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2014/06/13

A história rocambolesca - qual crónica de "As Farpas" - duma rua de Leiria: a Rua Ramalho Ortigão





http://dispersamente.blogspot.pt/2008/05/rua-ramalho-ortigo-leiria.html

Com este "Post" iniciei a minha descoberta e aventuras relacionadas com uma rua de Leiria, a que lhe foi posto o nome de "Rua Ramalho Ortigão". Ali para a zona da Guimarota, quem vai pela EN 365-2, Leiria-Fátima, antes de chegar à Quinta de S. Venâncio (mais recentemente, a rotunda que dá acesso ao IC36, que, por sua vez, liga as autoestradas, A1, A8/A17 e A19).
Não terá sido uma grande inconveniência a atribuição deste topónimo a uma rua que não dignifica minimamente um dos grandes vultos da História da Literatura Portuguesa?
Claro que foi. E continua a ser...
Querendo acompanhar toda a história desta rua e outras histórias paralelas, siga este link.
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“As Farpas” constituem pois um marco na literatura e na evolução cultural do país uma vez que se impuseram como um novo e inovador conceito de fazer jornalismo – o jornalismo de ideias, de crítica social e cultural – que hoje é corrente."

2012/02/06

Quinta Vale de Lobos - Leiria


Em 12 de Maio de 2009 - Quinta Vale de Lobos, Leiria, andava o autor deste blogue envolvido numa missão a que se propôs a si próprio, que era indagar das quintas à volta da urbe Leiriense que, durante séculos, serviram de residência a algumas famílias ilustres e eram utilizadas como unidades de produção agrícola para abastecimento da cidade. Foi à volta destas quintas que nasceram muitas das povoações rurais que hoje existem dado que nelas trabalharam e viviam muitas famílias. 
Uma dessas quintas é a Quinta Vale de Lobos. Estas fotos são agora aqui publicadas como forma de perpetuar a sua memória e do quanto era valioso preservar toda a mancha florestal daquela zona. 

É que:


1- Toda esta área (dotada de excepcionais qualidades agrícolas no vale do Lis) está integrada numa dita zona florestal dentro do PDM de Leiria (3);
2- Precisamente nesta área, com uma mancha inalienável de carvalhos e sobreiros, acabou por ser construído o IC36, com um viaduto monstruoso sobre o vale do Lis e uma rotunda de acesso (que acabou por condicionar quer esta quinta quer a de S. Venâncio).


De acrescentar que a Rua Ramalho Ortigão (**), de que já vos deixei aqui nota (pesquisar neste blogue em "ramalho ortigão"), inicialmente com um traçado rústico, bordejada por belos exemplares de Quercus Robur, foi desviada e deslocalizada para uma área paralela ao acesso da rotunda para o IC36 para proporcionar o encaminhamento para as A1, A8, A17, A19, IC2, Zona Comercial dos Parceiros (Leiria Shopping) e do Alto Vieiro até à Azoia e Vale Gracioso.







 Um carvalho cerquinho

Para quem esteja menos informado, o IC36 é uma estrutura de Autoestrada, que vai do Alto Vieiro até aos Pousos e que teve como finalidade essencial servir os interesses das concessionárias das autoestradas A1 e A8/A17 e a própria A19 (como tal sujeitas a pagamento de portagens).
Esta obra monumental deve ter custado uma fortuna colossal e tem a extensão de cerca de 4 quilómetros. Posso garantir-vos que as várias interligações com rotundas e mais rotundas, têm provocado imensas confusões aos automobolistas, já que, ao mínimo descuido, são encaminhados sem possibilidade de correção, para uma dessas autoestradas, quando, muitas vezes, se pretende unicamente utilizar este itinerário para encurtar caminho à volta da cidade de Leiria.

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(**) Em próximo registo espero poder contar-vos a rocambolesca história da Rua Ramalho Ortigão, em Leiria, na zona de Vale de Lobos. (entre Leiria e Cortes)
(3) Convém frisar que, no momento em que se publica esta nota, o autor não garante que o PDM, no que a esta questão respeita, tenha ficado inalterado.
-
(Estou a tentar seguir o Novo Acordo Ortográfico)
@as-nunes  

2011/11/12

Leiria: acessos ao IC36 em Vale de Lobos e Quinta de S. Venâncio


Rotunda Vale de Lobos/IC36-N 356-2
(clique para ampliar - lá estão: A1, A8, A17, A19; viva a fartura!)

