2006/03/30

A língua portuguesa emitida desde uma nave espacial

Brasil chega ao espaço a bordo de uma SOYUZ TMA-8

O primeiro astronauta que fala em língua portuguesa, é brasileiro. É o Coronel Marcos Pontes que já está no espaço.É no âmbito do programa educativo da ARISS, com o apoio da Agência Espacial Brasileira, da Agência de Energia Russa, da ESA e da NASA que o Coronel Marcos Pontes, vai dispor de alguns minutos da sua agenda de trabalho, para de bordo da estação espacial, poder proporcionar a alguns jovens do concelho de Oeiras o primeiro contacto directamente realizado entre uma estação terrena portuguesa e um astronauta a bordo da estação espacial internacional a ISS. O Coronel Marcos é o primeiro astronauta que se expressa na língua de Camões. O evento já está agendado, decorre no Observatório Aeroespacial de Oeiras, situado no Centro de Juventude de Oeiras, no dia 6 de Abril, pelas 10:41horas UTC (11:41 hora local), durante a passagem orbital da ISS a 31º.
Marcos Pontes dará assim início ao Projecto Espacial Camões.
Este projecto espacial visa, para os próximos 8 a 10 anos, a construção de satélites para fins pacíficos e educacionais, entre organismos sem fins lucrativos, de países da CPLP, um programa criado pela AMRAD (Portugal) em parceria com a AMRASE (Brasil).
30-03-2006 16:00

2006/03/29

O prazer da visita


Os Blogs são um Mundo.
Estão a transformar-se numa infinita base de dados e num enorme palco onde se estão a perfilar extraordinários talentos e autênticos jornalistas free-lancer ainda que somente a trabalhar por puro amadorismo sem qualquer compensação material para além do prazer de criar ou, muito simplesmente, contribuir para uma maior e mais diversificada divulgação de ideias, factos, arte, cultura em geral.

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Só que também nos gratifica e refresca a alma saber que este nosso trabalho/amador, executado sem que ninguém no-lo tenha encomendado, é apreciado pelos outros, quanto mais não seja, através duma visita, de vez em quando. Se nos deixarem um comentário melhor ainda. O sinal que, dessa forma nos é transmitido constituirá, muito naturalmente, o melhor estímulo para continuar, para não parar ou, mais drasticamente, para, pura e simplesmente, abandonar o projecto/sonho em que nos embrenhámos, quanto de nós, de alma e coração.

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Caro viajante cibernauta! Deixe-nos ficar a marca concreta da sua visita. Não se limite a ficar como um simples impulso no contador dos nossos blogs! Comente, diga olá!

