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2014/12/22

ACLAL - Academia de Letras e Artes Lusófonas ; Boletim Informativo nº 6, Dez 2014






 Arménio Vasconcelos ...........................................Aquilino Ribeiro   (ensaio p. 2)  (*)

                                                                         (também em https://www.facebook.com/groups/aquilinoribeiro/ )
                                           
Seguindo o link abaixo pode ler-se o Boletim Informativo nº 6, Dez 2014, da ACLAL.
Equipa editorial e Redatorial:
Arménio Santos Vasconcelos
António Santos Nunes

https://drive.google.com/file/d/0B0v6K4Xe-OCYLW9tRncweGdsMHJrS0xic2NDWXFWTFlidy1J/view?usp=sharing

(*)  (Permiti-me o desplante de publicar neste Boletim um pré ensaio sobre Aquilino Ribeiro)

(@ Reservados todos os direitos de autor a favor da ACLAL e dos Autores)

2014/11/09

Al Berto e eu...




“ A tua ausência ainda   pernoita……
nos escombros de uma fotografia”

Al   Berto



Abri esta folha, olhei-a, à primeira vista, um branco imaculado.

Gostaria de me envolver no exercício da escrita, com mais propriedade do que a que, até aqui, estou a conseguir. Mesmo assim permito-me insistir nesse propósito, por diversas vias, todas demasiado prosaicas, talvez. Escrevo até à exaustão em blogues, um, dois? livros. Particularmente, sob a batuta e mote da fotografia. Da fotografia de minha autoria. Essencialmente, fotografia de reportagem, instantâneos do que vai ocorrendo nos momentos da minha vida.

Agora que estou a entrar na segunda metade da minha década dos sessenta, decidi-me a rever conceitos, formas, projectos de estudo, ensaiando até poder. Ainda não perdi a esperança de que poderei vir a conseguir escrever algo de novo, algo de útil e diferente, que resulte do trato natural e espontâneo da minha imaginação e experiência de vida.

Imaginação, o que é a imaginação, em que é que se irá materializar a minha imaginação ao ser transposta para letra de forma sobre esta folha de papel que tenho aqui à minha frente? É verdade que ela já encontrou o mote do momento, alguns versos de Al Berto. Quanta presunção!
De qualquer modo, ei-la que está a começar a aparecer com uns salpicos gráficos. Mas para que servirá essa mancha assestada na claridade?

O dia está esplendoroso, ainda não são onze horas, da janela que tenho em frente diviso uma paisagem vistosa, a Natureza em pleno vigor, o rio Lis aqui perto a caminhar de mansinho, pelo vale, entre montes sobranceiros, mal acabou de nascer. Lá vai ele ao encontro do Lena, na Barosa. Ali se juntam, há quantos séculos não sabemos, há muitos, que não os conseguimos contar, ninguém ainda conseguiu contar. Muitos já o cantaram e continuam a cantar. Maravilhosamente. Bucolicamente. Romanticamente.
Leiria e o seu castelo e o seu rio trazem-me à ideia ausências várias. A  ausência do tempo em que não senti a sua alma, ao mesmo tempo a ausência de terras de Viriato, da minha ancestralidade, da minha juventude.
Poderei afirmar categoricamente que uma grande parte do que me vai ocorrendo na vida está fixado em fotografia. Fotografia no sentido literal do termo. Quantas fotografias não me olham com ares misteriosos, às vezes desconfiados, outras como que a querer falar comigo, enquanto eu as olho e ao olhá-las sou assaltado por sentimentos os mais dispersos, contraditórios e, em muitos casos, a apelar intensamente a certas  ausências, algumas de que mal me tenho apercebido no nevoeiro infernal com que o tempo vai toldando o meu espírito.
-
Ausência…
Pernoitar..
Escombros..
A ausência de um momento corporeamente registado numa fotografia?
Já deteriorada pelo correr do tempo?

