Mostrar mensagens com a etiqueta câmara municipal leiria. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta câmara municipal leiria. Mostrar todas as mensagens

2017/04/20

Zaida Paiva Nunes na apresentação de "Felicidade 100 Idade" - 19abr2017


Este vídeo tem cerca de 7 minutos, mas vale a pena ver/ouvir até ao fim. Particularmente se vive a sua Terceira Primavera da Vida ou se é técnico/a de serviço às IPSS com uma vertente ativa e dinâmica de Apoio à chamada "Terceira Idade" ou aos ditos "Séniores", como outros gostam de dizer.
A Zaida Paiva Nunes intervém dando a conhecer a sua posição relativamente a este candente e premente tema que se nos está a ser colocado com muita veemência na atualidade. 
O grande ator e ilustre homem da Cultura Ruy de Carvalho esteve presente e disse palavras bonitas e muito comovedoras e assertivas, como seria expectável, dada a sua notória simpatia e experiência de vida que tem demonstrado no decurso da sua já longa e dinâmica vida.
-
O ator Ruy de Carvalho marcou presença esta quarta-feira na apresentação do livro “Felicidade 100 Idade”, da autoria de Jorge Gameiro. Organizada pela Município de Leiria, em parceria com a APpeas – Associação Portuguesa de Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável a apresentação vai ao encontro das políticas sociais inclusivas, participativas e saudáveis que têm sido desenvolvidas no concelho. (in FB do Município de Leiria)
-
Algumas fotos:



Jorge Gameiro, Ruy de Carvalho, Gonçalo Lopes e Zaida Paiva Nunes (no uso da palavra). No Auditório do Teatro Miguel Franco, em Leiria.
-

Tínhamos acabado de almoçar no CEO - Jardim e seguíamos para o Auditório Miguel Franco para a sessão de apresentação do livro de Jorge Gameiro, "Felicidade 100 Limites".
Eu, Ana Valentina (vereadora da CML), Ruy de Carvalho (90 anos) e Anabela Graça (vereadora da Cultura da CM Leiria). Uma foto de álbum!...

--- (em edição)

-.....

2012/10/03

Antigos Combatentes das Guerras do ex-Ultramar



Se se ampliar podem ler-se os nomes de alguns dos Leirienses mortos nas campanhas de Angola, Guiné, Moçambique.
Estandarte duma Companhia de Artilharia que combateu na zona de Mueda, o centro operacional das operações anti-guerrilha no Norte de Moçambique. As colunas de abastecimento desta zona de acantonamento das tropas portuguesas, eram sistematicamente flageladas com ataques de morteiro, rajadas de metralhadora, granadas, minas anti-tanque e anti-pessoais. Eram normalmente constituídas por 30 km de viaturas pesadas de mercadorias com tropa de proteção integrada e, por vezes, apoiadas por grupos de comandos e de operações especiais, na parte final comandadas, frequentemente, por Alferes Milicianos, muitas vezes do SAM - Serviço de Administração Militar.
 Uma boca de canhão do RAL4 em Leiria
 No Largo 5 de Outubro de 1910, zona do Papa Paulo VI
O Castelo de Leiria, sempre altaneiro ... e vistoso.
---
Valeu a pena
Termos sacrificado
Os melhores anos
Da nossa juventude
Na defesa de Portugal
E da sua história?

Fica a interrogação … (Na altura estávamos conscientes de que estávamos a cumprir um DEVER)

Para quem não saiba, os ex-combatentes das guerras das ex-colónias portuguesas, recebem, anualmente, 100 €uros em média, a título de “Antigos Combatentes – Suplemento Especial de Pensão

Entretanto, na formação da pensão de velhice, o tempo de serviço militar obrigatório contou como antiguidade, mas não como entrada de remunerações.
Assim, o que é que aconteceu?

Esta pensão (a reforma como soi dizer-se) (aos 65 anos, em teoria, por enquanto) é obtida dividindo dois factores:
Dividendo: somas das remunerações entradas no tempo contado (R) (agora 40 anos)
Divisor: tempo de serviço (T)

Fazendo-se as contas facilmente se adivinha que, sendo o divisor (T) constituído com + 3 anos de tropa a que não correponde nenhum valor no Dividendo ( R ), o quociente será menor.

Tem sido esta a lógica.
Já nem se reivindicava nenhuma regalia especial como compensação do sacrifício em condiçoes de perigo de vida (quantos não imolaram as suas próprias vidas! … ) que nos foi imposto. Que se fizesse, ao menos, a justiça de considerar as remunerações auferidas enquanto prestámos o serviço militar obrigatório!
Seria pedir muito?

