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2012/11/05

Refunda-se o acordo com a Troika de especuladores! Já!...

05-11-2012 12:01 - Juros sobem na periferia e descem no centro da Zona Euro
Em véspera das eleições presidenciais nos EUA e no dia em que a Grécia discute o orçamento de Estado para 2013, as taxas de rendibilidade associadas aos títulos de dívida pública estão esta manhã a subir na generalidade dos países da periferia do euro, em particular em  Espanha, e descer ligeiramente no centro, caso de Alemanha e França.

No caso do país vizinho as subidas são na casa dos cinco pontos base, estando as “yields” a oscilar entre 1,125% (dois anos) e 5,733% (dez).

Em Portugal, os sinais são mistos. Os juros da dívida soberana estão hoje a descer a dois anos, mas a subir nos restantes prazos. A três anos, sobem mesmo 21 pontos base, para 6,273%, oscilando entre 5,549% (dois anos) e 8,517% (dez anos).
  
Jornal de Negócios - Jornal de Negócios Online
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Não será assim, com toda a certeza, que se poderá avançar com o projeto da União Europeia!
Que UNIÃO?

@    as-nunes

2012/10/01

Outono refulgente neste país descontente ...


Na «Quinta das Lágrimas», em Coimbra, um dia destes ...

OUTONO

Largo silêncio amadurece o Outono.
O coração das folhas em letargo.
De alcantilado bosque cai no sono
O parque. Modorra a luz do lago.
E a natureza ali rendida à calma
Escuta, toda ouvidos num nenúfar,
Rumores da Eternidade que a sua alma
Antiga toca numa cana-de-açúcar.

Natália Correia

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Creio que poderá ser útil ler-se, nos tempos que correm, "não percas a rosa - diário e algo mais (25 de Abril de 1974 - 20 de Dezembro de 1975)".
Como Natália questiona as manobras dúbias do MFA, Otelo, PCP (assembleias populares de braço no ar, comités variados, SUV, saneamentos selvagens, ocupação da terra)  e nos remete para o "O Encoberto" da "Mensagem" ! 

Já muitos de nós nos interrogamos se será inevitável o aparecimento de um salvador que leve ao ressurgimento da nação. 
Até me assusto ao dar comigo a tentar seguir este prenúncio de Fernando Pessoa no seu "Encoberto"!

É que estamos a ficar sem alternativas! ... 
(os partidos ditos de esquerda/esquerda não se conseguem libertar do estigma de totalitários, que granjearam no decorrer do chamado PREC e é pena que a sua prática histórica os não favoreça de modo a poderem constituir-se em alternativa, tão fartos andamos do bloco PS, PSD, cds/PP).

Eu andei na rua a lutar por um país livre, próspero e democrático.  
Tanta luta contra extremismos! ...
Tanta ilusão, utopias até!
Valeu a pena?  
Quero acreditar que sim! ...
Mas a alma de quem nos tem governado não tem sido grande!

Como foi possível a Constituição saída do 25 de Abril de 1974 ter permitido que, sob a sua capa protetora, se tivessem cometido crimes infames de lesa pátria, que nos enlamearam ao ponto a que chegámos?! ... 

@as-nunes

2012/09/30

? Javardices ! ...


Sem Governo o que é que andamos a fazer de Portugal ?

- Ultimas javardices:

António Borges, diz que Conselheiro do Governo:
"Os empresários portugueses são uns ignorantess";

Ministra da Justiça:
"A impunidade acabou"

Ora bolas!...
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"Uma mentira comum da propaganda é estar sempre a dizer que "ninguém apresenta alternativas", o que não é verdade. Mas o Governo não quer ouvir, e onde hoje toca estraga tudo e acabará por ser derrubado ou por cima, porque os poderosos que sempre o apoiaram o vêem hoje como um empecilho e um risco, ou por baixo, pela multidão. Em ambos os casos é um caminho muito perigoso, até porque começa a perceber-se que é um caminho sem alternativas..."
José Pacheco Pereira 
(aqui)
@as-nunes

2012/09/26

Possuem palácios, iates, aviões e limusinas, E evitam as ruas onde vivem os que não têm tecto.



