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2014/12/07

Alexandre Herculano: Centenário do seu nascimento em 1910 em Leiria


In p. 153, História de Portugal, Portugal Liberal, vol. VIII, direção de João Medina.
Em artigo escrito por Vitorino Nemésio sobre Alexandre Herculano na sua personalidade de historiador. O enquadramento das lutas liberais no sec. XIX na sua atividade como historiador.
Alexandre Herculano nasceu em 28 de Março de 1810. Fez parte da chamada geração de 70.

2012/03/06

Leiria: Rotunda do Sinaleiro ao longo dos tempos


Era assim o cruzamento vital da circulação rodoviária que atravessava Leiria, tal como me lembro dos anos 60 do século passado, quando cheguei a estas paragens, vindo eu diretamente das terras Viseenses e de Viriato. Por aqui passava a Estrada Nacional número um, que ligava Lisboa ao Porto. Quantas peripécias viveram os polícias sinaleiros que prestaram serviço no cimo daquela peanha!
Vê-se nitidamente o tamanho dum choupo que se encontrava mais ou menos no sítio da atual estátua ao Pastor Peregrino.
Rotunda do Sinaleiro - 2010. 
Antes da atribuição deste topónimo era a rotunda do Largo Alexandre Herculano e tinha esta configuração esquisita. Ainda a fachada do antigo e majestoso Hotel Lis tinha a bela apresentação que se pode observar na fotografia.


 A rotunda do Sinaleiro, tal como se apresenta hoje.
No ensejo desta nota evocativa de Alexandre Herculano é oportuno referenciar-se que:
"- Na parede do átrio do Teatro D. Maria Pia foi colocada uma placa comemorativa do 1º Centenário de Alexandre Herculano, como consta da acta da reunião realizada em 6.5.1910." João Cabral - Anais do Município de Leiria, vol. II - 2ª Edição 1993, CMLeiria. (link)

Placa evocativa do Centenário de Alexandre Herculano, recentemente colocada na rotunda do Sinaleiro, na fronteira com o largo da fonte luminosa (parte integrante da Praça Goa, Damão e Diu), no local onde se situava o Teatro D. Maria Pia, barbaramente demolido à força, em 1959.
Esta placa foi inicialmente colocada no próprio Largo com o mesmo nome, mais conhecido pela célebre fonte das três bicas ou das carrancas. Posteriormente foi retirada e esteve abandonada durante décadas no Castelo de Leiria (v. entradas sobre Alexandre Herculano).
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nota: 
Mais informação se pode recolher consultando "O Polícia Sinaleiro em Leiria - Abordagem histórica", Ed, da Junta de Freguesia de Leiria - 2008.
@as-nunes

2010/11/07

Leiria - Um recanto de encanto em dias de desencanto!...

Não me canso de acompanhar este recanto do Jardim Luís de Camões - Leiria: acer falso plátano; faia púrpura; liquidâmbar; melia azedarach.
Pormenor das folhas do liquidâmbar no Outono. Esta é uma das árvores que mais me emocionam com as cambiantes com que nos brinda durante as várias estações do ano.
Pormenor da copa da faia que faz parte deste conjunto encantado. Muito perto, o Largo Alexandre Herculano (leia-se uma carta que escreveu do seu retiro na Quinta de Vale Lobos, em que se refere às suas três amadas faias, cuja sombra protectora dizia ser preferível a visitar museus e viajar. Já desiludido da vida mundana e da política)

Entretanto, as rádios, televisões, jornais, só nos mostram o símbolo do Euro (furado), falam-nos de Orçamento do Estado, Déficit, Dívida Pública (Talvez que a China nos ajude... com contrapartidas, claro está), Cavaco Silva a falar de mudanças de sistema económico (que mudanças? Porquê agora? precisamente nesta altura? porque não quando foi 1º Ministro?).

Apetece ficar pasmado a olhar para a beleza e sossego encantado deste recanto, junto ao rio Lis, murmurar versos dos poetas que o têm cantado ao longo dos tempos, que aqui encontraram as suas musas inspiradoras!...