Em comparação com as condições escandalosas e criminosas em que muitos políticos se aposentaram, ao fim de dois mandatos na AR, PR, Ministros e outros cargos políticos, independentemente da idade, seria pedir muito? …

Nota: de acentuar que as contas que se fazem aquando do cálculo das pensões de reforma consideram outros fatores, nomedamente o fator de sustentabilidade da segurança social, mais uma invenção para ajudar a reduzir o valor final e que todos os anos vai sendo atualiazado, sempre para desfavorecer o valor da pensão, claro está, na ótica do Estado economicista e insensível.

2012/08/09

LEIRI(SPORT), SUBMARINOS, BPN: Cortem na despesa!


A circular na internet... (recebi esta montagem via e-mail)

E a verdade é que o problema da "Leirisport" é uma questão gravíssima, que envolve demasiado dinheiro, tanto que não se está a conseguir vislumbrar solução para sair deste imbróglio em que meteram a Câmara Municipal de Leiria e, consequentemente, os seus munícipes.

Hipóteses para solucionar este dilema:

1- O Estado assume o défice da Leirisport e a gestão do Estádio Magalhães Pessoa e assim vai agravar o saldo negativo do OE;

2- A Leirisport entra em situação de falência e os credores e acionistas terão que arcar com a perda do seu capital, Câmara Municipal de Leiria incluída, obviamente;

3- Não se faz nem uma coisa nem outra e os munícipes Leirienses vão ter de andar, talvez 20 anos ou mais, a pagar uma taxa especial para saldar as contas da Leirisport, se é que algum dia se vai conseguir gerir esta empresa Municipal em termos económicos.

De modo que, entretanto,  
(e enquanto a dívida continua a aumentar cada dia que passa)
mantém-se a interrogação:

Quem vai assumir o encargo de gerir o Estádio Municipal Magalhães Pessoa em Leiria?
@as-nunes 

2012/05/26

Vamos, então, conversar sobre ACÁCIO de PAIVA


MAIO


Vem minha noiva, dá-me o lindo braço
Pois Maio chega, convidando a amores;
Posso às mãos cheias atirar-te flores,
Encher, a transbordar, o teu regaço.


A luz da aurora é tanta pelo espaço
Que já teu corpo, de ideais primores,
Posso todo banhar em róseas cores,
Quando ìmpiamente e doidamente o enlaço.


É Maio. Posso modular-te um canto
De aves aos centos a voar nos brejos,
Para o triunfo no momento santo.


Em que tu cedas, ébria de desejos,
Ao preguiçoso e dúlcido quebranto
Da deleitosa música dos beijos...


É já na próxima 5ª feira que se vai conversar, durante uma hora, no Mercado de Santana, em Leiria, sobre Acácio de Paiva e o ambiente lírico e romântico que o poeta viveu e verteu para os seus versos espalhados aos sete ventos, pelos jornais e revistas da época, princípios do século passado.
Deixo aqui, hoje, este soneto, Maio já chegou e está no fim, aproveitemo-lo, então, antes que se vá embora, mais uma vez...

Muito se pode dizer sobre a vida e a obra de Acácio de Paiva,(*) entretanto podemos guiar-nos por este link, para irmos adaptando os nossos gostos e olhares da atualidade ao sentir a vida, a poesia, convertida em palavras daquela época...

Escrevia Américo Cortez Pinto, em 1968:


" A poesia estava-lhe no sangue e o seu estro não o abandonou jamais! Faleceu com 81 anos de  idade. E já ao aproximar-se o fim da vida confiava ao papel:
.....E tanto mais eu vivo de Poesia
.....Quanto maior o peso dos meus anos!"
-
(*)Biografia de Acácio de Paiva
@as-nunes

2012/05/17

Rosas de Egito Gonçalves


 

Mais uma voltinha pelo meu jardim/quintal...as couves, os tomateiros, as alfaces, as cebolas, etc estão em plena forma, também...

Pode uma rosa
sofrer de insuficiência cardíaca?
Podem substituir-lhe
as coronárias por uma safena?
que não contava com essa?
Podem as dificuldades ser maiores,
ou menores, conforme
a rosa seja branca ou vermelha?
A rosa do povo
que rompe do asfalto
perde o fôlego ao subrir as escadas?
A rosa murcha mais depressa
que o homem, é certo. Os meus espinhos,
voltados para dentro, ferem-me
a mim mesmo. Toda uma lista
de diferenças se pode fabricar
para mostrar o absurdo
da rosa cardíaca.
Não preciso reflectir muito
para saber
que não sou uma rosa. E a rosa
poderá ter água nos pulmões?
Há hospitais para rosas?