Com a presente entrada neste meu blogue, pretendo muito prosaicamente, deixar uma nota informativa para os meus leitores poderem tentar perceber como é que, dentro em breve, vai funcionar o circuito rodoviário aqui na zona de Leiria.

É que as coisas vão ficar muito diferentes, não vai ser fácil encaixar este esquema para as pessoas se movimentarem com à vontade, aqui em Leiria, e nas suas deambulações na zona. 

Parece que se está a tornar evidente que alternativas para circular em zonas portajadas não vão faltar.

Aliás, já dou comigo a falar no Entroncamento de Leiria


Mas não quero ser demasiado repetitivo. Fiquem só a saber, desde já, olhando as placas de sinalização na via de entrada no IC36, quem sai da rotunda que fica ao pé da Quinta de S. Venâncio e na de Vale de Lobos (do outro lado do viaduto), que, seguindo aquelas indicações se pode sair do centro de Leiria (na estrada das Cortes) e ir logo direitinho para 4 auto-estradas:


A19A8A17 e a A1; aliás a intenção primeira do IC36 é ligar a A1 à A8 (por sinal vizinhas muito chegadas, sempre uma ao lado da outra).


Entretanto, reparem na desenvolvtura daquela alameda de plátanos, por dentro da Quinta de S. Venâncio, que agora vai ficar à sombrinha daquele viaduto.
E que dizer da zona florestal e agrícola da Quinta de Vale de Lobos? 


Tanto que eu ouvi falar na defesa daquela zona florestal e do Vale do Lis entre as Cortes e S. Romão, pelo menos!... 



2011/11/08

Chove no Telheiro!



É verdade. Estava no Telheiro, mas não debaixo de telha, estava dentro do carro, mal estacionado, à espera que a Zaida acabasse de fazer um depósito de euros no supermercado.


O Telheiro é uma povoação da freguesia da Barreira - Leiria, a mais povoada, com novas urbanizações, uma das quais, a de Vale de Lobos, está a constituir-se num dos mais atraentes e sofisticados conjuntos habitacionais da zona de Leiria, de cujas janelas viradas para Nascente e para o Vale do rio Lis, se usufrui um panorama majestoso, por enquanto, ainda de alguma floresta, do vale do rio Lis, dos montes da outra margem, onde se empoleiram o Vidigal, mais ao lado direito, as Cortes, subindo depois, por uma estrada ondeante, para a Sra. do Monte e lá vai seguindo aos ziguezagues até Fátima.


:: Segue-se uma resmunguice das minhas, às vezes lá calha!


A quebrar esta sinfonia de cores, está a espreitar, com olhos de lobo mau, o IC36, logo ali ao lado esquerdo de quem continua a olhar para Nascente, um viaduto monstruoso a rasgar implacavelmente a zona florestal de Vale de Lobos, o próprio Vale do Lis, mesmo na sua área de cheias históricas e incontornáveis, é tudo uma questão de meteorologia, e mais além, toda a zona florestal e de encosta que vai até aos Pousos, do outro lado do monte. 
Mais uma via rodoviária, tipo auto-estrada, que vai ter a função de ligar a A1 (Lisboa-Porto) à A8 (Lisboa-Leiria) e à A17 (continuação da A8, até Aveiro). E também à A19 ou ex-IC2.


Ou seja, há que encarreirar os automobilistas para uma de duas Auto-estradas que correm paralelamente ao longo do litoral. Concessionários para sacar o dinheiro das portagens não faltam, assim sobrevivam financeiramente os automobilistas.


Já agora, que estamos em maré de reflectir sobre a melhor maneira de gastarmos os trocados que ainda nos deixam trazer nos bolsos, como é que vai ser com a A19? (aquele lanço de autoestrada, que hoje é o IC2 e que vai servir de trampolim para uma infinidade de manobras). Vai pagar-se portagem, não vai? Ai que já estou a ouvir a resposta!
Passando a enumerá-las:
1- ligação directa para o Shopping do Engº Belmiro;
2- Idem para o Instituto Politécnico de Leiria;
(Vá lá que também vai dar para seguir por Estradas Nacionais para a Marinha Grande e para os Parceiros, sem esquecer a Barosa, claro, até porque lá, às vezes, também é necessário confirmar se chove, eheh)
3- Idem para a A8/A17;
4- Idem para o IC36;
5- Idem para a obra faraónica que é o IC9 (Nazaré - Tomar, passando aqui ao lado do IC36 e das autoestradas já enumeradas);
6- Idem para a Variante Pousos - Rotunda aérea sobre o IC2 (ou A19?), que também leva os automóveis ao colo para a A1;
7- Áreas comerciais e industriais a dar com um pau, aqui à volta de Leiria, mas onde é que está essa indústria, meu Deus?