E esquecer a vida atribulada que levamos. E o Futuro incerto, carregado com cores de drama, que aí se avizinha!?...
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2010/09/20

Leiria no II Centenário de Alexandre Herculano

Realizou-se no dia 18 de Setembro de 2010, no Arquivo Distrital de Leiria, sob a coordenação do CEPAE e do Arquivo, um colóquio evocativo do II Centenário do Nascimento de Alexandre Herculano.
Legenda da composição fotográfica:
- Busto de Alexandre Herculano cinzelado em 1910, por alturas do I Centenário comemorado em Leiria e à guarda do Arquivo Distrital. Em muito bom estado de conservação;
- Acácio de Sousa, Director do Arquivo Distrital;
- Carlos Fernandes, jornalista, agrónomo, escritor, grande impulsionador de manifestações culturais em Leiria;
- Aspecto parcial da mesa do Colóquio, vendo-se o Dr. Joaquim Ruivo, Presidente da Direcção do CEPAE, Prof. Dr. Guilherme d´Oliveira Martins, Director do Instituto Nacional da Cultura e Presidente do Tribunal de Contas e Prof. Dr. Saul Gomes, Catedrático da Universidade de Coimbra, grande dinamizador do levantamento histórico de toda a região da Alta Estremadura;
- Adélio Amaro, editor, jornalista, Presidente da Fundação da Associação Cultural Açores-Leiria;
- Amélia Pais, professora reformada, escritora.
Abriram os trabalhos os Presidentes da Câmara Municipal de Leiria e a Presidente da Junta de Freguesia. 
Como não podia deixar de ser, o orador convidado e presidente do Colóquio foi o Prof. Dr. Guilherme d´Oliveira Martins.
Tópicos do que registei da excelente dissertação de Oliveira Martins (Não confundir com o grande historiador com o mesmo nome, ainda que o actual seja seu descendente):
- A História de Portugal, de Alexandre Herculano, abrange um período de 200 anos, não mais, mas é o primeiro trabalho metódico e muito rigoroso, que foi levado a cabo na área especificamente da História cronológica de Portugal. Este trabalho  abrange o período desde o Nascimento da Nacionalidade até ao reinado de D. Afonso III  e é baseado directamente na fonte da informação documental, pelo que se assume com a devida e justa primazia na área do estudo da História de Portugal.
O próprio Oliveira Martins, que escreveu uma História completa de Portugal, serviu-se, quase literalmente, deste esforço pioneiro de Alexandre Herculano, para alicerçar o seu brilhante estudo, ainda hoje um dos pilares da moderna Historiografia.
- Não podemos reflectir sobre Portugal sem lembrarmos Alexandre Herculano.
- Alexandre Herculano é um símbolo de honradez, cidadania e estudo das fontes das origens do Povo.
- Alexandre Herculano apoiou os revolucionários Liberais, activamente, acompanhando-os na sua campanha militar, fazendo parte do grupo que desembarcou no Mindelo.
- Foi um defensor acérrimo do Parlamentarismo, sendo-lhe atribuído o conceito de "Que o País seja governado pelo País".
- Foi com Alexandre Herculano que o Movimento regenerativo se impôs em Portugal, após a vitória Liberal capitaneada por D. Pedro IV. De qualquer modo recusou-se a fazer parte do I Governo saído desse movimento.
- O Código Civil de 1867 foi revisto, conceptual e ortograficamente, por Alexandre Herculano, que nele inseriu a figura do casamento civil, o que lhe acarretou graves desavenças com a Igreja Católica.
- Desenvolveu a concepção de Municipalismo, tendo sintetizado esta ideia numa célebre frase: "somos porque queremos".
- Um dos seus mais sublimes livros de referência é "A Voz do Profeta".
- Na narrativa "O Pároco da Aldeia" conseguiu transmitir aos seus leitores a ideia de que se pode viver na maior das Espiritualidades, mas que são de recusar todas as superstições que se lhe possam ser associadas.
- No que respeita às suas ligações íntimas com o jornalismo há que realçar a célebre "Lei das rolhas" com a qual se pretendeu limitar a escrita exacerbada contra o Governo de Costa Cabral.
(...) 
Muito mais foi dito pelo próprio Oliveira Martins.
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Os restantes oradores focaram as vertentes na área da intervenção literária (Dra. Amélia Reis), na da Agricultura (Engº Carlos Fernandes), e na do Jornalismo (Dr. Adélio Amaro).