Egito Gonçalves

A pensar no próximo encontro de Poetas na Biblioteca Municipal de Alcanena, no próximo dia 26 deste mês, e no meio dum roseiral  cheio de espinhos de preocupações várias, nomeadamente prazos para cumprir com o Fisco... 
ai a Grécia e os efeitos colaterias para toda a Europa se tiverem de sair da zona €uro! Mas então já não há Economistas e prémios Nobel?!...
e na sessão do dia 31 no Mercado de Santana...para evocarmos Acácio de Paiva, por iniciativa da Câmara Municipal de Leiria!
...
@as-nunes 
Posted by Picasa

2012/03/30

Câmara Municipal de Leiria: correta informação pública reposta

Estamos no Jardim de Sto. Agostinho no Largo de Infantaria 7, em Leiria. Nota-se, na foto, uma pequena árvore junto a uma placa evocativa, cujos pormenores se podem ler na foto a seguir. Ao lado esquerdo também aparece outra árvore, de pequeno porte. São estas duas árvores, dois Quercus, que estão na origem desta entrada. A do meio, é um Quercus rubra e a placa esteve muitos anos a ele associado, indevidamente. É que na placa se refere que foi plantado um Quercus Robur para comemorar o protocolo de geminação entre as cidades de Leiria e Rheine

Finalmente, há uns meses atrás, recebi um e-mail dos serviços respetivos da Câmara, a informar-me, como cidadão/munícipe de Leiria e autor deste blogue, de que foi plantada uma nova árvore (Quercus Robur) mais ao lado e para o seu pé foi transferida a placa em questão. Como era de toda a justiça e por uma nobre causa.

Esta questão básica foi levantada neste blogue em 2007(2) e reforçada noutras ocasiões (*), tendo inclusivamente, o assunto sido reportado pessoalmente ao atual (já o tendo sido à anterior) Presidentes da Câmara. 


Finalmente, a Câmara emendou aquele erro, um erro grosseiro e impróprio tendo em conta as suas funções de interesse público.
Como se pode observar na foto, aqui sim, temos um Quercus robur.  Repare-se na diferença do formato das folhas. (*)(2)

Aqui fica, então, esta singela, mas útil e dignificante nota (como se impunha) , para que conste. Uma posição digna de louvor por parte da atual Câmara Municipal de Leiria, que é com muito gosto que deixo aqui registado.

Talvez que, por esta via, mais pessoas fiquem a saber distinguir um Quercus robur de um Quercus rubra. (ver pormenores aqui) 
Até porque não considero que esta seja uma questão de somenos, pelo contrário. É cada vez mais necessário e urgente que as autarquias se preocupem a sério com a preservação do património botânico dos espaços públicos. Desta forma dá-se um passo importante para a consciencialização dos cidadãos para  a necessidade de cada um de nós se preocupar com a manutenção das árvores, arbustos, outras plantas e flores das nossas cidades, vilas e aldeias.
Elementar, caros amigos e concidadãos deste planeta. Elementar.
-
@as-nunes   

2011/09/08

À atenção da Câmara Municipal de Leiria

É agradável passear no jardim de Sto. Agostinho, em Leiria.

Clicando, pode ler-se o texto alusivo à geminação das cidades de Leiria e de Rheines, na Alemanha.


As folhas típicas dum Quercus rubra, não do Quercus robur.
Lembrei-me de voltar à carga em relação a esta falta de senso, que é manter este carvalho (Quercus rubra) como símbolo dum acto público e de relevo internacional para a cidade de Leiria, porque no texto da placa alusiva se refere explicitamente a um Quercus robur.
Porquê esta teimosia? Ou negligência?


É claro como a água cristalina duma fonte à antiga que aquele carvalho não é um Quercus robur, é um Quercus rubra.


Ainda no tempo da outra senhora tive ocasião de enviar um e-mail à Presidência da Câmara (também alertei, de viva voz, a própria Presidente da Câmara de então) a chamar a atenção para este facto, singelo, mas que é imperioso corrigir. Por vários motivos.
- Imagine-se, por exemplo, que se aproveita o espaço arejado e acolhedor do Jardim de Sto. Agostinho para levar crianças a observar as várias árvores que ali existem: Catalpas, choupos, plátanos, carvalhos, tílias, ulmeiros, salgueiros, freixos, ameixoeiras de jardim, etc.


A discrepância entre o nome referido na placa alusiva ao acto da geminação de Leiria com a cidade alemã de Rheine é notória, para quem consegue distinguir estes dois tipos de Quercus. Mas também é susceptível de gerar confusão para quem queira conhecer as árvores pelos seus verdadeiros nomes.