asn

2006/03/28

BENFICA-BARCELONA, Futebol vs Cultura luso-espanhola

Logo, ao fim da tarde, no Estádio da Luz, diz que também "A Catedral", vai disputar-se um grande jogo de futebol, para ver quem vai à meia-final da "liga dos Campeões Europeus", entre o S.L.Benfica e o FC Barcelona. Não se fala noutra coisa na rádio, de certeza que também na televisão, já vi que nos jornais então é por demais, as primeiras páginas de praticamente todos eles, sejam desportivos ou não, abordam este acontecimento em grandes parangonas e fotos.
Achei deveras interessante a maneira como a Antena1 aflorou, no programa matinal, este acontecimento, relacionando-o com os dois países ibéricos e o seu entrelaçamento cultural. E ouviram-se várias figuras ligadas ao Instituto Cervantes em Lisboa a falar desta oportunidade mediática de se interligar culturalmente estes dois países. É assim que me ocorreu colocar um Post sobre este Instituto, de relevante interesse, sem dúvida, não só para a promoção da cultura Espanhola e hispano-americana mas ao mesmo tempo a da nossa área conjunta de influência hispano-lusa por todo o Mundo.
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28/03/2006 10:00 Antevisão ao Benfica-Barcelona
Ajuste de contas
Eis chegado o grande dia. Trata-se de mais um reencontro entre os gigantes ibéricos de Barcelona e de Lisboa. O Estádio da Luz vai ser o palco para mais um confronto entre o Benfica e o Barça, sendo que até hoje apenas por uma vez os catalães venceram os “encarnados", precisamente na última vez que as equipas se defrontaram, em 1992, no Camp Nou (2-1 a favor dos blaugrana).
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A Instituição
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O Instituto Cervantes é a instituição pública criada pela Espanha em 1991. O seu objectivo consiste na promoção e ensino da língua espanhola e na difusão da cultura espanhola e hispano-americana. A sede central encontra-se em Madrid e em Alcalá de Henares (Espanha), cidade onde nasceu o escritor Miguel de Cervantes. Os centros do Instituto Cervantes estão situados em quatro continentes.
Objectivos e funções:
Organizar cursos gerais e específicos da língua espanhola.
Creditar mediante a expedição de certificados e diplomas os conhecimentos adquiridos pelos alunos e organizar os exames dos Diplomas Oficiais de Espanhol como Língua Estrangeira. (D.E.L.E).
Actualizar os métodos de ensino e a formação dos professores.
Apoiar o trabalho dos hispanistas.
Participar em programas de difusão da língua espanhola.
Realizar actividades de difusão cultural, em colaboração com outros organismos espanhóis e hispano-americanos e com entidades dos países anfitriões.
Colocar à disposição do público bibliotecas equipadas com os meios tecnológicos mais avançados.
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22h25
O Benfica e o Barcelona acabaram por empatar o jogo zero a zero. Houve oportunidades de golo para cada lado mas os jogadores do Benfica conseguiram contrariar as previsões mais pessimistas que davam todo o favoritivismo ao Barcelona.
Não foi o que se viu. Aliás, pelo menos um penalty a favor do Benfica, nítido, ficou por marcar.
Lá se terá que ir ao tira-teimas daqui a 15 dias em Camp Nou.
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asn

2006/03/27

A Pintura em Livro



"Carlos Gomes, pintor da Luz" é o nome do mais recente livro de Arménio Vasconcelos, que será apresentado no próximo dia 1 de Abril.

Com edição da Liga de Amigos da Casa-Museu Maria da Fontinha, Castro Daire, Portugal, e coordenação da Folheto Edições, este livro aborda a vida e obra do artista plástico Carlos Gomes. Ao longo de 80 páginas, o leitor poderá observar mais de 70 obras deste artista.

A apresentação terá lugar na Galeria de Arte Capitel, em Leiria, pelas 16 horas, seguida da inauguração da exposição de Fátima Gomes, filha de Carlos Gomes.A apresentação do livro ficará a cabo da professora e artista Dr. Celeste Alves. A animar culturalmente esta iniciativa, estará o Grupo Coral "Cantábilis".

2006/03/26

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 2.n

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 1.n

Nos tempos de estudante do Secundário "obrigavam-nos" a ler alguns livros de Eça de Queiroz, como "Os Maias", "O Primo Basílio", uma chatice, pensávamos nós, naquela idade em que bom bom era ler os livros do Emílio Salgari e outros que tais, de aventuras e de romance. Entretanto, por ser praticamente proibido para a nossa idade, era certo e sabido que uma boa parte da malta, lá ia descobrindo "O Crime do Padre Amaro", que este era muito "pesado" para a nossa idade segundo nos ia chegando aos ouvidos...
Os anos vão passando e, pelos muitos acasos da vida, acabei por ficar indelevelmente ligado ao grande Eça, pretensão a minha, está claro. Nos finais dos anos 6o acabei por casar com a Zaida que vivia numa casa no Largo da Sé, em Leiria, referida, a casa e alguns dos seus habitantes e proprietários, naquele livro.
Muito recentemente, em 2004, eu e minha mulher, metemos ombros à tarefa de escrever um livro em que fazíamos questão de repor algumas verdades acerca de aguns factos relacionados com o nome de seu pai, José Teles de Almeida Paiva, entretanto falecido.
No decorrer dos trabalhos de preparação desse livro "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade", Editora Folheto de Leiria, tive o ensejo de melhor conhecer os pormenores relacionados com a casa da família, "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", hoje ocupada por um bar, "Pharmácia Bar". Toda a casa ainda é propriedade da família Paiva.
Não me parece que possam restar quaisquer dúvidas quanto à ligação desta casa e da antiga "pharmácia" com o boticário Carlos (seria o avô de José Paiva), descrito por Eça de Queiroz no seu célebre romance "O Crime do Padre Amaro".
Nesta perspectiva, proponho-me, hoje, a iniciar a colocação neste blog, de Post´s, sempre que disponha de novos elementos coligidos. Talvez só mais um contributo, talvez até algumas repetições do que já possa haver sido investigado e publicado...talvez irrelevantes, talvez até inovadoras mesmo para os estudiosos da vida e obra de Eça de Queiroz, quem sabe?).
Continuará...talvez...
asn