Dada a extensão dos trabalhos que foram preparados para efeitos deste colóquio e que aqui só foram aflorados, o Dr. Joaquim Ruivo do CEPAE comunicou que estas intervenções e as conclusões do Colóquio serão proximamente passadas a livro.
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(mais sobre Alexandre Herculano - síntese)

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2010/09/14

LEIRIA numa significativa EVOCAÇÃO de ALEXANDRE HERCULANO



Em diversas oportunidades já aqui ficaram registadas variadas passagens acerca da figura e da obra excepcional de Alexandre Herculano.
Pode consultar (aqui).
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Os Leirienses comemoraram, da forma como se descreve seguindo o link acima, o Centenário do nascimento do ilustre político e homem das Letras portuguesas, que foi Alexandre Herculano. 
Veremos o que se irá passar no decorrer deste ano, agora que ocorre o Bicentenário da mesma efeméride!...
(excerto de um dos apontamentos anteriores... neste blogue)
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De notar, também, que o Dr. Guilherme 
d´Oliveira Martins, que vai presidir à mesa do Colóquio, é descendente do grande historiador Oliveira Martins, contemporâneo de Alexandre Herculano.
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2010/07/25

LEIRIA: ALEXANDRE HERCULANO e o Bicentenário do seu nascimento

DENTRO DE TI, Ó LEIRIA: ALEXANDRE HERCULANO NO 1º CENTENÁRIO

Que esta luz no interior do Castelo de Leiria possa contribuir para ajudar a construir as novas caravelas que hão-de guiar Portugal pelos MARES encapelados da actualidade!...



Os Leirienses comemoraram, da forma como se descreve seguindo o link acima, o Centenário do nascimento do ilustre político e homem das Letras portuguesas, que foi Alexandre Herculano.

Veremos o que se irá passar no decorrer deste ano, agora que ocorre o Bicentenário da mesma efeméride!...

Por todos os motivos sobejamente conhecidos e mais os que se prendem com o momento actual que Portugal atravessa - com variadíssimos traços de união com a época de Alexandre Herculano, de decadência do sistema político, económico e social - seria de todo útil, promover acções evocativas e de reflexão profunda e sistemática  sobre o melhor rumo possível que os Portugueses actuais têm o DEVER indeclinável de propor para o nosso País!

Com toda a urgência!
Ainda estamos a tempo de evitar a repetição dos nefastos erros do nosso Passado colectivo!...

2010/05/27

Alexandre Herculano - Herói nacional e lavrador (bicentenário do seu nascimento)

Está em curso o ano do bicentenário do nascimento de Alexandre Herculano.
A capa acima é dum livro de João Medina, Edições Terra Livre, 1977 e a gravura é da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro e dedicada a Alexandre Herculano, a quem um dia chamou "azeiteiro". Foi utilizada na Capa da revista Lanterna Mágica, de 26 de Junho de 1875.
Durante várias décadas, anos 40 a 60 do século XIX, Herculano dedicou a sua vida à política  e à literatura, tendo atingido a expoência máxima. Era considerado, consensualmente, o «primeiro homem do seu país», tendo participado nos momentos mais importantes que se passaram em Portugal naquele período. Escreveu os livros mais lidos do seu tempo, nomeadamente pelos mais novos, que muito o apreciavam. Foi o inspirador da revolução liberal de 1851(*) e organizou um dos dois partidos liberais da altura. Redigiu o Código Civil com o qual se poderá dizer que se iniciou o processo de separação da Igreja e do Estado com a institucionalização do casamento civil e que haveria de se consumar já em pleno século XX. Esta tomada de posição criou muitas incompreensões e inimizades a Herculano, que passou a ser visto como um ateu convicto o que não correspondia, de todo, à realidade. Privadamente, Alexandre Herculano frequentava a sua capela privativa na sua Quinta de Vale de Lobos. 

Inesperadamente, no momento em que o país se afundava dramaticamente num caos de valores sociais, políticos e económicos, determinado a não se deixar envolver em confronto com as ideias da nova geração que estava a surgir na ribalta da cena política e literária, retirou-se voluntariamente para a sua Quinta de Vale de Lobos (que comprou com os direitos autorais dos seus livros), transformando-se num verdadeiro e empenhado lavrador. Com esta decisão cortou radicalmente com a vida pública passando a viver duma forma decididamente solitária.


Repousa na capela tumular do Mosteiro dos Jerónimos.

Herculano escreveu muitas das mais belas páginas da literatura e da História de Portugal. Pode-se mesmo dar o devido realce à magistral obra Eurico, o Prestíbero. Nesta oportunidade, porém, apetece-me falar duma das suas Cartas Inéditas a Joaquim Filipe de Soure datada de 4 de Julho de 1867(?) a que lhe deu o título: AS TRÊS FAIAS.