Não seria tempo de se desfazer este equívoco?
Não seria fácil transplantar este carvalho para outro sítio (pode ficar neste jardim, até podia ficar a simbolizar um gesto de pedagogia ambiental)? E colocar neste preciso local um verdadeiro Quercus robur?

Repare-se na diferença das folhas:
Enquanto este, que plantei há 3 anos no meu quintal, o Quercus robur, tem as folhas ondeadas, o Q. rubra tem-nas ponteagudas. Uma diferença nítida que distingue dois tipos diferentes de carvalhos.
E não me venham dizer que esta é uma questão de somenos. Não é. 
A verdade é que, passados que são vários anos, a árvore colocada no lugar errado continua a crescer...

Só conhecendo a Natureza se pode aprender a amá-la, em consequência, a preservá-la.

Como se impõe cada vez mais, cada dia que passa!...
-
Passo a transcrever, 18 horas após escrever este apontamento:

Há na paz desta tarde
Rente às árvores
Uma tensão oculta um mistério
Um prenúncio de tragicidade
- oco talvez -
Mas são sombrias as sombras
pendentes no movimento pausado
da folhagem
Há formas que nunca viste
Na arquitectura vegetal do momento
Há formas que nunca viste

...
Excerto dum belíssimo poema de Lídia Borges, no seu blogue "Searas de Versos", precisamente, aqui.
@as-nunes
Posted by Picasa

2011/08/16

Leiria: Academia de Futebol Juvenil e o Desporto Escolar


O Guilherme Moura, (31), meu neto, integrou a equipa A do escalão dos Juvenis do UDL-União Desportiva de Leiria, no passado Sábado, no jogo de futebol de onze, com o Massamá(*) (tem outro nome mas não o fixei; de qualquer modo tomei conhecimento que os rapazes vinham da freguesia de Massamá, em Lisboa). 
(*)Aditamento.

Foi só ir à Internet, pois que fiquei com a ideia de que no nome constava a palavra "Real". 
E lá está o historial deste clube Lisboeta.


O Real Sport Clube foi criado em 1 de Agosto de 1995, resultando da fusão dos clubes já existentes nas freguesias de Queluz e Massamá,  o Grupo Desportivo de Queluz e o Clube Desportivo e Recreativo de Massamá, fundados nos anos 50. 


Ganharam o Torneio organizado pelo União Desportiva de Leiria, com dois jogos e duas vitórias, ainda que arrancadas a ferros (isto é, a penalties). Também participou o Beira-Mar.

Interessante a coincidência de, tal como o União Desportiva de Leiria, ter resultado da fusão de dois clubes já existentes na zona.
Talvez seja de se voltar a pensar seriamente em fundir clubes desportivos para que eles melhor possam resistir às exigências brutais que a "crise" está a impôr à gestão financeira das associações. 
Além do mais, tudo indicia que os clubes poderão ter um papel cada vez mais interveniente na ocupação e orientação desportiva dos jovens. Repare-se nos cortes em termos de horário dedicado ao desporto escolar, que o actual Ministério da Educação está a levar a cabo. Pelo que percebi, para já, vai ser reduzida em uma hora semanal a actividade desportiva orientada pelos professores do Ensino Secundário. Esta situação não augura nada de bom para uma melhor integração e socialização dos jovens. 
Já ouvi uma professora de Matemática a dizer taxativamente que preferia que se tivesse retirado uma hora ao horário obrigatório da disciplina de Matemática em detrimento do aumento de mais tempo dedicado às actividades desportivas. Desta forma - argumentava a professora e eu concordo - poder-se-ia melhorar a capacidade de concentração dos alunos, o que seria benéfico para as disciplinas científicas.

O Guilherme jogou à experiência, já que ainda lhe falta um ano, para passar para aquele escalão.
Pelo que vi, no decorrer do Torneio que então se realizou, os "jogadores" daquele escalão têm 14 e 15 anos e já têm um traquejo digno de nota. Bom domínio de bola e boa preparação física.

Penso que é bom que estes adolescentes tenham a possibilidade de praticar o desporto que apreciam. No entanto, quer-me parecer que, a partir deste escalão etário, os dirigentes dos clubes que se responsabilizam pelo funcionamento destas Academias de Futebol, já começam a olhar para os rapazes como eventuais futuros "activos" que poderão ajudar ao equilíbrio das suas finanças, através de transferências para os "grandes", o Benfica, Porto, Sporting, etc.
Quero acreditar que os Clubes com estas Academias têm, no seu quadro técnico, psicólogos capazes de esclarecer os "miúdos" que uma carreira no mundo do Futebol, sendo possível, não é fácil nem é para todos.