ANTÓNIO

No Norte de África decerto se lembrou de outro santo, outro António,
Que séculos antes, junto ao Nilo fora tentado muitas vezes.
Bosh mostrou ao mundo as suas tentações,
Assim como Giotto mostrou ao mundo o doce Poverello.
«Dá-me a tua pata», disse Francisco ao lobo,
E a pata pousou na mão do santo que António seguiu e venerou
No tempo da lepra, da peste e dos mendigos.
Dava pão aos pobres, pedia pão aos pobres, era pobre entre os pobres
Este santo de Lisboa, sábio entre os sábios,
Que cantava nos caminhos e atacava com a palavra os poderosos e a usura.

Os mercadores-banqueiros de Pádua e Florença
Estão hoje em Wall Street, na City e noutras praças.
Possuem palácios, iates, aviões e limusinas,
E evitam as ruas onde vivem os que não têm tecto.
Os seus olhos não sabem abrir-se para o nascimento de uma rosa.
Escuta, Santo: continua a ser difícil dialogar com a usura.
Mais fácil é falar com o trovão, como fizeste.

Maria Amélia Neto
Colóquio Letras
Mesmo o Passado
É sempre incerto
Número 142 Outubro-Dezembro 1996
p. 159
@as-nunes

2012/09/22

Portugal em reflexão (ed. revista)



Ai Portugal, Portugal!

Todos os portugueses têm o dever/obrigação cívica de se pronunciarem, objetiva e concretamente, sobre os problemas que afligem esta Nação milenar.
Cada um de nós tem uma opinião formada ou formatada de acordo com a sua vivência. 

A questão é que as instâncias do poder são demasiado autistas ou atuam exclusivamente na defesa dos setores da sociedade que lhes interessa. Normalmente os que detêm o poder do Capital, pois que, como se sabe, vivemos numa sociedade capitalista, pura e dura.

Talvez porque nos tenhamos acomodado, chegámos a esta miserável situação em que a gestão do nosso futuro está nas mãos de várias troikas:

- Troika propriamente dita (FMI, CE e BCE);
- Governo (Passos, Relvas e Portas);
- Troika portuguesa (PR, BP e CES).

E nós temo-nos limitado, como meninos bem comportados, a seguir ao ritmo do toque da caixa, mansamente, apesar de sermos "nobre povo/nação valente".
O Governo lança uns balões de ensaio e fica à espera da reação. E nós vamos emitindo as nossas opiniões. Às vezes até fazemos manifestações de rua! Algumas até são grandiosas, de fazer pensar em como o Povo, se quisesse, seria quem mais ordenava.

De qualquer modo, parece que os ventos que sopram auguram uma mudança radical na nossa maneira de olhar para os políticos que ocupam cargos na cúpula do poder.
Começam a ser acossados em todo o território nacional. O Povo começa a ir para a Rua e com ele na rua o Poder começa a dar sinais de desnorte. 

Para esfriar os entusiasmos encenam-se Conselhos dos partidos, do Estado, da Igreja ... 
E ficam à espera que as coisas se conciliem. E fingem que estão disponíveis para ouvir a voz do Povo.

Foi o que aconteceu com o famigerado tema das TSU.
Tanto foguetório, tanto folclore, tantas sumidades a aparecerem nos écrans da Televisão, nos jornais, e o Governo e a coligação que o apoia a testarem as suas estratégias político/ideológicas, que mais não foi o que andaram a fazer.
Então, quer dizer, o PM já anda a dizer por meias palavras (mais uns balões de ensaio, provavelmente), que vamos moldar melhor esta questão da TSU. Moldar como?

Ah sim, o IRS está aí mesmo à mão, nada melhor que extorquir mais uns milhares de milhões aos rendimentos do trabalho. E, claro, mais uma vez, a dita classe média (onde está?!) lá se terá de pôr a jeito para deixar nos cofres do poço sem fundo do OE o pouco que já lhe está a restar.

