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2012/04/23

Todos os dias são dias mundiais do Livro!...

O Largo 5 de Outubro de 1910, em Leiria, hoje.
Livros e mais livros, uma pequena amostra dos livros cá de casa, juntos ao longo de várias décadas...

Neste dia, oficialmente consagrado ao Livro, chegou-me, pelo correio, uma embalagem com um livro que eu comprei num alfarrabista, por sinal até se chama Nunes, o Luís Nunes, já lhe comprei vários, via internet, normalmente de poesia ou da autoria de escritores de quem já é muito difícil obter edições comerciais de livraria.
Há dias celebrou-se o 170º aniversário da morte de Antero, daí a razão de eu me decidir a procurar algo mais sobre Antero de Quental. Estou à espera de mais dois, um só com sonetos. São livros relativamente baratos, tudo é relativo, mas andam - colocados em casa, via CTT - entre os 5€ e os 7 e tal euros, às vezes um pouquito mais, quando me entusiasmo por alguma edição em particular e consigo que o acréscimo de despesa tenha cabimento de verba no meu orçamento.

Este livro, cuja capa está reproduzida na composição acima, é uma edição da Secretaria Regional de Educação e Cultura (Açores), Angra do Heroísmo, 1987. Por coincidência, o tema da capa é uma colagem com pintura de Álamo Oliveira, um grande escritor Terceirense, que ainda há três ou quatro meses esteve no Encontro de Poetas do Grupo de Alcanena, de que muito me honra fazer parte 
(como aprendiz, eu sei, mas que me têm proporcionado ótimos motivos de inspiração para uma tardia renovação do meu amor pela Poesia). 

A pp 196 do citado livro, pode ler-se este fragmento do Discurso de 7 de Março da Liga Patriótica do Norte:
(...)
" A vida actual, para ser autónoma e independente, tem de ser remodelada. A nação tem de emendar erros profundos e numerosos, acumulados durante muitos anos de imprevidência, de egoísmo, de maus governos e de corrompidos costumes públicos. Esta situação é tanto mais grave, quanto gradualmente se foi estabelecendo entre a nação e os governantes um verdadeiro divórcio, divórcio há muito latente e que a crise actual veio apenas patentear em toda a sua cruel realidade. Os governos, em Portugal, deixaram há muito de representar genuinamente os interesses e o sentir da nação. "
(...)
Estávamos na segunda metade do século XIX.

Parece impossível que hoje, 150 anos depois, ainda se possa considerar este discurso atual!...

@as-nunes