Acredito nas potencialidades do Guilherme, por isso, sempre que posso gosto de estar presente e de o incentivar.
Força, Guilherme!
De qualquer modo, atenção, muita atenção aos estudos!...
@as-nunes


2011/07/09

PORTUGAL, SIM! Cartazes eleitorais fora de tempo, não!

Jardim Luís de Camões em Leiria. Um mês e uns dias depois das eleições a que este cartaz aludia ainda lá está especado a entaipar o jardim da cidade.
Não há gente disponível (com tanto desempregado?!...) para se retirar este cartaz?
Tudo bem, que temos que dizer e fazer: "PORTUGAL, SIM". No entanto, estou em crer que se a Câmara Municipal de Leiria fosse dominada por um partido diferente, que não o PS, já este painel teria sido removido, muito provavelmente.
Já que os "serviços de campanha" do PS não tomaram a iniciativa de o fazer, como deveria ser a sua obrigação contratual (sim, que só pode ter sido colocado naquele local com autorização específica da autarquia), nesse caso a Câmara (ou a Junta?) deviam retirá-los e apresentar a conta ao Partido. 
Bem me lembro dos tempos áureos das Campanhas Eleitorais nas quais eu cheguei a participar (Ah força e entusiasmo da Juventude!) em que, volta e meia andávamos às turras com a Câmara que os mandava arrancar. Nós, logo a seguir, a colocá-los de novo, muitas vezes no mesmo sítio. Ou seja, uma Câmara ou Junta de Freguesia, têm a obrigação inalienável de zelar pelo Património público da sua jurisdição. Se é só para despachar expediente ou tratar  de assuntos que dão penacho, então teremos que ponderar sobre o interesse em se estar a despender tanto dinheiro público na sua manutenção orgânica!
Cá por mim, penso que nenhuma autarquia deveria autorizar a colocação de cartazes, independentemente do tamanho e finalidade, em locais públicos como o deste caso. Por exemplo, os "placardes" que, frequentemente, são colocados na Praça da República, mesmo nas barbas da Câmara e do Tribunal Judicial, não me parece que sejam locais apropriados para serem instalados. Aí, pelos vistos, é o BE e o PCP, que detêm o direito de superfície. 

Haja decoro e um pouquinho de sensibilidade para o básico, ao menos!


@as-nunes

2011/03/04

LEIRIA a arder...evocação dos 200 anos da 3ª Invasão Francesa



Uma conclusão e um repto lançados por Carlos Fernandes:                                  


Há, pois, um tempo antes e um tempo depois de 5 de Março de 1811. Leiria renasceu paulatinamente das cinzas de há 200 anos para cá.                             


Há que promover o debate inadiável sobre um Plano de Desenvolvimento de toda a região de Leiria.                                                    São já notórios os sinais de revitalização deste pólo fundamental para o necessário e urgente relançamento do Portugal de hoje! 

-
"O soldado Wheeler recordou os numerosos corpos estendidos nas ruas das vilas e aldeias pelas quais passavam, cujas casas eram muitas vezes incendiadas para embaraçar o avanço dos Aliados. Foi o que aconteceu em Leiria:
A vila ardera em diversos pontos, as casas estavam completamente abarrotadas [sic], portas, janelas, gelosias, e em muitos locais os soalhos tinham sido arrancados para servirem de combustível [...] as igrejas não escaparam, os túmulos estavam abertos e os mortos tinham sido arrastados para fora.
Marchando no trilho do exército francês, os britânicos viram muitas cenas terríveis. Grattan recordou a destruição de belas vilas como Leiria e Pombal e as brutalidades e crimes cometidos contra os seus habitantes."(*)


Convento de Sant´Ana, à data em que foi incendiado pelos franceses, em 5 de Março de 1811, aquando da III Invasão Francesa. A Igreja que se vê do lado esquerdo é a Igreja do Espírito Santo, junto à Rotunda do Sinaleiro, em Leiria.



(clic para ampliar)
Posted by Picasa
clic para ampliar.
 Com a esperada concordância do "Diário de Leiria"
in "Diário de Leiria" de 3 de Março de 2011
-
(*) p. 181, Wellington contra Massena - A terceira Invasão de Portugal - 1810-1811
David Buttery
Ed. Gradiva, 2008

2011/02/01

LEIRIA: Durante quanto tempo mais?