Essa ausência dorme…dorme…
Ainda é noite!
Até quando  vai continuar adormecida?
Não amanhece…a noite continua…
Deixemo-la dormir em paz!
Enquanto o tempo o permitir!

                      António Nunes
-

* ver Boletim Informativo da ACLAL nº 5/2014 - pp 36-37

2013/10/11

ACLAL - Boletins informativos

Em tempo:

Fica aqui o link para consulta em ficheiros .PDF dos Boletins informativos da

ACLAL- ACADEMIA DE LETRAS E ARTES LUSÓFONAS

Ver mais sobre ACLAL neste blogue.

Boletins informativos nos 1, 2 e 3.   (aqui para se ler o Boletim nº 1 com melhor qualidade gráfica)

2010/09/28

LEIRIA e os seus poetas e escritores: Acácio de Paiva

Recebi hoje o Boletim Informativo da Junta de Freguesia de Leiria, nº 24, Setembro a Dezembro de 2010.
Também tive acesso a este boletim por via digital. Segundo me informaram está a ser construído um sítio na internet para que as actividades desta Junta e da Freguesia possam ficar disponíveis on-line e, na medida do possível, em real-time.
Trata-se duma decisão inevitável para os tempos correntes. O cidadão comum começa a ter acesso à informação via internet cada vez com mais facilidade, de forma mais barata (será que está a tender para que seja gratuita?... Será isso viável, economicamente?...). Que está a transformar-se numa ferramenta extremamente cómoda, já não nos resta qualquer dúvida. Demasiado cómoda, talvez! 
Estaremos nós condenados a ficarmos sentados defronte dum computador? É certo que os próprios meios de emissão/recepção de informação digital armazenada na rede global também estão a sofrer uma intensa e permanente mutação tecnológica no sentido da miniaturização e consequente mobilidade. 
Ou seja, a Humanidade terá que se habituar a conviver com a rapidez estonteante da evolução da tecnologia?

Entretanto, estamos a ser confrontados com uma outra questão transversal e fulcral: a documentação, mesmo a que se encontrava mais escondida nos recônditos de "arquivos mortos" ou mesmo "arquivos secretos" está, progressivamente, a ser disponibilizada, deliberada ou subrepticiamente, para consulta pública, na Internet, indiscriminadamente. Será que vamos por bom caminho? Não, certamente, se não forem fixadas regras básicas e susceptíveis de controlo por quem de direito. Mas como? Que formas se podem perspectivar para se filtrar a informação já disponível na internet e a que vier a ser no futuro? E que tipo de filtros é que devem ser usados? Quem vai definir critérios de actuação?
Sem dúvida que estamos numa encruzilhada complexa e de imprevisíveis consequências para o futuro do tratamento da informação. Da própria Humanidade, teremos que o admitir, desde já.

A Junta de freguesia de Leiria propõe-se trabalhar num projecto que visa orientar a atenção dos turistas e dos próprios habitantes para a ligação que a cidade manteve e mantém com variadíssimos "Poetas e Escritores Leirienses". Que, inclusivamente, têm referências toponímicas nesta urbe. Tais como:
Abraão Zacuto (1450-1510) (1)
Acácio de Paiva (1863-1944) (1a)
Acácio Leitão (1866-1945) (2)
Afonso Acácio Serra (1914-2001)
Afonso Lopes Vieira (1878-1946) (3)
Agostinho Tinoco (1896-1969)
Alexandre Herculano (1810-1877) (4)
Américo Cortez Pinto (1896-1979) (5)
Artur Lobo Campos (1884-1949)
Eça de Queiroz (1845-1900) (6)
Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622) (7)
Gago Coutinho (1869-1959)
João Cabral (1905-2001) (8)
João de Deus (1830-1896)
Miguel Torga (1907-1997) (9)

Miguel Torga e Alexandre Herculano foram alvo, recentemente, em Leiria, de merecidas homenagens, respectivamente por alturas dos Centenário (Torga) e Bicentenário (Alexandre Herculano) dos seus Nascimentos.