E lembrei-me de deixar aqui, mais uma vez, expressa a minha admiração pela FAIA da Alameda José Lopes Vieira, junto ao Rio Lis e ao Jardim Luís de Camões, em Leiria (v. foto). Esta árvore, enquadrada por outras, também muito bonitas (melia azedarach, liquidambar, padreiro, bordo, tília), compõem um dos recantos mais românticos de Leiria (já aqui publiquei variadíssimas fotografias).

Porque virá a propósito deste meu parêntesis, e também porque espelha fielmente o espírito monástico de Herculano da altura, permito-me transcrever um pequeno excerto daquela carta: "... Em suma, o canto obscuro da aldeia é hoje o meu único destino nacional, e felizmente a minha única ambição. As minhas três grandes faias dão-me mais prazer ao vê-las que todos os museus, monumentos, praças, teatros, bibliotecas da Europa. Que ia eu lá ver, se não achava lá as minhas três faias? Estou assim: que lhe hei-de eu fazer?"
Lendo a contra-capa do livro que está a servir de guia deste texto facilmente se deduz que o seu objectivo é transmitir um tributo de homenagem a Alexandre Herculano. Estava-se na altura da sua edição a comemorar o centenário da morte de Herculano.
Raramente alguém terá inspirado tanta controvérsia à volta da sua vida e da sua obra, na qual se envolveram, a favor e contra tantas figuras conhecidas, como no caso de Herculano. O caso é que se trata de figuras gradas da literatura portuguesa pertencentes a uma geração mais nova, a geração dos anos 70 do séc. XIX. Figuras que conheceram e conviveram com Herculano e que, por isso, lhe estariam mais próximas, emocionalmente.
Dentre essas figuras cimeiras destacam-se: Antero de Quental, Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro, Anselmo de Andrade, Ramalho Ortigão, Teófilo Braga, , Adolfo Coelho e - sobretudo - Oliveira Martins.
...
Muito mais se poderia acrescentar para compor este texto. Simplesmente, o que me motivou a abordar este tema, o de falar de Alexandre Herculano, foi, por um lado, o facto de estarmos em ano de comemoração do bicentenário do seu nascimento e, por outro, o de recapitular informação que já me estava a ficar distante no tempo em que na Escola a tive que estudar por obrigação.
É que está programado para muito em breve falar-se sobre Alexandre Herculano no seio do Grupo de Poetas e amigos da Literatura da Biblioteca Municipal de Alcanena, do qual já faço parte. Com muito gosto.
-
(*) Regeneração
Período da vida portuguesa, iniciado em 1851 com a insurreição militar que levou à queda de Costa Cabral.

A regeneração durou 17 anos, neste período decorreu um processo de desenvolvimento económico, social e mental que tentou colmatar atrasos estruturais:
Estradas
Caminhos de ferro
Telégrafo
Modernização da agricultura, comércio e indústria

No entanto esse desenvolvimento acarretou alguns custos, só possíveis com o recurso ao aumento da carga fiscal que a população não compreendeu, o que culminou na revolta da Janeirinha(1868). 
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2009/05/16

LIVROS E CREPÚSCULO NA PRAIA DO PEDRÓGÃO - Leiria

Faz hoje oito dias. Feira das Velharias, Leiria, no segundo Sábado de cada mês. Digna de ser apreciada. Há sempre qualquer coisa que nos atrai. A vista, os sentimentos, recordações, aquele velho e raro livro que, por um impulso determinado, nos chama a atenção e nos convence a comprá-lo. Por exemplo, o livro sobre "Herculano e a sua geração dos anos 70 (séc. XIX), impeliu-me a escrever algo sobre este "solitário de Vale de Lobos". E então, não acontece que aqui em Leiria, existe uma Quinta de Vale de Lobos (Já vos mostrei a entrada, mas da qual já tenho mais material) e também existe uma povoação que se chama Azoia?
Se bem sabem, Herculano, retirava-se por longas temporadas, para a sua Quinta de Vale de Lobos, perto de Azóia, localizada mesmo ao pé de Santarém. Emocionou-me saber que a maior felicidade de Herculano era deixarem-no em paz, a reflectir a vida, junto a três belas Faias. Já coloquei nos meus planos indagar se essas faias ainda existem e, se possível, obter fotos da Quinta e das árvores.
No dia seguinte fui ao Pedrógão, aqui a 30 Km de Leiria. Vinha de casa do meu cunhado Zé Paiva, olhei o mar, o Sol estava já no limiar do seu desaparecimento no horizonte marítimo. Fui buscar a máquina fotográfica e ainda o consegui agarrar por uma pontinha do seu amarelo poente, in extremis!...
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