(clic para ampliar. Pode ser que consiga ler...)
Reconheço que às vezes sou insistente. Talvez persistente, digo eu. Não pretendo molestar, desnecessariamente, ninguém. Nenhuma entidade em particular.
Só gostava que alguém me explicasse, em concreto. Porquê manter, tanto tempo, este painel (pretensamente) informativo, neste local estratégico? Já aqui se encontra, plantado, hirto, nostálgico da propaganda que contém mas que está desactualidíssima, desde 2004 (já nem tenho bem a certeza, mas posso confirmar, é uma questão de ir consultar o meu arquivo fotográfico).
Ora repare-se lá na poluição visual que não constitui a manutenção daquele painel naquele sítio, precisamente?
Eu gostava era de poder apreciar, mesmo em pleno Inverno, o Jardim Luís de Camões, em Leiria. Que é para isso que ele foi concebido e devia ser mantido!...
(Copyright © António S. Nunes) Posted by Picasa

2011/01/15

Leiria- 45º Aniversário do Teatro José Lúcio da Silva


Capa do Programa da Inauguração - Preços do Primeiro Espectáculo de Cinema com a exibição do filme "Lord Jim" com Peeter O´Toole

Medalhão comemorativo: quantos mais exemplares estarão preservados?

Muito já se escreveu sobre as atribulações vividas em Leiria, desde o momento em que foi construído o primitivo Teatro D. Maria Pia, erigido no final do século XIX, no local correspondente à zona entre a actual Fonte Luminosa e a Rotunda do Sinaleiro, que acabou por ser, inglória e dramaticamente, demolido em 1958, até ao momento actual do Teatro José Lúcio da Silva.


Muito mais se pode ler sobre esta matéria consultando-se:
1- Livro "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade" de Zaida Paiva Nunes e António Nunes, ed. Folheto - 2004;
2- "Diário de Leiria"(*) de 14 de Janeiro de 2011, com dois excelentes e completos artigos:
pág.: 10 (DL Especial) sob o título "Fundação é o futuro de Teatro";
pág.: 11, "Teatro conta quase meio século de cultura" - "Teatro José Lúcio da Silva comemora, amanhã, 45 anos de actividade ao serviço da cultura".


Durante o mês de Janeiro a programação cultural deste excelente Teatro inclui várias iniciativas, destacando-se uma "Homenagem a Ary dos Santos" no dia 18, que assinalará também os 26 anos da sua morte.
- nota: documentos e medalha de posse da família Paiva. José Teles de Almeida Paiva foi accionista (por herança de seu pai) do Teatro D. Maria Pia, fez parte do seu corpo administrativo e foi gerente do Teatro José Lúcio da Silva, até à sua reforma, em 1992.
- (*)Diário de Leiria registado na minha Biblioteca - 1536-AA0610 
Posted by Picasa

2010/12/11

Leiria: Livros e Encadernadores

Descobri, há dias, na net, o blogue duma oficina de encadernação tradicional, actualmente ainda em actividade, graças à persistência de, provavelmente, dois dos mais antigos encadernadores de Portugal. De Leiria, certamente. 
Ou não fosse esta uma das terras portuguesas mais ligadas a livros, primeiras tipografias, encadernadores artistas!
O filho do Sr. Florindo Simões, o snr. Carlos Simões, o remetente do postal acima, em que nos (a família de José Teles de Almeida Paiva) ofereceu, de sua livre e espontânea iniciativa, encadernado a rigor, o livro que eu e a minha mulher, Zaida, escrevemos em Fevereiro de 2004, com o qual pretendemos prestar a nossa homenagem à memória de um homem que marcou uma época da cidade de Leiria e das instituições principais da sua Câmara Municipal.


É uma raridade e um privilégio viver paredes meias com artistas deste quilate. 


Referências a este livro podem ser consultadas no link atrás indicado.
Já que estamos a falar de livros: ao consultarem o link deste livro, serão confrontados com uma base de dados de uma biblioteca particular. Este trabalho está em curso, muito incompleto, por isso.
Ainda há muitas obras literárias, jornais e revistas para registar e catalogar. Não sei mesmo se terei tempo de vida e paciência para completar este trabalho em que me meti...
Posted by Picasa

2010/12/03

Leiria: A Judiaria em reconversão


o













(clic)(**)Um excerto do "Mapa de Leiria no século XV, assinalando-se a área da Judiaria (Segundo Atlas de Cidades Medievais Portuguesas - 1990)" .
A zona limitada pelo traço mais negro e forte é a do morro do Castelo de Leiria. O Norte geográfico corresponde à linha vertical deste mapa.
A Praça de S. Martinho corresponde à actual Praça Rodrigues Lobo.


