2013/01/16

Era só para vos saudar...

Do lado de lá.  Uma visão, sempre igual, sempre diferente ...
 Todos os anos floresce num local recôndito do jardim, como que a querer passar despercebida. Não consegue...
A Tina. Estava a fazer-se desentendida... mas lá abriu um olho para a fotografia...

SOMOS TODOS POETAS

Porque não queres os versos que te nascem
Como rebentos pelo tronco acima?
Porque não queres a inesperada rima
Dos sentimentos?
Olha que a vida tem desses momentos
Que se articulam numa cadência
Tão imprevista,
Que é uma conquista
Da consciência
Não ser um túnel de negação...
Brotam as folhas que são precisas
E outras folhas que o não são.

Miguel Torga
Cântico do Homem
Ed. autor - Coimbra, Janeiro de 1974

14 comentários:

Rui Pascoal disse...

Quase senti o perfume da flor.
:)

a d´almeida nunes disse...

Esta roseira é muito brincalhona.

Ultimamente floresce n vezes por ano. Traz-me completamente desnorteado.
Quando menos se espera ei-la a mostrar-se, toda vaidosa.

Ainda não consegui que ela entoe um cântico, emita um sinal sonoro, para eu a ouvir e não a deixar ao abandono, que o sítio onde vive é um tanto fora de mão e da vista...

Mas raramente me escapa!
:)

Rogério G.V. Pereira disse...

As fotos são aquilo a que já nos habituou...

O poema? "Não ser um túnel de negação..." é um bom lema!

a d´almeida nunes disse...

Caro Rogério

Comprei este livro do Torga, há dias, num alfarrabista. Não sei porquê mas é diferente ler estes poemas diretamente destas edições antigas.

Também fiquei a pensar e a olhar a ver se via a tal luz ao fundo do túnel...
E nada, até me pareceu que o fundo ainda estava mais escuro que quando o poeta escreveu o poema!

Laços e Rendas de Nós disse...


Poetas, quase todos somos! Mas há " outras folhas que o não são" e a essas temos que/de dizer NÃO!

Beijo

Laura

Rosa dos Ventos disse...

Também tenho uma roseira amarela mas a última rosa que fotografei não tenha o esplendor desta! :-))

Abraço

Viviana disse...

Meu caro António

Mas que bela a sua rosa!

As flores encantam-me!

Vou confessar-lhe "um pecado":

"Roubei-lha", para a mostrar aos meus amigos lá no meu cantinho.

Era mesmo uma pena se eles a não vissem!

Obrigada

Um abraço
Viviana

.



vieira calado disse...

Pois... somos todos poetas...
Quanto aos hidrocarbonetos, não é preciso a cabeça do cavalo.
Um dos satélites de Júpiter é um mar de metano...

um forte abraço!

Isabel Soares disse...

Então, uma saudação especial também para si. Mas quem disse a este senhor que eu não queria aquelas coisas todas?!Mania de tirarem conclusões a meu respeito sem perguntarem primeiro... :)))
E entre as folhas que são precisas e as que o não são, opto pelo vibrante amarelo da rosa.
Belas fotos! Como sempre...

a d´almeida nunes disse...

Isabel

Corroboro com entusiasmo essa opção de preferir o amarelo da rosa à imprecisão das folhas que são precisas e as que o não são.

Eu contrariaria o poeta: todas as folhas são precisas, assim haja quem avalie justamente cada uma delas e tire as devidas ilações.

Isabel Soares disse...

Passei para lhe dizer que se pensa que ainda tem rosa, está enganado... "roubei-a".

a d´almeida nunes disse...

Ainda fiquei tentado em deixar aqui a rosa amarela mais algum tempo em exposição.
Mas não, deixa-me cá ir indo...
antes que ma "roubem" a sério!

Rosa dos Ventos.

Concordo, deve ser muito difícil, talvez impossível mesmo, encontrar uma rosa amarela como esta!

greentea disse...

a Tina é tão liiiinda, ninguém falou nela , só na rosa...

a d´almeida nunes disse...

Tem razão Greentea. E como ela tem andado cabisbaixa, coitadinha!