LIVROS - ORDEM E CAOS

Há tempos li uma entrevista em que o autor (um escritor consagrado) falava da ordem do caos. O entrevistado fazia a sua defesa da tese que não existem coincidências, tudo é obra do acaso e tecia considerações quase esotéricas acerca do caos harmonioso do Universo do qual o Homem não é mais que uma molécula.

Aquela abordagem das ideias de caos e ordem despertaram-me o interesse em aprofundar os meus conhecimentos, parcos tenho que admitir, mas que não me impedirão de tentar perceber como deveremos encarar a vida nesta pendência iminente e inquietante entre a Ordem e o Caos.

Não só no que concerne à vida do Homem em sociedade a povoar este planeta em que poisámos, mas também no que se refere à harmonia (ou caos com regras?) do Universo.

O Autor deste livro desempenha actualmente o cargo de Director-Geral do Conselho da União Europeia para a PESC (Política Externa e de Segurança Comum), cooperando estreitamente com Javier Solana, e inicia o seu Prefácio com o seguinte parágrafo:
"Os piores tempos da História Europeia situaram-se no século XIV, durante e depois da Guerra dos Cem Anos, no séc. XVII, no tempo da Guerra dos Trinta Anos, e na primeira metade do século XX. O século XXI pode vir a ser pior que qualquer destas épocas."

asn

2006/03/23

Deus na Natureza!...



Algures em Leiria, Portugal, Centro-Oeste, dia de chuva, há dias que chove como já não acontecia há vários anos, já há quem ande a resmungar porque se lhe estão a escapar os argumentos para pedir subsídios estatais a pretexto da seca, mesmo assim vamos a ver se esses milhões de Euros não irão parar a mãos indevidas.

asn

2006/03/22

A Fonte das Carrancas em Leiria

A fonte das Carrancas ou fonte das 3 bicas, em Leiria, com água a correr das bicas...coisa rara, nos últimos anos.
Lamentavelmente, algum energúmeno lembrou-se, possivelmente pela calada da noite, de pintar com spray (Diz que são grafitis!...Eles não sabem o que dizem, com toda a certeza!...) as carrancas tão características daquela fonte, um dos queridos ex-libris desta cidade.
Temos água, tão necessitados que andávamos dela!...
No entanto, dispensavam-se, de bom grado, os desmandos dos cobardes que se deram ao trabalho da maldade do spray.

asn

Somália - Poupar ÁGUA?!...

A man takes a breather next to a spring in Somalia in 2001. UNICEF has developed a database of existing and potential water sources in northern Somalia.

In site da UNICEF http://www.unicef.org/somalia/wes_86.html

DICAS para POUPAR ÁGUA


Clicando em cima da imagem ao lado pode seguir um link que lhe relaciona uma série de dicas para poupar ÁGUA.

Hoje é o dia Mundial da Água, como já devem ter ouvido e lido.
De qualquer modo, aqui fica esta referência, porque nunca é de mais alertar para a necessidade, cada vez mais premente, de todos nós nos preocuparmos com a nossa quota-parte no sentido de que esta Fonte imprescindível de Vida não seja tão desperdiçado como o tem sido até à data.