O Centro Histórico de Leiria tem vindo a ser restaurado. Paulatinamente, as iniciativas de diversa origem já estão a começar a mostrar resultados.
Agora são as ruínas de uma edificação classificada, na zona da antiga Judiaria(**), que estão a ser reconvertidas.
O edifício, cuja construção se iniciou, vai ser implantado, precisamente, na zona da antiga Judiaria(v.mapa acima, ampliado por clic), local onde terá funcionado genesim, onde os judeus se dedicavam exclusivamente ao estudo bíblico e também Beth Hamidrashonde as crianças aprenderiam a ler e escrever a Lei de Moisés.
Acabou por não se optar pelo aproveitamento da estrutura base do edifício que aqui estava localizado. Vai ser contruído, neste local, à Rua Direita, entre a Travessa da Tipografia e a Rua Manuel António Rodrigues, um edifício de raiz a que se lhe vai dar o uso de Centro Cívico.
Para começar as intenções, analisando-as do ponto de vista meramente pragmático, são boas, digamos mesmo, excelentes(*). Que não nos falte o engenho financeiro e, de acordo com o projecto, teremos ali um pólo de excepcional utilidade tendo em vista a revitalização desta carismática zona de Leiria.


Pelo que me parece, da observação do projecto, acabou por prevalecer a tese de se construir segundo as linhas arquitectónicas modernas em desprimor da preservação dum modelo mais consentâneo com a história daquele local.
Será a melhor opção?...
-
(*) Siga-se este link do site da Câmara Municipal de Leiria.
(**) Ver, ampliando-se por clic, o local exacto, no excerto do "Mapa de Leiria no século XV, assinalando-se a área da Judiaria (Segundo Atlas de Cidades Medievais Portuguesas - 1990)
-
Nota: Leia-se "A Comuna Judaica de Leiria, das Origens à Expulsão",  ed. Campo da Comunicação, 2010, vol. 2 da Série monográfica «Alberto Benveniste» , Saul António Gomes. (ver aqui)

2010/09/01

LEIRIA DO RIO LIS... Sempre!...

(clic para ampliar)
O Rio Lis tem uma extensão de 39,5 Km, nasce a 5 km da cidade de Leiria, nas Fontes, freguesia das Cortes e desagua na Praia da Vieira. É um rio com um trajecto curto mas tem sido desde tempos imemoriais, fonte de inspiração de poetas e outros escritores e uma referência histórica de assinalável relevo.
Na última década e meia têm corrido outros rios de tinta a reportar cheias, secas, poluição, mortandades de peixes, obras Polis de requalificação das suas margens na zona urbana, entre as quais poderemos destacar o chamado "espelho de água", uma represa automática, que transforma a zona do Marachão, entre a Fonte Quente e a Ponte Hintze Ribeiro, num belíssimo lago, perfeitamente navegável mas completamente abandonado, do ponto de vista de aproveitamento da água para utilização de barcos a remos, incluindo canoagem.

Parece que as pessoas deixaram de ver no rio Lis uma forma de aproveitamento lúdico e até desportivo. Inclusivé, os famosos concursos internacionais de pesca desportiva deixaram de se realizar em Leiria. Um espectáculo digno de referência, como o foi nos anos de 60 a 80, pelo que me lembro dos tempos em que vivo neste recanto encantado de Portugal.

Como se pode ver na foto do meio, o rio Lis é povoado, como sempre terá sido, por uma fauna variada. De realçar a presença de barbos (visível na foto), bogas, ruivacos e enguias (em tempos idos, peixe que se comercializava, perfeitamente comestível e de sabor muito agradável). Com o tempo foram introduzidos, o pimpão e a carpa, mas, pelo que me é dado observar, subsistem basicamente, muito a custo nos verões secos, a boga, o ruivaco e o barbo.

A verdade é que este curso de água está sujeito, cada vez mais, a forte pressão da população em geral e os seus péssimos hábitos em termos de protecção do ambiente, da Câmara Municipal de Leiria, pela sua dificuldade em conseguir coordenar uma gestão sustentada deste recurso natural, nomeadamente no que respeita às possíveis formas de actuação prática com vista ao combate à crescente poluição do rio que terá sido o principal estímulo à fixação dos primeiros habitantes de toda esta região de Leiria.
Politicamente, quem tem gerido o concelho de Leiria, tem sido, desde 0 25 de Abril de 1974, o PSD e o PS (no presente mandato). Sem esquecer que o mesmo Presidente da Câmara, Engº Lemos Proença, também esteve à frente da Câmara, ora pelo PSD ora pelo CDS.
De modo que temos que, nos últimos tempos, quem se tem mostrado mais aguerrido na denúncia da situação calamitosa a que o rio Lis e seus afluentes têm sido votados pelos vários agentes poluidores, tem sido, sem dúvida, o BE.
É assim que, um tanto contraditoriamente, talvez, alguém, em nome desta formação política partidária, usou e abusou do direito à livre expressão dos seus pensamentos e acção política, a arma do spray de tinta vermelha em cima do branco imaculado de zonas públicas. Chama-se a atenção para um determinado problema, não há que duvidar, mas exagera-se nas armas utilizadas.
Combate-se a poluição do rio com uma outra forma de contribuir para o mesmo tipo de poluição, ainda que, aparentemente, só visual.

