mais informado ainda aqui possa vir a explicar melhor os factos que aqui deixo aflorados).

Tive que regressar à aldeia, passadas umas horas, que me tinha esquecido da carteira dos documentos.
Na direcção da serra da Gardunha, o Sol estava a escapulir-se, não sem antes reclamar contra o facto de os fios  condutores de electricidade e telefones continuarem pendurados nos postes, como se não fosse mais que tempo de os passar através das tubagens que já há, mas que são mal aproveitadas.
Posted by Picasa

2011/07/05

Cortes - Leiria, à noite...


Da varanda, máquina montada no tripé, 3 segundos de exposição... uma visão mágica!


Uma noite destas, a Sra. do Monte com o fino recorte da sua silhueta, nítida, a Igreja das Cortes com a sua luz etérea em destaque.
Observação registada desde a encosta do lado de cá do Rio Lis, uma pequena franja dos Lourais, localizada na linha limite destas duas freguesias, a minha - Barreira e a de lá, as Cortes.
-



A minha aldeia natal, lá tão longe, no tempo e no espaço físico..., a minha infância, o rio Vouga onde aprendi a nadar, a capela dedicada ao SS Salvador (o mesmo da Barreira, vejam lá!...), os meus pais, o prado, a portela com aquela figueira privilegiada na minha memória e a vista da Serra de S. Macário, lá ao fundo, a água límpida e cantante, a descer da serra,  ali abaixo Gumiei, a minha tia Céu, um ninho de carriça no muro do caminho de carros de bois, a minha avó Neves a caminho da Igreja da freguesia, isolada, a N. Sra. das Neves... 
E aquela neve dos frígidos dias de Inverno do interior da Beira-Alta, Viseu ali perto, a Cava de Viriato, nós a brincar aos espadachins?!...
(...)
@as-nunes
Posted by Picasa

2009/09/24

Maria da Encarnação de Almeida


José Régio
Quando eu nasci

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
...

-

À minha Mãe!... que não anda bem de saúde... que há 84 anos, por sua vez, nasceu no Casal - Ribafeita, em Viseu. Que espero que recupere depressa o seu ar suave e sempre disponível para os filhos, os netos, os bisnetos, restante família e toda a gente a quem ela sempre se tem prestado a ajudar nas mais diversas circunstâncias.