Julgo ser intenção da Junta de Freguesia de Leiria patrocinar, de seguida, uma homenagem a um poeta de reconhecido mérito, local e nacional, nascido justamente na casa onde, neste preciso momento, estou a alinhavar estas linhas que aqui quero deixar à disposição dos meus leitores: Acácio de Paiva. (Poema sobre Leiria - ler aqui)
-
(Cá está. Qualquer um de nós pode, tendo presente a facilidade do recurso às novas tecnologias da informação, publicar o que entender. 
Espera-se é que não se abuse destas facilidades para se publicarem falsidades, inexactidões, obscenidades.
Da minha parte, o meu principal fito em por aqui andar a deixar alguns marcos dispersos é, simplesmente, escrever sobre "o que me vai  ocorrendo" na minha qualidade de "Um Viseense tão Leiriense como os que o são".)

(1A) http://dispersamente.blogspot.com/2007/11/accio-de-paiva-e-o-largo-da-s.html
(1) http://dispersamente.blogspot.com/2010/06/leiria-e-comunidade-judaica.html
(2) http://dispersamente.blogspot.com/2010/04/acacio-leitao-biografia.html
(3) http://dispersamente.blogspot.com/2006/12/viver-leiria-afonso-lopes-vieira.html
(4) http://dispersamente.blogspot.com/2010/09/leiria-no-ii-centenario-de-alexandre.html
(5) http://dispersamente.blogspot.com/2006/04/ea-de-queiroz-em-leiria-post-4n.html
(6) http://dispersamente.blogspot.com/2006/04/ea-de-queiroz-em-leiria-post-5n.html
(7) http://dispersamente.blogspot.com/2007/03/volta-do-maviosssimo-poeta-francisco.html
(8) http://dispersamente.blogspot.com/2009/01/cortes-leiria-ponto-do-cavaleiro.html
(9) http://dispersamente.blogspot.com/2007/01/miguel-torga-centenrio-do-nascimento.html

*************************** SEM ESQUECER ************************

      AQUILINO RIBEIRO


http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/aquilino%20ribeiro


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2010/01/01

Leiria do Rio Lis...em tempo de muita chuva

Leia-se, também, o belo poema de Soares Duarte, p. 12 do boletim nº 2, da ACLAL (aqui)

Da ponte Hintze Ribeiro, em 30 de Dezembro, tempo de muita chuva, o rio Lis (*) e as suas águas, ora de curso lânguido e cantado por variadíssimos poetas e trovadores, ora de rápidos e cheias que se espraiam pelas várzeas luxuriantes do vale do rio, desde a zona da Barosa até Monte Real...

(*) A etimologia da palavra identificativa do nome do rio que atravessa Leiria, vindo das Fontes, freguesia de Cortes e terminando o seu curso de cerca de 50 Km, no Atlântico, na Praia da Vieira, tem suscitado algumas confusões, que talvez pudessem ter sido evitadas, na devida oportunidade. A palavra correcta deve ser "LIS", como aliás, se tem vindo a usar da há já umas décadas a esta parte.
Uma das opiniões, favoráveis à utilização da toponímia "LIS" e não "LIZ" é a de Manuel Marques da Cruz, conforme publicou o "Jornal das Cortes nº 106, 2/Set/96, p.6). (v. também o livro "Recortes do Jornal daí" vol I, pág. 297).
Resumindo: concordo com a forma simples como se conclui pelo uso da palavra LIS. Resultará do cruzamento da palavra lilium com a palavra Iris. Pondo isto em linguagem genética, direi: de lilium veio o cromossoma "l", e de Iris os cromossomas "is": i + is = lis.
Continua, Marques da Cruz: O lírio e a Iris são plantas da mesma família, mas de géneros diferentes. Os franceses têm um rio a que chamam Lis. Que nunca escreveram com um "Z"; os bons dicionários portugueses só registam a forma "Lis"; o Armorial Lusitano diz-nos que já em 1528 uma família nobre tinha o apelido "Lis".
Também adoptam a designação "LIS" outros dos mais categorizados dicionário portugueses:
- Enciclopédia Verbo
- Dicionário Etimológico, de Pedro Machado
- Dicionário Lello
- Dicionário de Augusto Moreno
- Dicionário da Literatura Portuguesa, dirigido por J. Prado Coelho