E atenção, muita atenção! 

Convém ter presente que ainda nada se decidiu, diz o nosso Presidente, só quando houver Orçamento do Estado é que se pode tomar uma posição séria sobre as contas públicas, os Planos de Actividade para o Futuro de todos nós e as estratégias a seguir. Entretanto, nós não temos qualquer razão para estar a dar palpites nem protestar. Afinal estamos a protestar contra quê? Contra declarações formais de intenção, apresentadas com pompa e circunstância, quer pelo Primeiro Ministro quer pelo Ministro das Finanças?!

Olha o desaforo deste “bom povo português”! …

A proposta que se segue vai ser mais do mesmo. Os trabalhadores é que vão ser sobrecarregados ainda mais para se fingir que se resolve o problema do défice, para que se possa fingir que vamos pagar a monstruosa dívida pública que os sucessivos governos de Portugal têm vindo a acumular, e que ninguém das altas instâncias do círculo do poder central, se tem mostrado interessado em averiguar das suas reais origens.

De facto, temos andado entregues à bicharada!

António Nunes
(um Zé do Povo)
@as-nunes
nb.: esta edição foi revista...23/09/2012-12h55
Os comentário até ao 6º estão conotados com a 1ª versão. Peço imensa desculpa.

2012/09/20

Guerra aberta da Cultura contra Passos Coelho ?


Pedro Dias, investigador e professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Depois de Maria Teresa Horta ter esta terça-feira recusado receber o Prémio Literário D. Dinis, outorgado pela Casa Mateus, pelo seu Romance "As Luzes de Leonor", das mãos do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, sabe-se, menos de 24 horas depois, do teor da carta de demissão do diretor da Biblioteca Nacional de Portugal, António Pedro Dias, 60 anos.

Na missiva enviada a 11 de setembro ao gabinete do secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, explicando que terminou uma ligação de quatro décadas com o PSD por ter deixado de se rever neste partido.
Pedro Dias sublinha estar “completamente contra a política” de um Governo ao qual não reconhece legitimidade para se manter em funções depois de “ter renegado todas as promessas feitas ao eleitorado” e do qual não aceita “ser cúmplice”.

Algo vai muito mal no “reino” de Cavaco e Passos Coelho …

Não é impunemente que um partido em geral e um político em particular ganham umas eleições legislativas com base em promessas enganadoras …
@as-nunes

2012/09/16

Leiria participou em força na grande manifestação Nacional anti-Troika e Governo de Passos Coelho








Por fim, quase 3 horas depois do seu início, em frente à Caixa Geral de Depósitos, o cortejo da manifestação acabou por se dispersar a partir da Praça da República, junto à estátua a D. Afonso III.

Segundo os meus cálculos terão participado nesta grande manifestação mais de 10.000 pessoas. Os painéis, folhas escritas com reivindicações, palavras de ordem foram depositados junto à estátua a D. Afonso III. 
Não sei se foi deliberada essa atitude, mas que acaba por ser muito significativa lá isso acaba. Se não atente-se no papel fundamental deste Rei de Portugal em prol da tão badalada, atualmente, EQUIDADE.
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O que já aqui deixei escrito a propósito desta estátua e de D. Afonso III e a sua ligação a Leiria:

Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade.
Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros previlégios à Igreja. Recordado como excelente admnistrador, Afonso III organizou a admnistração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do edicto de várias cartas de foral. (link neste blogue)

2011/08/10

O campo em tempo de Praia e de pânico global




"É urgente inventar a alegria
....multiplicar os beijos, as searas,
...é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras"................
..............................                                                      Eugénio de Andrade
Há dias foi muito badalada uma nota no chamado "mural" do Facebook do nosso Primeiro Ministro. Que ia para férias, uns dias. Aproveitou o pretexto, para mais uma vez, chamar a atenção para nos prepararmos para reforçadas medidas governamentais anti-crise, gravosas para a qualidade da nossa vida, como portugueses.