Ao mesmo tempo, usando esse link também podem ficar a saber algo sobre a Freguesia da Barreira, concelho de Leiria, a terra onde vivo e me sinto em casa...

asn

2006/03/21

DIA Mundial da POESIA

Está-se a comemorar o Dia Mundial da Poesia.
O meu neto frequenta a Escola Básica EB1 em Leiria e entregou para a Biblioteca um livro da colecção "25 Poemas" da Editora Folheto em que a autora é a sua própria avó, Zaida.
O livro tem o título "Pedaços de Mim". Pode-se ver a capa em http://leiria.no.sapo.pt
Hoje, logo pela manhã, uma professora daquela Escola telefonou à Zaida a convidá-la a estar presente numa aula para partilhar com os alunos a sua Poesia e conversar com eles sobre este estilo de escrever. Segundo me informaram a sessão foi muito animada, escreveu-se um poema, os miúdos quiseram autógrafos, beijinhos e abraços. Até ficaram todos a ser netos da autora, de tal modo que o próprio neto, o Gui, acabou por perguntar, irónico, se ele também continuava a sê-lo ou não.
Que melhor forma de fazer e partilhar Poesia se pode exigir?
Parece que a EB1 vai publicar brevemente um livro e que esta sessão vai nele ser referenciada.
Vou tentar saber mais pormenores sobre este livro.
Entretanto, sabem que os alunos e professores da EB1 publicam um jornalzinho da Escola, com os seus próprios meios?
Na última edição, Dezembro passado, do tal dito jornalzinho da EB1, "A Magia dos Lápis", a Lídia Pereira, parece que do 4º ano, escreveu um texto, como outros seus colegas, também o fizeram, abordando temas os mais diversos, como que a brincar com as palavras.
Dada a sugestão do título do seu texto, qual poema à Natureza, e que hoje, coincidentemente, também é o dia da Árvore e o primeiro dia de Primavera, vem mesmo a propósito, transcrevê-lo:

A árvore disse à flor:
- Que linda flor.
A flor disse à árvore:
- Achas que eu sou bonita?
- És catita,
bonita
manita.
És um amor

Que lindo jogo de palavras!...

asn

2006/03/20

Morreu Fernando Gil


Não podia deixar de marcar a minha presença neste blog sem uma referência à morte do grande filósofo que foi Fernando Gil ocorrida hoje, dia 20 de Março de 2006, em Paris.

No site do IPLB - Instituto Português do Livro e das Bibliotecas pode ler-se:

http://www.iplb.pt/


Filósofo, ensaísta e professor universitário. Realizados os estudos liceais em Moçambique, e após permanência, durante um ano, na Universidade de Witwatersrand de Joanesburgo cursando Sociologia, muda-se para Lisboa onde se licencia em Direito. Não chega, contudo, a concluir o estágio de advocacia, partindo para Paris em 1961. Aí licencia-se em Filosofia pela Universidade de Sorbonne (1961-64). No mesmo período e como aluno titular na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), prepara uma tese, que não conclui, sobre a obra de L. F. Céline, sob a direcção de Lucien Goldmann. Ainda nesse período, traduz para português obras de autores como Karl Jaspers, Romano Guardini, Cesare Pavese e M. Merleau-Ponty. A partir de 1966, inicia na Universidade de Paris, e sob a orientação de Suzanne Bachelard, um doutoramento em Lógica, de que resulta a tese La Logique du Nom, publicada em França no ano de 1972. Entra nos corpos docentes da Faculdade de Letras de Lisboa em 1976, vindo em 1979 a integrar o Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, então fundada. É desde 1988 professor catedrático nessa Universidade. Em 1989, foi eleito directeur d'études (grau equivalente a professor catedrático) na EHESS. Além da docência nestas duas instituições, leccionou, como professor visitante, em várias universidades europeias e sul-americanas, designadamente nas Universidades de Porto Alegre e S. Paulo, integrando desde 1985 a direcção da Sociedad de Filosofia Iberoamericana. Com a publicação de Mimesis e Negação (1984) recebe o Prémio Ensaio do Pen Club, distinção que lhe será atribuída uma segunda vez com a publicação de Viagens do Olhar (1998). No espaço de tempo que medeia a publicação destas duas obras, outras três, Provas (1988), Tratado da Evidência (1993) e Modos da Evidência (1998), permitem reconstituir um itinerário de investigações a vários níveis notável. Longe de se permitir uma redução da Filosofia, enquanto trabalho de investigação, ao seu estudo histórico, e sem sequer se filiar numa das vias de pensamento já disponíveis, o opus de Fernando Gil recorre tanto àquele como a estas, exibindo em ambos os casos um impressionante domínio, para lançar e desenvolver um projecto de investigação pleno de ambição e actualidade. Primeiramente sob a égide do problema da prova, problema crucial da epistemologia, questiona-se sobre as condições de um conhecimento objectivo, da sua validade e universalidade (no essencial, procurando responder à pergunta pela verdade do que se sabe). A partir do Tratado da Evidência, a investigação centra-se num momento particular das preocupações epistemológicas até então desenvolvidas; em concreto, em vez de tematizar a prova, toma em atenção precisamente aquilo que a dispensa, a evidência, sem que se possa afirmar o contrário. E fá-lo introduzindo o conceito de "alucinação originária", uma hipótese forte que visa explicar o que seja a evidência. Tanto Modos da Evidência como Viagens do Olhar procuram experimentar esta hipótese, com a diferença de a segunda destas obras, em co-autoria com Hélder Macedo, o fazer no campo da literatura portuguesa renascentista (com Os Lusíadas, Menina e Moça de Bernadim Ribeiro e a poesia de Sá de Miranda). O interesse e investigação da cultura e literatura portuguesas conduziu-o ao cargo de director do Centre d'Études Portugaises entre 1990 e 1997 e do Seminário Francisco Sanches desde 1992. Além das obras individuais que assinou, dirigiu um conjunto de importantes obras colectivas (entre as quais, O Balanço do Século, 1990; Scientific and Philosophical Controversies, 1990; Philosophy in Portugal, a Profile, 1999; A Ciência tal Qual se Faz, 1999) e publicou para cima de 150 estudos, escritos em diferentes línguas, quer como artigos de revistas, quer como comunicações e apresentações a colóquios. Fundou e dirigiu a revista Análise e integra os comités de redacção de diversas outras revistas e publicações, designadamente as encicliopédias Universalis, Britannica e Einaudi (sendo o coordenador dos quarenta volumes da edição portuguesa desta última). Em virtude do seu mérito científico, internacionalmente reconhecido, foi agraciado, em 1992, com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique, por proposta do presidente da República, Mário Soares, de quem foi aliás conselheiro especial. É também distinguido em 1993 com o Prémio Pessoa. O governo francês agraciou-o em 1995 com o título Chevalier da Ordem das Palmes Académiques. Finalmente, foi consagrado em 1998 doutor honoris causa pela Universidade de Aveiro.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999


Consultar a 1ª parte em http://dpersamente.blogspot.com

2006/03/19

A Arte de ser Pai



Convencionou-se que hoje passaria a comemorar-se o dia do pai.
O meu filho, que nasceu em 1974, ofereceu-me este livro.
Creio que tenho conseguido, ao longo de todos estes anos, ser um pai que sempre colocou acima de todas as suas prioridades a de ser pai com todas as letras.
Espero bem manter esta mesma rota até ao resto da minha vida.
Obrigado, meus filhos Inês e Bruno, por toda a consideração com que me têm distinguido.
asn

2006/03/16

JPP - Gostei imenso da sua visita literária a Leiria


Acabei de regressar da cidade. Cheguei atrasado à palestra proferida por Pacheco Pereira, na Arquivo, em Leiria. Motivos profissionais inadiáveis a isso me obrigaram. Isto de ser Técnico Oficial de Contas nesta altura do ano é muito problemático! Decorrem, a um ritmo alucinante, os prazos para a entrega duma infinidade de declarações fiscais e outras que nos trazem nma azáfama simplesmente diabólica. Para quando a tão badalada desburocratização e racionalização da máquina fiscal e administrativa em geral? Já não é sem tempo!