Consultando  eu o "Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube" de 1996 pode ler-se: 
LIS. (fr.lis, do l. lilium). s.m. LÍRIO. || v. FLOR-DE-LIS.
LIS. Rio da subregião Oeste, que banha Leiria e desagua em Vieira de Leiria, após um percurso de cerca de 50 Km. Pouco caudaloso, atravessa uma região onde as explorações suínas e as variadas indústrias que rodeiam a cidade de Leiria têm contribuído para o aumento da sua poluição.

Ou seja: será de manter estas placas toponímicas com nomes alegadamente errados? É que ninguém consegue em bom rigor, justificar esta grafia, que está bem implantada na ponte Hintze Ribeiro e noutros locais, ao longo do percurso do rio Lis. E lá vão coexistindo, dolentemente, como se estivessem ali a disputar a toponímia correcta para o nome deste belo rio português.
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2009/12/26

ACLAL - Boletins Informativos e Culturais


Sabe o que é a ACLAL?



Nota suplementar em 12 de Outubro de 2011:
Pode seguir este link http://dispersamente.blogspot.com/2011/10/blog-post_11.html
-
Pode consultar os Boletins da ACLAL (aqui)
1 - Logotipo
2 - Boletim Nº 1 - Novembro de 2009
3 - Boletim Nº 2 - Dezembro de 2009

Brevemente a ACLAL terá presença em site próprio. 


Entretanto pode obter informações em http://aclalusofonas.blogspot.com

2009/12/16

Da Ilha de Moçambique, com amor pela Língua Portuguesa


Porque sinto a Ilha de Moçambique - que conheci em 1970 - como se lá tivesse deixado uma parte do meu ser Cósmico e Lusófono!...



Excerto do excepcional texto do Prof. Dr. Fernando Baptista
Da náutica dos mares... à «coyta de amor»
do «cuydar» da nossa língua.(1)
inserto no Boletim Nº1 da ACLAL de Novembro de 2009. (*)

(…)
1.1. A palavra dos grandes poetas e escritores da CPLP e a língua portuguesa como insuperada
memória e arquivo dos legados fundamentais duma cultura polifónica, inter-continental e
inter-oceânica

"Sopro pulmonar tornado paixão / de música", a inspirar "a escrita suprema de imaginar por música as coisas"2 e a transmudar-se em "ânfora cantante"3, é A PALAVRA plasmada nos textos dos grandes poetas e escritores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, mais do que nenhuma outra palavra, transporta elevatoriamente a nossa língua, fazendo-a ascender à sua mais alta potência comunicacional, noética e semiósica, à sua mais acabada configuração estético-literária e à sua mais dilatada e globalizada projecção cartográfica, resultante daquela que foi e, em certa medida, ainda continua a ser a sua odisseica navegação, errância e diáspora pelas sete partidas do mundo...
(…)

1) O presente texto reproduz, no essencial, uma conferência proferida em 20 de Maio de 2009, na Cidade da Beira / Moçambique, na Delegação do Instituto Camões.

3Na graciosa e «arqueológica» metáfora grega de Alberto de Lacerda
Oferenda I, Lisboa, IN.CA, 1984, poema “Esta língua que eu amo»,
pp. 316-317. Carlos Alberto Portugal Correia de Lacerda, de seu nome completo, nasceu na Ilha de Moçambique, em 20 de Setembro de 1928, e faleceu em Londres, em 26 de Agosto de 2007.
(*) Pode-se ler na íntegra, este e outros belos textos de apologia da Língua de Camões, a partir do lugar da internet (aqui).
Ver também o blogue da ACLAL – Academia de Letras e Artes da Lusofonia.