Como se diz em latim (não somos nós, latinos?! lá se me vem à cabeça o "novo acordo ortográfico!...):
hoc opus hic, labor est
Ou nos mexemos a sério ou todo este investimento em infraestruturas rodoviárias vai servir para quê?


@as-nunes
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2011/09/28

Leiria numa encruzilhada...

Do Alto dos Capuchos podem fazer-se observações impressionantes. As transformações radicais que toda esta zona tem sofrido nos últimos anos! Uma boa parte deste monte e dos vales dos rios Lis e Lena deviam ter sido mais protegidos, do ponto de vista ambiental e paisagístico. O próprio património histórico desta área está em risco iminente. Inclusive, o antigo Convento dos Capuchos e a respectiva capela, que também já foi Hospital Militar, uma relíquia que devia ter sido preservada, tem os seus dias contados. Infelizmente, já não tenho qualquer dúvida.

O que se pode ver nesta foto: O IC2, que já não é IC2 visto que o transformaram numa Auto-estrada, a A19, num percurso limitado (com certeza para nos porem a pagar mais uma portagem, não tarda nada), uma ponte/rotunda aérea, ligações para a Marinha Grande, para a  A19 ou IC2 como se lhe queira chamar (por enquanto), mais acima (ao lado esquerdo, já fora da área da foto), mais rotundas aéreas, umas quantas, seguidas, para encarreirar as pessoas/automóveis para o Shopping, IC36, A8, A17, A1, mais acima ainda, tudo numa extensão de 1 km, outra rotunda aérea por causa do IC9 (Nazaré-Tomar, passando por Fátima, está claro, diz-se também que para ajudar a desviar o trânsito do IC2 que passa ao lado do Mosteiro da Batalha), enfim uma encruzilhada de vias rodoviárias, mais parecendo uma teia de aranha.
O que se passa? Havia necessidade de tantas vias rodoviárias? Com este índice de concentração? Impressionante! 
Existe algum plano revolucionário para o desenvolvimento rápido e sustentado de toda esta zona de Leiria? 
Tiveram-se na devida consideração todas as condicionantes ambientais imprescindíveis ao equilíbrio ecológico e à biodiversidade de toda esta zona? Desflorestações, movimentações impressionantes de terras, viadutos a ocuparem o Vale do rio Lis e do Lena (por aqui também anda o IC36, que vai ser a via de circulação externa de Leiria e que vai levar as pessoas/automóveis de e para a A1 e a A8 e a A19/IC2) é o que se vê por todo o lado!
Por este caminho, nós, os habitantes de Leiria, vamos passar a viver como se estivéssemos numa urbe betonizada e alcatroada por tudo quanto é sítio. 
Será que a nossa vida vai melhorar significativamente?!  
O conjunto arquitectónico, duas rotundas e uma ponte sobre o IC2/A19, que liga o centro de Leiria (ali na zona do célebre Estádio de Futebol que foi a leilão há dias, ainda não sei em que é que deu tal iniciativa) ao IC2/A19, que vai entroncar no IC36, que vai ligar a A8/A17 à A1 e que também vai passar por cima do IC9, que passa a 300 metros do IC36, do IC2 que vai passar a ser a A19 (é aquela que se vê na foto com um camion/camião de frente vermelha), que também vai direitinha ao Shopping, que desencaminha a população de Leiria, que deixa a cidade de Leiria às moscas, que também tem andado em muitas obras de requalificação para atrair as pessoas, que vão mas é para o Shopping, porque lá até têm onde estacionar o pópó de borla, o tempo que quiserem, de modo a poderem lá sentir-se como se estivessem na cidade, porque lá se vende de tudo e até se come e bebe e vai-se ao cinema e dá para marcar encontros que é mais prático e, às vezes, há lá espectáculos e muitas coisas mais, uff...
Uma maravilha!...