O tema da palestra versou essencialmente a questão das últimas presidenciais portuguesas, aliás como já referi num anterior post.
As instalações da Arquivo são bastante adequadas a eventos deste tipo e a assistência mostrou-se muito interessada nas palavras e nas ideias expostas por JPP.
Estive na iminência de colocar ao orador a questão dos blogs e a influência de muitas edições boguistas poderem vir a condicionar a actividade editorial em jornais, revistas e livros. Não o fiz porque cheguei fora de horas, tendo ficado assim, um tanto desenquadrado dos temas que já teriam sido debatidos entretanto.
Tirei uma fotografia da qual extraí o fragmento aqui exposto. JPP a desenvolver um tema proposto por uma das participantes.
Comprei o livro de JPP "Diário das Presidenciais" (Julho 2005 - Janeiro 2006) da editora "ALÊTHEIA" - Janeiro de 2006.
Está claro que não ia deixar fugir esta oportunidade de obter um autógrafo numa dedicatória do autor. Tive ocasião de lhe falar do seu blog, informou-me que já tinha chegado aos 3 milhões de visitantes, como se pode, aliás confirmar no contador respectivo no fundo da página dos posts recentes no endereço: http://abrupto.blogspot.com
Trocámos uma rápida troca de impressões sobre este fenómeno em que se está a transformar esta moda dos blogs. A verdade é que, de facto, é extremamente fácil editar digitalmente utilizando esta nova técnica. Nem sequer é preciso saber-se nada de html e de técnicas de transferência de ficheiros por ftp.
Continue, Dr. Pacheco Pereira, a actualizar o seu blog, a escrever livros, a colaborar nos Jornais, Revistas, Rádio e Televisão. Estas e outras actividades a que se dedica são cansativas não são JPP? É que o vi um bocadinho cansado após a maratona do serão na Arquivo.
Termino, pedindo-lhe, se acaso ler este meu Post, que possa vir a fazer no "abrupto" alguma referência aos Radioamadores e à sua luta pelo reconhecimento oficial da sua actividade lúdica, cultural, científica e de colaboração com o SNBPC - Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (http://blogdosradioamadores.blogspot.com).

2006/03/15

Deixei o meu Coração em África

A leitura de um bom livro (a avaliação terá de ser a de cada um de nós, condicionada, obviamente, pela nossa sensibilidade, formação académica e literária, ambiência da sua própria vida, etc. etc.) é fundamental para o nosso equilíbrio emocional e para a formação, quiçá muitas reformulações, do nosso próprio pensamento e modo de encarar a vida em todas as suas múltiplas cambiantes.
Hoje comprei o livro que apresento a seguir:


Título: Deixei o meu Coração em África
Autor: Arouca, Manuel
Ed.: Oficina do livro - 2005

"No decorrer do mês de Dezembro, recebi mais um monte de cartas. Passei-as como quem folheia ansiosamente as folhas de um livro. Depois de me aperceber que o silêncio de Isabel permanecia, fui separando os envelopes, um a um: lá estavam a fiéis cartas da minha mãe, do meu pai, da Leonor. Mas senti um impulso de não as abrir. Naquele particular momento, sem influência do álcool, da noz de cola, só, naquela pujante e inebriante natureza, senti-me profundamente ligado a África e interiorizei que nunca mais de lá sairia. Em termos de paixão, só Isabel me ligava a Portugal."