Pois sim, que vão todos para férias, mesmo que só tenham tomado posse há pouco mais de um mês e no auge do furacão que se está a abater sobre as contas de todo o mundo, com o cenário dantesco que se vive a nível global provocado pelo corte no rating dos USA, alerta lançado pela agência de notação, também Americana, Standard & Poors.

O pânico nos investidores financeiros de todo o mundo é geral. Tocam campainhas por todo o lado a impulsionar à fuga das Bolsas. O crash é generalizado e violento. Os políticos dos vários Gês bem se andam a desdobrar em reuniões em formato virtual, à falta de tempo real para deslocações pessoais 
(só falta que as novas tecnologias consigam desmaterializar o próprio homem ). 
Todo este enredo se desenrola à velocidade da luz!

Uma loucura!

Será que jamais conseguiremos simplificar a vida do homem?
Não somos Deus, omnipotente, omnipresente, capaz de dominar ferreamente as emoções humanas, os seus sentimentos, o medo, o oportunismo!...

Salve-se quem puder, parece ser a palavra de ordem lançada aos sete ventos!

Felizmente - e em contradição com o sentimento de inquietação que nos domina - o mundo está de tal modo globalizado e interdependente, que, para apagarmos o fogo nas nossas casas temos que ajudar a apagar os outros fogos que grassam por todo o Planeta!
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Entretanto, no meio de todo este bulício incrível, nos campos, o Homem e a Natureza, conseguem fazer maravilhas, produzindo o essencial para suportar a vida.

Cebolas, abóboras, um cavalo a alimentar-se com o feno que brota da terra...
Enquanto houver quem cultive os campos e a Natureza não nos desamparar, ainda haverá esperança para a Humanidade!
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Porque não aplicar penas de serviço cívico, nas quintas de produção agrícola, aos Ingleses apanhados em flagrante delito de actos de vandalismo puro e de roubo de bens de luxo e/ou de marca durante os distúrbios violentíssimos que se estão a verificar nas cidades do Reino Unido?


Às tantas estou é a meter a foice em seara alheia!...
@as-nunes


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2010/10/07

Castanheira de Pêra - Centenário da República


Comemorava-se o Centenário da República com uma Exposição, na «Casa do Tempo», subordinada ao tema "A Cerâmica e a República", de peças das mais representativas de Rafael Bordalo Pinheiro.
Encontrei e tive oportunidade de trocar algumas palavras com Kalidás Barreto, um velho camarada de lides políticas e sindicais dos tempos do imediatamente pós- 25 de Abril de 1974. Kalidás Barreto, nesses tempos, tinha uma postura sindical muito mais radical do que defendia o seu partido. Por meu turno, acabei por participar do Congresso de Fundação da UGT, em contraposição à CGTP. A talvz imaginária divisão entre Unidade e Unicidade Sindical. Velhas lutas. Jovens entusiastas à procura dum rumo novo para a novel Democracia com a qual se estavam a escrever as primeiras letras da III República.

Entretanto, não quero deixar de exprimir aqui e agora o meu louvor ao trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Leiria da ASSP (Associação de Solidariedade Social dos Professores), que organizou esta excelente visita-convívio, para vincar também a comemoração do Dia Internacional do Professor.

Bem gostaria de deixar mais notas sobre este convívio. Muita simpatia, bom convívio, cooperação excelente da Câmara Municipal de Castanheira de Pêra (que nos proporcionou um excelente passeio guiado pela espectacular zona serrana do concelho).

O espaço dum blogue não me permite, porém, tais veleidades. Pelo menos para já. Fica aqui a promessa de voltar com mais algumas fotos  elucidativas.
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A UGT e a CGTP já formalizaram um acordo de unidade na acção para a "Manifestação Nacional de 24 de Novembro de 2010" contra as medidas de combate ao déficit preconizadas pelo Governo para 2011. (8 OUT 2010 - últimas notícias)
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