Ao descer do alto mais alto do Alto dos Capuchos (onde até houve em tempos não muito recuados, uma capelinha que deixaram destruir), ainda se consegue ver a silhueta do Castelo de Leiria.
Aleluia!...
-
Se calhar sou eu, 
Produto da Natureza,
Que já não suporto 
Tanto betão 
E tanto alcatrão
E tanta desflorestação!...


Pois...
Como conciliar a crise económica, financeira e social que assola e amedronta os povos de Portugal, da Europa e do mundo (o terreno, uma partícula ínfima no Cosmos, apesar de tudo!...) com a necessidade imperiosa da preservação ambiental deste Planeta Azul, cada vez menos azul e mais negro?
@as-nunes
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2011/08/21

Parceiros-Leiria: Há fogo na noite escura e tempestuosa





Na zona de comentários da entrada (post) anterior dizia eu que estava de novo a caminho da casa de Soares e Luísa Duarte, nos Parceiros, aqui em Leiria. Uma distância de 4 km, desde a Barreira passando pela zona do "LeiriaShopping". Mais um encontro de amigos a pretexto dum jogo de futebol do Benfica na SportTV.      Ao intervalo fui à varanda para dar uma olhadela até onde a vista alcança, obras por todo o lado, e toda a paisagem florestal e urbana que se consegue ver de Norte a Sul de quase toda a área dos Parceiros.

De repente, fixei a minha vista num ponto, ali perto, para os lados do Alto Vieiro, na zona das obras no IC2, por causa do seu alargamento para A19, do IC9 (Nazaré - Tomar, cruzando-se por túnel por debaixo do IC2/A19? entre a Batalha e Leiria) e do IC36 (que vai ligar a A8/A17 à A1, A19/IC2; vai para aqui uma confusão de obras e mais obras, que Leiria poderá vir a ser mais um Entroncamento que uma cidade, assim antevejo).


Estava no seu início um fogo. Entretanto, falta a luz. Terá sido um curto-circuito? Nota-se uma explosão. O tempo abafado, temperatura na casa dos 33 graus. O vento começa a soprar rijo, cada vez mais forte. Transforma-se num vendaval, qual sarabanda frenética.
Os vasos da varanda começam a cair, as portas a bater com estrondo, cacos e restos de plantas a espalharem-se.
O fogo começa a atingir dimensões preocupantes, o vento a propagá-lo a um ritmo estonteante.
Começa a seguir na direcção da zona urbana de Parceiros, cuja igreja se vê iluminada a preceito, já decorrem as festas anuais. Pela fotografia pode ficar-se com a ideia arrepiante do que poderá vir a acontecer. É que o vento, de Sul/Sudeste, ar quente, continua a soprar com uma força assustadora.

Começam a ouvir-se as sirenes dos carros dos bombeiros.

Tal como se iniciou, a ventania abrandou dum momento para o outro, o que terá ajudado os bombeiros e as populações de toda aquela zona, muito povoada. Segundo informações obtidas pelo telefone, os habitantes da povoação do Brogal/Parceiros, já se estavam a preparar para o pior!

Que rico fim-de-semana de festa!?...
@as-nunes
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2011/02/20

LEIRIA: Vila Maria, para memória futura




Vim viver para Leiria em 1966. 
A cidade tinha um núcleo urbano central, a actual Zona Histórica, e mais uns quantos aglomerados urbanos, vivendas familiares e muitas Quintas, à sua volta.
Passados estes anos todos, Leiria está transformada num grande centro urbano, a deslocar-se duma forma nítida para a zona do actual "Shopping Center", ao mesmo tempo num infernal entroncamento de Auto-estradas e Itinerários Complementares, que está a alterar drasticamente o equilíbrio ambiental desta área, zonas de floresta e os vales do Lis e do Lena praticamente engolidos por estruturas megalómanas de betão e  alcatrão.
Entretanto, muitas edificações típicas, características duma época, foram abandonadas umas, transformadas em blocos de apartamentos incaracterísticos, outras. 
Dir-se-á: alterações próprias da evolução das cidades das últimas décadas. Está claro, mas teremos que nos render tão dramaticamente à ocupação dos terrenos com tão grande impacto ambiental?


Além disso, também é verdade que, a nós, os que vivem a cidade desde há mais de 30 anos, começam-nos a faltar muitas referências desses tempos passados. 
Só por isso, de vez em quando, vou deixando aqui algumas reportagens das quintas e vivendas/vilas que marcaram a Leiria de outra era. 
Saudosismo?
Talvez!
(Copyright ©as-nunes)
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