A minha predisposição para a leitura deste livro tem a ver com o facto de, eu próprio, ter vivido dois dos mais emocionantes anos da minha vida, em Moçambique. Claro, tinha 21 anos, a minha mulher e a minha filha comigo, apesar de estar a cumprir o serviço militar obrigatório, alguns familiares ali emigrados (quer dizer, localizados a quase 500 kilómetros de Nampula), nas suas machambas, aquelas cores da paisagem e o cheiro da terra após aquelas intensíssimas chuvadas, próprias só daquele clima tropical de Moçambique, todas estas extraordinárias sensações e momentos de vida determinaram uma paixão infinita por aquelas paragens.
... Parece que ainda estou a ouvir emocionado "This is Africa", uma faixa dum disco em vinil, 45 rotações, tocada com o volume quase no máximo, numa aparelhagem comprada pelo meu camarada de quarto, estava a poucas semanas de "passar à peluda", a família já estava no continente...
ASN


Consultar a 1? parte em http://dpersamente.blogspot.com

2006/03/09

O Blog de Pacheco Pereira - escritor, político na reserva, professor, bibliófilo...

Nota do editor deste blog:
Julguei de interesse, para quem ainda não conhecer o blog de "Pacheco Pereira", deixar aqui a nota abaixo, que o autor se sentiu na necessidade de divulgar:
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6.3.06
(JPP)
PONGE sem caixa do correio habitual, completamente cheia.Por favor usem jppereira@gmail.com, visto que o imperialismo americano dá-me uma caixa de correio maior do que a pt.
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Sabia da existência dum blog da coordenação de Pacheco Pereira, que me habituei durante muitos anos, a ver simplesmente como político, mas que se percebe, logo às primeiras, extraordinariamente sabedor e dado ao culto dos livros e documentos em geral, também escritor de mérito.
A incomensurável base de dados que se está a construir na internet é, cada minuto que passa, mais e mais impossível de avaliar em termos de consequências para a formação cultural da humanidade e para a qualidade e perenidade do armazenamento da informação. Quanta da informação que está a ser depositada na internet não virá a volatizar-se, pura e simplesmente, sem aviso prévio. Basta que um servidor, daqueles que pertencem a empresas comerciais, por exemplo, inopinadamente, seja destruído acompanhando a falência dessa empresa...
E quanta dessa informação não se reveste de uma importância/valor excepcional? Quem a vai preservar, defendendo-a das contingências da falibilidade dos equipamentos em que é armazenada digitalmente? Julgo saber que existem cópias de segurança de todo o conteúdo da internet em vários pontos do globo.
Será que existem mesmo e que esses backups são fiáveis? Podemos contar com eles numa emergência?
É que, de facto, tem-se produzido tanta informação e esta tornada imediatamente pública através da internet, alguma de qualidade excepcional, que seria dramático que, dum momento para o outro, lhe perdêssemos o rasto.
É certo que uma pequena parte desta informação se encontra publicada em jornais e revistas e, por consequência, guardada contra a intrusão de vírus informáticos e de apagões de discos nos computadores. Mas e toda aquela que não teve a mesma sorte? É que publicar, no sentido tradicional do termo, por impressão em papel, continua a ser uma opção ainda reservada só a uns quantos privilegiados, ou porque têm edições asseguradas, dada a qualidade e ressonância do nome do autor, ou porque existem entidades financeiramente capazes de suportar os custos das edições em papel, interessadas em que tal suceda.
Confesso que já há anos que ando pela internet, mas entretido a construir umas paginazitas web, sem grandes pretensões, só para me manter ao corrente destas novas tecnologias, mesmo assim com o apoio do meu filho, Engenheiro de Informática. Recentemente convenci-me com os blogs, ando a ensaiar uns passitos, não sei se aguentarei o balanço. Sou Contabilista de formação e de profissão... está tudo dito. Há lá profissão mais mal-fadada para quem gosta de pensar sem ser com números e leis, fiscais ainda para cúmulo?
Só há pouco tempo é que encontrei o blog de Pacheco Pereira, apesar de já ouvir falar dele há que tempos...
Aquele contador de visitas deixou-me siderado!... E então não é que acredito mesmo nele?
Vou passar a ser um visitante mais assíduo de http://abrupto.blogspot.com !...
O problema é que não me sinto com capacidade para sequer pensar em participar...
Mas passarei a avolumar o contador, com toda a certeza.
Leiria