Já agora, o que é que o BE preconiza para se "limpar" o Rio Lis, duma forma permanente e drástica?

Já li(*) e ouvi umas quantas dicas, algumas perfeitamente pertinentes, mas parece que não há grande vontade política para as pôr em prática!..

Vamos continuar a adiar sine die a resolução deste grave problema ambiental e de saúde pública, apesar de tudo uma gota de água no Oceano?
Só que não nos podemos esquecer que o Oceano também só é o Oceano, porque uma infinidade de gotas se juntaram para o formar. E conseguiram este efeito espantoso que é termos a Terra coberta por Oceanos em praticamente 75% da sua superfície!...
-
(*) Leia-se o Jornal de Leiria, o "Público" e o site do BE (aqui)

2010/08/15

Leiria na rota da Cultura Chinesa

Na passada quinta-feira, nas instalações do antigo Banco de Portugal, onde actualmente funciona o Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Leiria.
Palestra/conversa proferida pela Prof. Catedrática Jubilada pela Universidade Técnica de Lisboa, Prof. Dra. Ana Maria Amaro, que presenteou a assistência com uma exposição em tom coloquial mas admirável, subordinada ao tema "Do Misticismo à Diversão Popular - As sombras Chinesas!"
Muito se falou da ideia de sombra segundo a Cultura Milenar Chinesa e da sua utilização em espectáculos de Teatro, os chamados espectáculos sombra, muito utilizados para distrair a população chinesa e, em várias ocasiões, para mais facilmente se despertar a atenção popular para problemas e momentos de particular relevo, que interessava divulgar por toda a China. Foi com este tipo de espectáculos que já em tempo de República, nos anos 30, se apelou ao sentimento nacionalista dos Chineses para combater os invasores Japoneses, por alturas do princípio da época da II Guerra Mundial.
A sombra foi apresentada como uma ideia inicial de assombramentos, ao mesmo tempo que permitiu reforçar o conhecimento do polo oposto, a Luz, em contraste flagrante e sinónimo de vida. Como não seria de espantar foram os monges budistas que usaram primeiramente a ideia de sombra e a sua representação cénica para acentuar a divulgação de Lendas, da História e para realçar, duma forma drástica, as diferenças fundamentais entre o Ocidente, essencialmente mercantilista e a Grande China, mais ideológica e orientada pela reflexão profunda dos seus mentores.


............................ (...) Ergo o meu copo
......................................( e convido a lua
............................ A minha sombra
............................ (projecta-se diante de mim.
............................ Assim, já não estou só.
............................ Somos três a brindar! (...)
No final a Prof. Dra. Ana Maria Amaro obsequiou os presentes com um CD com os diapositivos que usou na sua conferência. Uma verdadeira bênção, para quem gosta de apreciar com vagar e serenidade, uma matéria tão interessante e, ao mesmo tempo, tão distante nos seus pormenores, do vulgar cidadão do mundo não Chinês. Claro que veio à ribalta, a ligação íntima que nós, Portugueses, tivemos com os Chineses, através da nossa permanência em Macau e, a propósito assinalou-se o facto de terem, entretanto, decorrido dez anos desde que a Administração Portuguesa daquela parcela ínfima da China foi tranferida para os seus naturais.
Nos agradecimentos, a Dra. Ana Amaro destacou a actuação interessada e simpática da Câmara Municipal de Leiria e a Fundação Jorge Álvares.
-
NOTAS:
1- Para quem tiver interesse em obter um CD com os diapositivos (que a Dra. Ana Amaro cede com a toda a sua boa vontade) basta que contacte o autor deste blogue ou o Pelouro da Cultura da CMLeiria;
2- Também tivemos oportunidade de observar em mão, papel original feito de arroz e com desenhos chineses pintados à mão; o mesmo para figuras usadas nos espectáculos de sombra, feitos em pele de burro, e devidamente trabalhados e articulados;
2- Esta conferência enquadrou-se nas actividades relacionadas com a exposição patente no Edifício do Banco de Portugal "Macau: Encontro de Culturas".
Posted by Picasa